UNIMIT – Revista dos Media Diários
Quinta-feira, 12 Outubro 2006
Reportagens dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste
Fretilin rejeita atraso no relatório
O Comité Central da Fretilin pediu que o relatório do COI seja entregue ao Parlamento Nacional para evitar o crescimento da esperada incompreensão e a diminuição da credibilidade da Comissão. Falando durante uma conferência de imprensa em Dili na Quarta-feira, José Reis, Vice-Secretário-Geral do partido sublinhou que tinha enviado uma carta ao SRSG em exercício da ONU em Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen pedindo que a ONU apresente a versão em Inglês do Relatório ao Parlamento em 12 Outubro. Reis disse que a tradução do documento podia ser deixada para depois, acrescentando que o atrasar do relatório não contribuirá para diminuir a situação corrente. Também apelou a todos os membros da Fretilin para receber bem o relatório, independentemente dos resultados, acrescentando que a Fretilin rejeita a violência e quer contribuir para a paz e a estabilidade da nação. Disse que o resultado da investigação à recente crise será uma lição para a Fretilin, para a nação e para o povo, e se alguns líderes forem condenados, as pessoas têm que aceitar isso. José Reis disse ainda que as pesoas envolvidas na crise têm de ser julgadas, pois isso também será uma lição para a nova geração.
Entretanto o Director da Associação HAK José Luis Oliveira disse que o visionamento do filme documentário da SBS ‘a queda de um primeiro-ministro’ pode ser visto como uma maneira de excitar o povo e como uma maneira para aceitarem o filme como a verdade em vez dos resultados da investigação do COI. Oliveira disse que ver uma parte do documentário não é correcto porque pode confundir a população e sugere mostrar o documentário de David O’Shea de modo a equilibrar a história e deixar que cada um tire as suas próprias conclusões. José Reis respondeu que mostrar o documentário é para partilhar a informação com a população, e para parar muitos rumores e não para branquear os envolvidos em crimes.
Num artigo separado, o Major Alfredo Reinado disse que duvida que as pessoas envolvidas na crise obedeçam aos resultados e recomendações da COI, notando que o que tem sido antecipado é para actuar sobre os que ainda estão no governo e os que têm armas em seu poder. (STL, TP, DN)
Resultados da COI podem contradizer os do PDHJ
O Provedor dos Direitos Humanos e Justiça, Sebastião Ximenes disse que o seu Gabinete está ainda a investigar os incidentes de Abril e Maio portanto demorará ainda algum tempo para saírem os resultados da investigação. Ao contrário da COI, disse Ximenes, o seu Gabinete opera com recursos muito limitados e precisa de tempo para falar com os envolvidos incluindo testemunhas oculares realçando que algumas fugiram para os distritos. Tem esperança que o relatório da COI não contradiga o do PDHJ. (DN)
Guterres: a comunidade internacional preocupada com a situação em TL
O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Luis Guterres disse que a comunidade internacional está preocupada com a situação em Timor-Leste, por isso a nação deve responsável. Guterres disse que a apresentação da carta de credenciais do Embaixador Sueco mostra que a comunidade internacional continua a estar interessada no país e a seguir a situação. O Embaixador Sueco apresentou a carta de credenciais ao Presidente Gusmão na Quarta-feira. (STL, DN)
Dr. Murphy: os jovens devem parar com a violência e focar-se na independência
O Dr. Dan Murphy, Director da Clínica Lanud disse que os conflitos entre vizinhos tinham aumentado e apelou aos Timorenses para pararem com a violência e ódio entre eles e focarem-se na paz e no fortalecimento da independência. Disse que tem aumentado o número de pessoas que procuram assistência médica com os médicos a tratarem de pessoas feridas com facas e rama ambon (setas). O Dr. Murphy disse que duas pessoas estão sob tratamento médico depois de apedrejamentos em Comoro, e que uma foi atingida na garganta por uma rama ambon e precisa de ser tratada no hospital nacional mas que se recusa ir para lá devido à situação no hospital. (DN)
PNTL Activa
Cerca de 50 oficiais da PNTL estão no terreno a trabalhar com a Polícia Internacional, UNPOL, disse o Vice-Ministro do Interior, José Agostinho Sequeira. Sequeira disse que um total de 75 polícias era suposto estarem no activo nesta data mas que 25 ainda estão a treinar e juntar-se-ão à UNPOL na próxima semana e que farão parte das operações nos postos permanentes, logo que cheguem mais UNPOLs.
Disse que depois das alegações duma ameaça à mulher do Administrador de Maubara, sub-distrito de Liquiça, serão feitas investigações em relação ao comandante da PNTL de Liquiça para apurar a verdade e tomar medidas. Sequeira disse que os dois Administradores apresentaram as suas queixas e que o Ministério do Interior está à espera do relatório do comandante da PNTL. (DN)
RTTL Reportagens e Monitorização de Notícias 12 - 10 – 2006
PD encontra-se com o Bispo de Dili:
A RTTL relatou que Fernando La Sama, o presidente do PD e a sua equipa, se encontraram com o Bispo de Dili, Alberto Ricardo para apresentar a nova estrutura do partido depois do congresso nacional no mês passado. La Sama disse à RTTL que pediu ao bispo para convidar o Papa Benedict XVI para visitar Timor-Leste e abençoar o povo e o país. O Bispo Alberto Ricardo urgiu todos os órgãos e componentes, particularmente os actores da crise para serem responsáveis pela crise. O Bispo também urgiu o sector da justiça para ser forte
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Seja feita a vontade australiana...
Timor-Leste rejeita capacetes azuis da ONU
Agence France-Presse - Outubro 12, 2006
Timor-Leste rejeitou uma oferta duma força da ONU de capacetes azuis para lidar com o desassossego civil, disse aqui o Primeiro-Ministro em visita José Ramos-Horta.
A nação inquieta em vez disso contará com a força regional liderada pelos Australianos destacada depois de uma explosão de violência em Maio, disse Ramos-Horta numa visita à Austrália.
O líder Timorense disse que a força regional tinha trabalhado "muito efectivamente ".
"Porque a ONU está esticada demais em tantos outros conflitos importantes como o Líbano e o Afeganistão, nós, no lado Timorense não devemos empurrar demasiado por uma força de capacetes azuis da ONU, por empurrar," disse numa conferência de notícias conjunta com o Primeiro-Ministro Australiano John Howard depois de conversações na capital Canberra.
"Acredito que a própria UNU e os poderes que têm carregado muito do peso da manutenção de paz em todo o mundo lhe ficarão gratos por nos assistir, aliviando assim a ONU duma enorme carga," disse a Howard na conferência de imprensa.
Mais de 3,200 tropas internacionais da Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal foram destacadas para Timor-Leste depois de desassossego civil ter atingido a pequena e empobrecida nação em Maio.
Mais de 30 pessoas foram mortas quando a demissão pelo governo de mais de um terço das suas forças armadas desencadeou protestos que degeneraram em batalhas entre facções rivais dos militares e da polícia e gangs de rua rivais.
A polícia internacional despachada ao lado das tropas, no mês passado entregou a sua autoridade à ONU sob uma nova missão montada pelo Conselho de Segurança em Agosto.
Mas a componente militar da missão da ONU não ficou finalizada, com a Austrália a deixar claro que quer reter o controlo da força.
"As forças Australianas juntas com as da Nova Zelândia, Malásia e Portugal fizeram uma missão notável em executarem o que todos preparámos fazer, e que é acabar com a violência," disse Ramos-Horta.
"Disse ao primeiro-ministro que a situação já acalmou bastante."
Howard disse que a Austrália manterá as suas tropas em Timor-Leste pelo menos até às eleições previstas em Maio do próximo ano, apesar dos números poderem ser reduzidos.
"Temos cerca de 950 lá neste momento. O que for apropriado variará de tempo a tempo...mas obviamente vamos manter uma presença substancial através das eleições e depois aconselhar-nos-emos e tomaremos uma decisão," disse.
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O líder de Timor-Leste diz que o inquérito da ONU à violência em Dili pode sair na Segunda-feira
The Associated Press
Publicado: Outubro 11, 2006
CANBERRA, Australia – Um inquérito da ONU à recente violência que feriu a capital Timorense pode sair no início da próxima semana e não é razoável que reacenda o caos, disse na Quinta-feira o primeiro-ministro do país.
Facções armadas confrontaram-se nas ruas de Dili em Abril e Maio, matando mais de 30 pessoas e pondo outras 150,000 em fuga das suas casas.
Um relatório duma Comissão Especial Independente de Inquérito da ONU, que dará o nome de indivíduos que considera responsáveis, era suposto ter saído na semana passada, mas a publicação foi atrasada no meio de receios de que pudesse desencadear mais violência.
"O relatório pode sair na Segunda-feira," disse o Primeiro-Ministro José Ramos-Horta a repórteres em Canberra, acrescentando que não tinha controlo sobre a data da saída e que não sabe do seu conteúdo.
Ramos-Horta disse que não concorda com observadores que predizem que o relatório levantará mais violência.
"Estou confiante que reagiremos com serenidade porque a vasta maioria do povo não quer violência e os líderes políticos nas últimas semanas mostraram responsabilidade e maturidade," disse o laureado do prémio Nobel da Paz.
"Portanto estou mais confiante do que alguns observadores que expressaram ... alguma preocupação com a possibilidade de violência," acrescentou.
A Fretilin, o partido no poder do removido Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, pediu Quarta-feira que o Relatório seja apresentado ao Parlamento dentro de 24 horas para que a verdade por detrás do recente desassossego seja conhecida.
A porta-voz da ONU Donna Cusumano disse na Quarta-feira em Dili que o relatório com traduções em Tétum, Português e Bahasa Indonesia, está previsto sair dentro de dias.
A recente violência em Timor-Leste foi desencadeada pela decisão de Alkatiri de despedir em Março 600 soldados, cerca de um terço das forças armadas, que tinham acusado a liderança militar de discriminação. Mas vai muito mais atrás para lealdades formadas quando Timor-Leste estava sob governação Indonésia.
A calma regressou pouco depois da chegada de tropas estrangeiras lideradas pela Austrália em Maio.
Ramos-Horta, que foi seleccionado o líder interino para quebrar um finca-pé político criado pela crise, disse ao Primeiro-Ministro Australiano John Howard que a capital estava agora livre de violência maior.
"Disse ao primeiro-ministro que a situação acalmou bastante," disse Ramos-Horta numa conferência de imprensa conjunta com Howard na Casa do Parlamento.
"As tensões políticas (estão) significativamente mais baixas nas duas últimas semanas com muito dialogo a realizar-se," acrescentou.
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Ramos Horta apoia assistência regional de segurança
ABC News Online
Quinta-feira, Outubro 12, 2006. 3:05pm (AEST)
O Primeiro-Ministro de Timor-Leste apelou a mais ajuda regional em matérias de segurança em vez de confiança automática nas Nações Unidas.
José Ramos Horta diz que a ONU está esticada demais com conflitos no Líbano e no Afeganistão e que os países não devem pedir por forças de capacetes azuis da ONU por pedir.
O Dr Ramos Horta diz que a assistência dada pela Austrália e outros países depois do desassossego em Timor-Leste no princípio deste ano mostra quanto bem podem trabalhar programas de assistência regional.
"Talvez estabeleça um precedente positivo noutros lugares, quando há países regionais a desejarem individualmente trabalhar com a benção da ONU que assistirão a estabilizar um conflito particular, porque não?," disse o Dr Ramos Horta.
Um relatório da ONU à violência que se acendeu em Timor-Leste no princípio do ano vai sair na próxima semana.
Há especulação que o relatório indicará os nomes dos responsáveis pela violência que deixou milhares de pessoas sem casa.
O Dr Ramos Horta diz que está confiante que isso não levará a mais desassossego.
"Em primeiro lugar é um relatório importante para que façamos alguma reflexão e olhemos para as fraquezas das instituições, a responsabilidade dos indivíduos, de modo a aprendermos e a não permitir que este tipo de situação torne a acontecer."
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O PM de Timor-Leste desvaloriza ameaça de violência por causa do relatório
Quinta-feira 12 Out 2006 5:08:45 BST
Por Rob Taylor
CANBERRA, Out 12 (Reuters) – O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta na Quinta-feira desvalorizou a oportunidade de violência na próxima semana com a saída esperada de um relatório da ONU aos confrontos étnicos, mas urgiu as forças estrangeiras para ficarem até às eleições de 2007.
O relatório, que Ramos-Horta espera na Segunda-feira, pode recomendar processos para os responsáveis pela violência de Abril-Maio em Dili. Mais de 30 pessoas foram mortas e mais de 150,000 deslocadas das suas casas.
"Estou confiante que reagiremos com serenidade, porque a vasta maioria das pessoas não quer violência," disse Ramos-Horta aos repórteres depois de conversações em Canberra com o seu contraparte Australiano John Howard.
"Os líderes políticos (nas) últimas semanas mostraram responsabilidade e maturidade, assim estou mais confiante do que alguns observadores," disse.
Analistas de segurança esperam que o relatório, preparado por uma Comissão Especial Independente de Inquérito nomeada pela ONU, indique cerca de 100 nomes de oficiais de topo e de polícias, apesar de se esperar que o removido Primeiro-Ministro Mari Alkatiri seja absolvido.
"Toda a gente está à espera de ver quem é que vai ser considerado responsável," disse Sidney Jones da International Crisis Group's (ICG) à Australian Broadcasting Corp. radio.
O partido maioritário de Timor-Leste, a Fretilin pediu a saída imediata do relatório na Quinta-feira e avisou que o atraso estava a alimentar rumores de desassossego e violência.
"Os atrasos na saída do relatório final só põe em perigo os mais vulneráveis em Timor-Leste," disse o porta-voz Sahe da Silva numa declaração emitida na Austrália.
Ramos-Horta disse que o governo não interferirá se o relatório pedir processos judiciais porque "o país pede para conhecer a verdade ".
"Mas em primeiro lugar para nós é um relatório importante para fazermos alguma reflexão, olhar para as fraquezas das instituições, a responsabilidade dos indivíduos, para aprendermos e este tipo de situação não torne a acontecer outra vez," disse.
A Austrália em Maio liderou uma força de 3,200 tropas estrangeiras, para acabar com as lutas, que colocou gangs étnicos e as jovens forças polícias e militares de Timor-Leste uns contra outros.
Ramos-Horta disse que a situação de segurança acalmou, enquanto as tensões políticas foram significativamente mais baixas nas semanas recentes.
Mas Howard disse que cerca de 950 tropas Australianas permanecerão no país pelo menos até às eleições previstas para Maio de 2007 a pedido de Ramos-Horta.
O ICG com base em Bruxelas pediu para Alkatiri e o popular Presidente Xanana Gusmão não se candidatarem para ajudar a baixar as tensões, mas Ramos-Horta disse que nenhum Timorense quer que Gusmão desista da política.
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Timor-Leste pesa ratificar tratado de rendimento
Chron.com
Out. 12, 2006, 3:18AM
The Associated Press
CANBERRA, Australia — O parlamento de Timor-Leste considerará no próximo mês a ratificação de um tratado de partilha de rendimentos com a Austrália cobrindo os recursos de energia do Mar de Timor que removerão um dos blocos que impedem o desenvolvimento de um projecto maior de petróleo e de gás, disse o primeiro-ministro de Timor-Leste na Quinta-feira.
Sob um acordo assinado em Janeiro, a Austrália e Timor-Leste partilharão em igualdade os rendimentos do campo de petróleo e gás Greater Sunrise. A Austrália planeia ratificar o acordo depois dele ter sido endossado pelo parlamento de Timor-Leste.
"Agendei a discussão do tratado no Gabinete, talvez na próxima semana ou na outra, e definitivamente será levado ao parlamento numa data em Novembro para ratificação," disse o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta a repórteres de pois de um encontro com o seu contraparte Australiano John Howard.
Ramos-Horta disse anteriormente que não antecipa qualquer dificuldade em o parlamento ratificar o tratado.
A companhia de energia Australiana Woodside Petroleum Ltd. Detém e opera 33.4 por cento da Sunrise, localizada a 93 milhas a sul de Timor-Leste. Os seus parceiros são ConocoPhillips com 30 por cento, Royal Dutch Shell PLC com 26.6 por cento e Osaka Gas Co. do Japão com 10 por cento.
Greater Sunrise – o maior conhecido recurso de petróleo no Mar de Timor - incluie os campos Sunrise e Troubadour, que juntos têm cerca de 8 triliões de pés cúbicos de gás e cerca de 300 milhões de barris de petróleo e pode ser avaliado em mais de $40 biliões.
Os parceiros da Sunrise têm ainda que decidir se o gás vai ser processado, com a Woodside favorecendo a cidade portuária Australiana de Darwin e o governo de Timor-Leste empurra para que o processamento no seu próprio país.
A Austrália e Timor-Leste também assinaram um acordo de segurança cobrindo os campos de petróleo e de gás no Mar de Timor na Quinta-feira.
O pacto de segurança permitirá a cada país conduzir operações de vigilância e responder - separadamente ou cooperativamente - a qualquer ameaças nas plataformas offshore de petróleo e instalações na área.
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sexta-feira, outubro 13, 2006
Notícias - em inglês traduzidas pela Margarida
Por Malai Azul 2 à(s) 09:40
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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