UCANews/Catholic online - 12 October 2006
DILI, East Timor (UCAN) – The bishop of Dili Catholic Diocese has called for calm in anticipation of the release of the findings of a commission investigating the destabilizing violence that occurred in East Timor during April and May.
"We should place peace and calm in our hearts to see the outcome of the inquiry commission, because it will be a positive step toward truth and justice," Bishop Alberto Ricardo da Silva said when he spoke with the media on Oct. 6.
The Independent International Commission of Inquiry was set up June 8 at the request of then-foreign minister Jose Ramos-Horta, who subsequently became prime minister after Mari Alkatiri resigned as head of the government. The commission was given a mandate to establish the facts surrounding the April 28-29 protests by soldiers, the May 25 killings of 9 police officers and the resultant gang warfare, looting and arson that claimed at least 21 lives in all. It also was to recommend measures to bring those responsible to justice.
Army protesters and their sympathizers had taken to the streets of the capital April 28-29 with calls for the reinstatement of 591 soldiers who had been dismissed by Alkatiri in February after they protested against alleged discrimination. The findings were due for release on Oct. 8 but are still being translated into Indonesian, Portuguese and Tetum, the main languages used in Timor-Leste, or East Timor.
Bishop da Silva added that the results will probably be painful for some leaders, institutions and civil society, but must be welcomed as a way to rebuild human rights and justice in the country. "I would like to ask all people of Timor-Leste to accept it with no violence," he appealed.
The vicar general of Dili diocese, Father Apolinario Aparicio Guteres, also said people should fully accept the outcome and the recommendations of the commission. "I believe that the outcome will rebuild peace and justice, because justice must come from the truth, and this is what people are waiting for," Father Guteres told UCA News Oct. 9.
Jose Edmundo Caetano, a lawyer with the Commission for Peace and Justice of Dili Diocese, told UCA News Oct. 10 that he worries what will happen after the commission releases its reports. He urged the government to guarantee security, otherwise the situation could deteriorate. "There is a big possibility more violence could erupt. There could be some groups who are not content with the results and use violence to protest," he said. The lawyer reported more people taking refuge in their home districts outside the capital as rumors of violence spread in the streets. "You never know what will happen in the future. Sometimes rumors are true. So it's better to save lives," he said.
Father Jose Soares, who serves at Immaculate Conception Cathedral in Dili, says the big problem may be within the military.
"I think the number one potential for violence is the military. If some of the military officials are named responsible, I hope they can accept the responsibility. If not they may flee with their subordinates and launch a guerilla war which could endanger the nation," the priest told UCA News. Political parties too could be a source of conflict if political leaders are cited in the report, he added. But he said that he believes the leaders of the country have the political maturity to take responsibility for the crisis. "The leaders should be prepared if they are charged -- this is for the good of the nation," Father Soares stated.
A university student, Marcelo Dias, told UCA News Oct. 11 that he is awaiting the results of the report in order to see justice done. "Those involved in the chaos should be brought to court," he said. Dias doubts the judicial system will be able to bring the guilty to justice, but he called for it to act courageously. "I think people would like to see East Timor's judicial system implement justice, otherwise they will implement their own justice, which may lead to violence." Marcelo is optimistic about security, however, citing the presence of United Nations peacekeeping forces in the country.
.
sexta-feira, outubro 13, 2006
East Timor Catholic bishop calls for calm before inquiry commission findings release
Por Malai Azul 2 à(s) 19:47
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Bispo Católico de Timor-Leste pede calma antes da saída das conclusões da comissão de inquérito
UCANews/Catholic online - 12 Outubro 2006
DILI, Timor-Leste (UCAN) – O bispo da Diocese Católica de Dili apelou à calma em anticipação da publicação das conclusões da comissão que investigou a violência desestabilizadora que ocorreu em Timor-Leste durante Abril e Maio.
"Devemos pôr paz e calma nos nossos corações para ver os resultados da comissão de inquérito, porque será um passo positivo para a verdade e justiça," disse o Bispo Alberto Ricardo da Silva quando falou aos media em 6 de Outubro.
A Comissão de Inquérito Internacional foi montada em 8 de Junho a pedido do então ministro dos estrangeiros José Ramos-Horta, que subsequentemente se tornou o primeiro-ministro depois de Mari Alkatiri ter resignado como responsável do governo. À comissão foi dato um mandato para estabelecer os factos que rodearam os protestos de soldados em 28-29de Abril, a morte de 9 polícias em 25 de Maio e a resultante guerra de gangs, pilhagens e fogos postos que clamaram pelo menos ao todo 21 vidas. Vai também recomendar medidas para levar os responsáveis à justiça.
Manifestantes das forças armadas e os seus simpatizantes tomaram as ruas da capital em 28-29 de Abril com apelos à reinstalação de 591 soldados que tinham sido demitidos por Alkatiri em Fevereiro depois de terem protestado contra alegadas discriminações. As conclusões estavam previstas terem sido publicadas em 8 de Outubro mas estão ainda a ser traduzidas para Indonésio, Português e Tétum, as línguas principais usadas em Timor-Leste.
O Bispo da Silva acrescentou que os resultados provavelmente serão dolorosos para alguns líderes, instituições e sociedade civil, mas devem ser bem recebidos como uma maneira para reconstruir os direitos humanos e a justiça no país. "Gostaria de pedir a todo o povo de Timor-Leste para aceitar (o relatório) sem violência," apelou.
O Vigário-Geral da Diocese de Dili, Padre Apolinario Aparicio Guteres, disse também que as pessoas devem aceitar completamente o resultado e as recomendações da comissão. "Acredito que o resultado reconstruirá a paz e a justiça, porque a justice deve vir da verdade e é isto que as pessoas esperam," disse o Padre Guteres à UCA News em 9 de Outubro.
José Edmundo Caetano, um advogado da Comissão para a Paz e Justiça da Diocese de Dili Diocese, disse à UCA News em 10 de Outubro que está preocupado com o que pode acontecer depois da comissão publicar o seu relatório. Urgiu o governo a garantir a segurança, de outro modo a situação pode deteriorar-se. "Há uma grande possibilidade de poder irromper mais violência. Pode haver grupos que não fiquem contestes com os resultados e que usem a violência para protestar," disse. O advogado relatou que houve mais gente a refugiar-se nas suas casas nos distritos for a da capital quando rumores de violência se espalharam nas ruas. "Nunca se sabe o que pode acontecer no futuro. Às vezes os rumores são verdadeiros. Por isso é melhor salvarem-se as vidas," disse.
O Padre José Soares, que serve na Catedral da Imaculada Conceição em Dili, diz que o grande problema pode ser no seio dos militares.
"Penso que o número um de potencial para a violência está nos militares. Se alguns dos oficiais militares forem indicados como responsáveis, espero que possam aceitar a responsabilidade. Se não, podem fugir com os seus subordinados e lançarem uma Guerra de guerrilha que poderia pôr a nação em risco," disse o padre à UCA News. Os partidos políticos podem também ser uma fonte de conflito se houver líderes políticos citados no relatório, acrescentou. Mas disse que acredita que os líderes do país têm maturidade política para assumir a responsabilidade da crise. "Os líderes devem estar preparados se forem acusados – isto é para o bem da nação," declarou o Padre Soares.
Um estudante universitário, Marcelo Dias, disse à UCA News em 11 de Outubro que espera os resultados do relatório de modo a ver a justiça feita. "Os envolvidos no caos devem ser levados a tribunal," disse. Dias duvida que o sistema judicial seja capaz de levar os culpados à justiça, mas apelou para agirem corajosamente. "Penso que as pessoas gostariam de ver o sistema judicial de Timor-Leste a implementar a justiça, de outro modo elas poderiam implementar justiça por elas o que levaria a mais violência." Marcelo está optimista com a segurança, contudo, citando a presença dos boinas azuis da ONU no país.
Enviar um comentário