quarta-feira, novembro 15, 2006

Notícias - traduzidas pela Margarida


UNMIT Revista dos Media Diários
Sábado 11 Nov + Segunda-feira 13 Novembro 2006

Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste


UNPOL Putting Efforts To Reduce Violence

O Comandante da UNPOL para o Distrito de Dili, Graeme Cairns disse que a polícia da ONU continua com o objectivo de reduzir a violência em Dili. Falando numa conferência de imprensa nos terrenos da Igreja de Acanunu em Hera, Cairns disse que a prioridade da ONU é parar a violência. Disse que a situação tinha melhorado nas últimas 2 a 3 semabas. Cairns acrescentou ainda que os investigadores estão a trabalhar com o Gabinete do Procurador-Geral para deter suspeitos e prosseguir com processos judiciais. Sublinhou que a ONU está agora a encorajar os oficiais da PNTL a retomarem activamente as suas actividades anteriores. Sobre o processo do regresso dos deslocados, Cairns disse que é importante dar segurança aos deslocados que estão a regressar às casas, com mais patrulhas de polícia nos bairros, e também pedir ``as comunidades que os recebam bem. (STL)

Tempo para os deslocados regressarem a casa: Reske-Nielsen

O SRSG em exercício, Finn Reske-Nielsen também apelou às pessoas que estão ainda a viver nos campos de deslocados para regressarem a casa, pois que a estação das chuvas será uma grande ameaça em termos de doenças. E que se não querem regressar às suas casas por razões de segurança, Reske-Nielsen disse que deviam considerar o re-alojamento noutros lugares. “Sei que a segurança é uma preocupação dos deslocados mas como sabem foi pedida à ONU para manter a lei e a ordem depois da decisão do Conselho de Segurança da ONU de há dois meses,” disse o SRSG em exercício, acrescentando que a polícia também aumentou as suas patrulhas devido ao número de polícias disponíveis no terreno, e assim melhorando a segurança em Dili. Por isso, pediu aos deslocados para regressarem a casa, anotando que alguns milhares de pessoas já o fizeram. Deu como exemplo o número de pessoas que procuraram abrigo no complexo de Don Bosco, que eram de 17,000 em Junho quando visitou o campo pela primeira vez e são 3,500 neste recente visita. O SRSG em exercício, na Sexta-feira encontrou-se com alguns deslocados da Aldeia Acananu, Hera que já regressaram às suas casas. Mas estes retornados disseram ao presente responsável da ONU em Timor-Leste que estão a ter dificuldades com alimentação porque não tiveram oportunidade para preparar as suas terras para o cultivo do milho por causa da crise. Presente no evento, o responsável do IOM, Luiz Vieira disse que a sua organização continuará a apoiar o regresso dos deslocados às suas casas e congratulou os habitantes de Acananu por terem dado um boa exemplo aos deslocados. (STL, TP)

Comemoração do massacre de 12 de Novembro

O 15º aniversário do massacre de Santa Cruz foi observado com actividades organizadas pelos jovens e uma missa celebrada pelo Bispo Ricardo. O bispo estava triste com a pobre participação das pessoas na missa. O Vice-PrimeMinistro, Estanislau da Silva, o Presidente do Tribunal de Apelo, Claudio Ximenes, alguns membros do Corpo Diplomático e do Parlamento estiveram presentes na comemoração. O Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, José Luis Guterres louvou a coragem dos jovens como heróis e pediu-lhes para re-estabelecerem a unidade nacional como fizeram durante o período da resistência. Guterres disse que mesmo sem um convite ele participaria na cerimónia comemorativa, visto que o 12 de Novembro é uma data importante que abriu os olhos do mundo para Timor-Leste ganhar a sua independência. Continuou, o povo de Timor-Leste deve estender as mãos uns aos outros para mostrar ao mundo que Timor-Leste pertence aos Timorenses e se tornará (um país) de sucesso. Deputados apelaram aos jovens para reflectirem nesta data e para reforçarem a confiança entre eles. O Presidente do Comité Organizador do 12 de Novembro, 1991-2006, João “Choque” da Silva assegurou aos participantes que tal como os jovens de Timor-Leste deram as suas vidas para a independência do seu país não gostariam de ver a população a continuar a sofrer. Disse que acredita que os jovens trabalhariam em solidariedade visando o apoio ao regresso dos deslocados às suas casas. Da Silva apontou que a vontade para trabalharem juntos tinha sido demonstrada através das actividades desportivas organizadas na véspera do aniversário do massacre que teve a participação de oficiais das F-FDTL e da PNTL em competições desportivas, que é um sinal que as pessoas não perderam o seu sentido de nacionalismo. A ONG Forum quer que a ONU conduza o processo de justice contra os responsáveis do massacre e apelou ao governo para não esquecer a justice para as vítimas e as suas famílias, para dar assistência às vítimas sobreviventes, e para descobrir a sepultura dos mortos em 12 Novembro. (STL, TP)

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Antigo PM de Timor-Leste diz que se encontra semanalmente com o sucessor

The News

Terça-feira, Novembro 14, 2006, Shawal 21, 1427 A.H.

LISBOA: O antigo Primeiro-Ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri disse que se encontra todas as semanas com o seu sucessor, José Ramos-Horta, na sua qualidade de secretário-geral do partido no poder, a Fretilin.

"Pelo menos uma vez por semana encontro-me com o Primeiro-Ministro Ramos-Horta," disse à agência de notícias em Portugal onde chegou na semana passada para receber tratamento médico de doença não especificada.

"Foi esse o acordo estabelecido antes da formação deste governo, que teria que reunir-se semanalmente com a comissão política da Fretilin que eu lidero," disse Alkatiri que está sob investigação pelo seu alegado papel na violência que rolou em Timor-Leste anteriormente.

"Quando Ramos-Horta foi nomeado sabia perfeitamente que lideraria um governo da Fretilin, com membros da Fretilin, e apesar disso ele aceitou a tarefa. É neste cenário que tem de trabalhar," acrescentou.

A Fretilin tem perto de dois terços dos 88 lugares do parlamento de Timor-Leste, uma antiga colónia Portuguesa, bem como uns tantos postos no gabinete.

Alkatiri resignou em 26 de Junho, dizendo que o fazia para bem do seu pequeno país depois de ter sido acusado pela violência, que varreu Dili, a capital de Timor-Leste em Abril e Maio e matou mais de 30 pessoas e levou mais de 155,000 para fora das suas casas.

Batalhas que opuseram forças de segurança rivais começaram quando Alkatiri demitiu um terço dos soldados da nação que tinham desertado, queixando-se de discriminação.

A estabilidade regressou largamente a Timor-Leste depois da chegada de tropas estrangeiras a pedido de Dili e da instalação de um novo governo em Julho liderado por Ramos-Horta, um vencedor do Nobel da Paz.

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A juventude de Timor-Leste une-se para a paz
The Daily Telegraph

Novembro 13, 2006 12:00
Artigo de: Agence France-Press

Centenas de jovens Timorenses, incluindo membros de gangs rivais que lutaram uns contra outros nas ruas da capital, anteriormente, este ano, realizaram uma manifestação para promover a paz e a unidade.

Depois de se juntarem frente ao gabinete do governo perto do mar, no centro de Dili, foram para as ruas num desfile de motociclos e outros veículos apelando pela unidade.

O desfile foi escoltado de perto por forças de segurança da Austrália e da Malásia.

Pedro Pereira, que participou na manifestação, disse que foi uma manifestação espontânea e não organizada por partidos políticos ou outras organizações.

"Esta acção visa mostrar aos nossos líderes que é a altura para os jovens de Timor-Leste estarem outra vez unidos," disse.

Os jovens empunhavam bandeiras nacionais e alguns carregavam uma grande faixa que dizia: "Entremos na paz. Viva um único Timor-Leste."

Muitos que participavam também gritavam insultos contra a liderança do país em Tétum chamando-lhes "estúpidos".

"Só os líderes desunem os jovens," era um dos gritos mais ouvidos no desfile.

Os participantes incluíram estudantes, membros de gangs rivais divididos pela origem leste ou oeste do país e jovens dos campos de deslocados pela violência anterior.

Dili permaneceu calma com a maioria das lojas fechadas.

A pequena nação de um milhão foi atingida em Abril e Maio por violência entre facções das forças de segurança, bem como por gangs de rua, que deixaram 37 pessoas mortas.

O derramar de sangue forçou o destacamento de 3200 tropas lideradas pelos Australianos para restaurar a calma.

O seu número foi desde então reduzido para 1100, reforçado pela presença de cerca de 1000 polícias da ONU.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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