sexta-feira, outubro 13, 2006

UN to release report on East Timor crisis

ABC Radio - Thursday, 12 October , 2006 12:10:00
Transcript 'The World Today' Programme

Reporter: Anne Barker

PETER CAVE: The Brussels based International Crisis Group has warned that a United Nations report on the political and security crisis in East Timor will be explosive and may touch off another round of serious violence.

The UN report is due out within days, and is expected to name those responsible for the recent turmoil.

The Crisis Group, led by former Australian foreign Minister Gareth Evans, has also called on the President Xanana Gusmao to think the unthinkable and step aside from politics in the interests of his nation.

Anne Barker reports.

ANNE BARKER: It's six months since East Timor first descended into violence, with riots sparked by the sacking of nearly 600 soldiers.

In the months since then, around 30 people have been killed, a Prime Minister has resigned and tens of thousands of people still live in refugee camps in Dili.

And as the country still struggles to get back on its feet, the International Crisis Group has warned that the worst period in East Timor's short independent history is not over yet.

On Radio Australia, the group's South-East Asia Director Sidney Jones said East Timor would remain in limbo as it awaits the results of a United Nations inquiry into the recent turmoil.

SIDNEY JONES: Everyone is waiting to see who is going to be held responsible for different incidents and no one wants to take any moves to, for example, move towards restructuring the security services or look towards prosecuting anybody who was responsible for anything that happened from January until the present, until those findings come out.

ANNE BARKER: The ICG pinpoints numerous causes for East Timor's crisis, including years of unresolved infighting in the ruling Fretilin Party, the politicisation of the country's security forces and the rivalries between an authoritarian Fretilin and the largely powerless President, Xanana Gusmao.

It's widely expected the UN report will sheet home the blame to as many as 100 senior political and security figures, and recommend many face criminal charges.

Sidney Jones says the findings will be explosive.

SIDNEY JONES: If it suggests that a people in the Alkatiri camp, for example, were responsible for some incidents, they're going to be very unhappy.

If Mari Alkatiri himself is exonerated, people who believe that he or Fretilin more generally were involved in distributing arms to civilians, they're going to be very unhappy even though their own analysis of the situation may be flawed.

There's also the problem that people who are satisfied that the names that the Commission gives are in fact the correct ones, are going to expect that justice be done instantly.

And it's not at all clear how justice is going to be done when you've got a very, very problematic court system in Dili.

ANNE BARKER: Among its recommendations, the report calls on both Xanana Gusmao and Mari Alkatiri, who's still the Secretary-General of Fretilin, to leave politics altogether to allow new leaders to emerge.

Jose Ramos Horta is in Australia this week and says Xanana Gusmao said only recently that he didn't plan to stand again at next year's elections.

But he says what the report's authors think is best for East Timor doesn't necessarily match reality.

JOSE RAMOS HORTA: I have been travelling throughout the country since the crisis, every conceivable place you can think of, neighbourhoods, even talking with the gangs, with youth. I have not found one single individual in the country that says Xanana Gusmao should not run.

Quite the contrary. As recently as a few days ago people were telling me we must tell Xanana he has to stand for a second term, but he seems to be determined not to.

ANNE BARKER: It was Jose Ramos Horta who asked the United Nations in June to hold its inquiry into the recent crisis, but unlike many, the Prime Minister says he's confident the UN report won't lead to more violence.

JOSE RAMOS HORTA: I'm confident that we will react to it with serenity, because the vast majority of people don't want violence and the political leaders obviously in the last few weeks have shown responsibility and maturity, so I'm more confident than some observers who have expressed, and legitimately, rightly so, some concern about the possibility of violence.

PETER CAVE: East Timor's Prime Minister, Jose Ramos Horta in Canberra.

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3 comentários:

Anónimo disse...

I agree with the recommendation to finalize the crises ASAP in TL . So is better I ask Mr Xanana Gusmao to resign from PR imediatly follow a good example from Mr Alkatirii to resign from PM to avoid mor conflict of interece for the future ... becaouse a lot of evidence already in place thet Mr. Gusmao includ the direct player in the crisis ... in not good news for us but this is a fact ... Mr. Gusmao must be honest for this country not the only way to use the power people to solve the problem as you did three months up to now

Anónimo disse...

Xanana, Hortanana Johnnana and Bushnana are monsters liars.

Anónimo disse...

Tradução:
Está para sair o relatório da ONU sobre a crise em Timor-Leste
ABC Radio – Quinta-feira, 12 Outubro , 2006 12:10:00
Transcrição do Programa 'The World Today'

Repórter: Anne Barker

PETER CAVE: O International Crisis Group com base em Bruxelas avisou que um relatório da ONU sobre a crise política e de segurança em Timor-Leste será explosivo e poderá desencadear outro ciclo de violência grave.

O relatório da ONU está previsto sair dentro de dias, e espera-se que indique nomes dos responsáveis pelo turbilhão recente.

O Crisis Group, liderado pelo antigo ministro dos estrangeiros Gareth Evans, também apelou ao Presidente Xanana Gusmão para pensar o impensável e sair da política no interesse da sua nação.

Anne Barker relata.

ANNE BARKER: Passaram seis meses desde que Timor-Leste caiu na violência, com tumultos provocados pelo despedimento de perto de 600 soldados.

Nos meses seguintes, cerca de 30 pessoas foram mortas, um Primeiro-Ministro resignou e dezenas de milhares de pessoas estão ainda a viver em campos de deslocados em Dili.

E enquanto o país ainda luta para se pôr de pé, o International Crisis Group avisou que o pior período da curta história da independência de Timor-Leste ainda não terminou.

Na Rádio Austrália, Sidney Jones a directora da Àsia do Sudeste do grupo disse que Timor-Leste manter-se-á no limbo enquanto espera os resultados do inquérito da ONU ao turbilhão recente.

SIDNEY JONES: Estão todos à espera de ver quem será responsabilizado por diferentes incidentes e ninguém quer fazer qualquer movimento em direcção, por exemplo, à reestruturação dos serviços de segurança ou ao processamento de alguém que foi responsável por qualquer coisa que tenha acontecido desde Janeiro até agora, até essas descobertas saírem.

ANNE BARKER: O ICG aponta numerosas causas para a crise de Timor-Leste, incluindo anos de lutas internas não resolvidas no seio do partido no poder, a Fretilin, a politização das forças de segurança do país e as rivalidades entre a Fretilin autoritária e o Presidente, Xanana Gusmão, sem poderes.

É alargadamente esperado que o relatório da ONU acuse cerca de 100 figuras políticas de topo e das forças de segurança, e recomende que muitos enfrentem acusações criminais.

Sidney Jones diz que as descobertas serão explosivas.

SIDNEY JONES: Se sugerir que uma pessoa do campo de Alkatiri, por exemplo, foi responsável por alguns incidentes, vão ficar muito infelizes.

Se o próprio Mari Alkatiri for inocentado, pessoas que acreditam que ele ou a Fretilin em termos mais gerais estiveram envolvidos na distribuição de armas a civis, vão ficar muito infelizes mesmo se a sua análise da situação possa ter defeitos.

Há ainda o problema das pessoas que acharem que os nomes que a Comissão der são correctos e que vão querer que a justiça se faça de imediato.

E não está de todo claro como é que se vai fazer justiça quando se tem um sistema de tribunais muito, muito problemático em Dili.

ANNE BARKER: Entre as suas recomendações, o relatório apela a ambos Xanana Gusmão e Mari Alkatiri, que ainda é o Secretário-Geral da Fretilin, pura e simplesmente para abandonarem a política para permitir a emergência de novos líderes.

José Ramos Horta está na Austrália esta semana e diz que Xanana Gusmão só recentemente disse que não planeia concorrer outra vez às eleições do próximo ano.

Mas diz que o que os autores do relatório dizem que é melhor para Timor-Leste pode não estar compatível com a realidade.

JOSÉ RAMOS HORTA: Tenho viajado pelo país desde a crise, em todos os lugares imagináveis em que se pode pensar, bairros, e mesmo falado com gangs, com jovens. E não encontrei um único indivíduo que dissesse que o Xanana Gusmão não devia concorrer.

Pelo contrário. Há somente uns dias as pessoas disseram-me que devíamos dizer ao Xanana que ele tinha que concorrer a um segundo mandato, mas ele parece determinado a não concorrer.

ANNE BARKER: Foi José Ramos Horta quem pediu à ONU em Junho para fazer este inquérito à crise recente, mas ao contrário de muitos, o Primeiro-Ministro diz que está confiante que o relatório da ONU não levará a mais violência.

JOSÉ RAMOS HORTA: Estou confiante que reagiremos com serenidade, porque a vasta maioria da população não quer violência e os líderes políticos obviamente nas últimas semanas mostraram responsabilidade e maturidade, estou pois mais confiante do que alguns observadores que exprimiram, e com toda a legitimidade e direito, alguma preocupação sobre a possibilidade de violência.

PETER CAVE: O Primeiro-Ministro de Timor-Leste, José Ramos Horta em Canberra.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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