quarta-feira, novembro 15, 2006

287 professores portugueses e timorenses ensinam língua portuguesa

Díli, 14 Nov (Lusa) - Um total de 287 professores, portugueses e timore nses, iniciam quarta-feira mais um ano lectivo de ensino da língua portuguesa e formação de professores, num projecto da cooperação portuguesa alargado aos 13 distritos de Timor-Leste.

Dos 287 docentes, 117 são professores destacados pelo Ministério da Educação português, que além da formação de docentes timorenses, ministram aulas na Universidade Nacional de Timor Loro Sae (UNTL), e ainda a funcionários públicos, instituições religiosas, organizações não-governamentais e empresas estrangeiras.

à semelhança do anterior ano lectivo, a cooperação portuguesa no sector da educação continua a contar com 170 professores timorenses, seleccionados a partir de provas de âmbito nacional, que formam localmente outros professores timorenses, alargando exponencialmente o número de docentes habilitados a ensinar em língua portuguesa.

A aposta na formação dos docentes é a base da estratégia que Portugal iniciou em 2003 no projecto de Reintrodução da Língua Portuguesa.

Na cerimónia de abertura formal do ano lectivo, realizada hoje no Centro de Formação de Professores, no bairro de Balide, o conselheiro para a Cooperação da embaixada de Portugal, José Silva Pereira, destacou a importância da decisão das autoridades timorenses na escolha da língua portuguesa como língua de instrução, figurando o tétum como auxiliar didáctico.

"É uma responsabilidade extra que nos é posta a nós e simultaneamente também às autoridades de Timor-Leste, que tomaram uma decisão política nesse sentido", salientou.

A medida, aprovada recentemente em Conselho de Ministros, fará com que o português, seja além de língua oficial a língua franca, acrescentou.

Também presente na cerimónia, Marcos Costa, Superintendente da Educação no Distrito de Díli, do Ministério da Educação e Cultura timorense, sublinhou a importância da decisão, referindo que dentro de quatro anos todo o ensino oficial em Timor-Leste será feito em língua portuguesa.

O sistema de ensino timorense tem três níveis: básico (1º ano ao 7º ano de escolaridade em Portugal), pré-secundário (8º e 9º ano de escolaridade) e secundário (do 10º ao 12º ano de escolaridade).

O atraso de cerca de dois meses na abertura das aulas deveu-se à crise político-militar iniciada em Abril passado, que obrigou à suspensão das aulas do ano lectivo 2005/2006.

Para o novo ano lectivo, estão inscritos cerca de 10 mil alunos, faltando ainda os funcionários públicos que vão beneficiar de aulas de aperfeiçoamento da língua portuguesa.

Além da presença de professores portugueses, Portugal colabora ainda com as autoridades timorenses no sector da educação com a distribuição de manuais escolares e material didáctico, tendo sido já instaladas 33 bibliotecas e ludotecas.

Completando o triângulo constituído pela formação de professores, pela participação de funcionários públicos, resta a comunicação social, mantendo-se neste ano lectivo os cursos na rádio e televisão públicas.

A língua portuguesa e o tétum são constitucionalmente as línguas oficiais de Timor-Leste.

EL-Lusa/Fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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