quarta-feira, novembro 22, 2006

Notícias - traduzidas pela Margarida

A Austrália pensa em retirada parcial de Timor
The Age
Novembro 21, 2006 - 3:25PM

A Austrália está a considerar retirar algumas tropas de Timor-Leste quando a situação de segurança melhora depois da violência e do desassossego político em meados do ano.

O Ministro da Defesa Brendan Nelson, em Timor, para se encontrar com os soldados antes do Natal e para rever a força, disse que discutiria o seu tamanho e composição com o responsável das forças de defesa o Air Chief Marshal Angus Houston e o Primeiro-Ministro John Howard no seu regresso.

"Se reduzirmos os nossos números aqui não será numa quantidade muito substancial," disse aos repórteres.

"Como digo repetidamente em relação a todos os nossos destacamentos é dia-a-dia, semana-a-semana, mês-a-mês."

Disse que um dos propósitos da sua visita era obter "um sentir real " da situação que será também discutida no comité de segurança nacional do gabinete.

Correntemente há 950 tropas Australianas e 120 da Nova Zelândia em Timor-Leste. Há ainda cerca de 1000 polícias multi-nacionais sob comando da ONU.

O comandante das forças Australianas em Timor-Leste, o Brigadeiro Mal Rerden, disse que a situação de segurança tinha melhorado apesar de se manter por lá alguma actividade de gangs.

Dois assassinatos em Timor-Leste esta semana, uma de um missionário Brasileiro, foram atribuídos a gangs de rua.

"Temos tropas mais do que suficientes para a natureza da missão mas também para a natureza do ambiente de segurança como tal," disse.

"Temos sido capazes de demonstrar mais uma vez que somos capazes de lidar com as ameaças quando emergem."

O Brig Rerden disse que a polícia da ONU estava a atingir uma boa capacidade e que isso estava a ter um impacto nas ruas.

"Temos a capacidade de deixar a polícia ter o papel principal na aplicação da lei no dia-a-dia. Fornecemos o apoio de retaguarda e a força de resposta no caso de acontecer algo de maior," disse.

O Dr Nelson encontrou-se com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta, enfatizando o profundo compromisso em curso da Austrália com a nação, a sua estabilidade e boa governação.

Disse que tinham analisado uma série de questões para o governo de Timor progredir libertado das suas próprias responsabilidades.

O Dr Nelson disse que isso não foi dito com outro significado a não ser num tom cooperativo.

"A boa-vontade dos Australianos é enorme, a profundidade da boa-vontade para com Timor-Leste é enorme mas não nos podemos dar ao luxo de ver a vontade popular na Austrália exaurida por falhanço político em qualquer desses países que estamos a ajudar," disse.

O encontro agendado do Dr Nelson com o Presidente Xanana Gusmão foi cancelado por causa das más (condições de) saúde do líder de Timor-Leste.

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Furo de reportagem

Tropas para garantir eleições suaves em Timor-Leste

Terça-feira, 21 Novembro 2006, 10:21 am
Comunicado de Imprensa: Força de Defesa de Nova Zelândia

Um contingente fresco de 150 membros das Forças de Defesa da Nova Zelândia partirão na Quinta-feira para Timor-Leste para um destacamento de seis meses que incluem todas eleições importantes do país em Maio.

O contingente partirá da Base da Força Aérea de Ohakea em 23 de Novembro para substituir os 142 soldados da Nova Zelândia que têm trabalhado bastante para garantir segurança em Timor-Leste nos últimos seis meses.

O novo contingente, liderado pelo Tenente-Coronel Kent Collard, ajudará a fiscalizar as segundas eleições democráticas em Maio do próximo ano da nação do Pacífico.

O Tenente-Coronel Collard, que correntemente está a ser informado em Timor-Leste, disse que a sua companhia tudo fará para garantir que o processo eleitoral decorra suavemente.

"Faremos o nosso melhor para criar um ambiente protegido e seguro onde os Timorenses possam livremente decidir pela sua cabeça sobre quem governará o seu país. Penso que os que chegam este mês comigo vêem a tarefa como um desafio que vale a pena e excitante."

O contingente da Nova Zelândia trabalhará ao lado das cerca de 930 tropas Australianas para ajudar a garantir a segurança no país.

As tropas kiwis assistirão a polícia da ONU no CBD em Dili e nos distritos do leste ao mesmo tempo que as forças Australianas trabalharão nos subúrbios centrais, no Aeroporto de Dili e nos distritos do oeste.

A Nova Zelândia tem contribuído para várias missões da ONU e para forças de manutenção da paz em Timor-Leste desde 1999.

A última contribuição, de que o próximo destacamento é a segunda rotação, começou depois do desassossego em Maio deste ano a pedido do ministro dos estrangeiros de Timor José Ramos-Horta. O Sr Horta é agora o primeiro-ministro do país.

ENDS

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Centro de Notícias da ONU

Duas mortes em Timor-Leste desencadearam o aumento da actividade da polícia da ONU

20 Novembro 2006 – A ONU está a reforçar a presença da sua polícia em Timor-Leste depois de duas mortes nas últimas 24 horas em Dili, a capital da pequena e empobrecida nação do Sudeste Asiático.

A polícia da ONU (UNPOL) abriu uma investigação à morte na noite passada de um nacional estrangeiro, confirmou Eric Tan Huck Gim o Vice-Representante Especial do Secretário-Geral para o apoio ao sector da segurança e domínio da lei, numa conferência de imprensa hoje em Dili. O homem foi declarado morto pouco depois de ser levado para uma clínica no Bairo Pite distrito da capital.

Mr. Tan disse que a UNPOL está também a analisar a morte de uma segunda pessoa cujo corpo foi encontrado na área Comoro, perto do aeroporto de Dili.

“Estamos a investigar e a tentar reunir os factos, mas posso dizer agora que parece não haver nenhuma indicação que haja uma relação entre as duas,” disse.

O enviado da ONU disse que a UNPOL aumentou a sua presença em sítios diferentes através de Dili, que se mantém com tensões depois da irrupção de violência à escala nacional em Abril e Maio que levou à morte de pelo menos 37 pessoas e forçou cerca de 155,000 pessoas – ou 15 por cento da população de Timor-Leste – a fugir das suas casas.

Emir Bilget, o Comissário da Polícia em exercício da UNPOL, disse aos jornalistas que amanhã vão começar mais patrulhas de rua através de Dili e que os números de polícias envolvidos aumentarão pelo menos 50 por cento, ao mesmo tempo que serão ainda reforçados mais postos de polícia chaves.

Mr. Bilget disse que há correntemente 966 oficiais da UNPOL a trabalhar em Timor-Leste, com o total esperado a aumentar para eventualmente mais de 1,600, ao mesmo tempo que continua também o processo de treino dos oficiais das força de polícia nacional.

Mr. Tan também sublinhou que a missão integrada da ONU em Timor-Leste, conhecida como UNMIT, se mantém comprometida a garantir que as eleições nacionais que se espera se realizem em Abril ou Maio se processem e se passem de modo justo e livre.

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Nelson acena envolver outras nações na força de Timor-Leste
AFP/ABC - Tuesday, November 21, 2006. 8:31pm (AEDT)

O Ministro da Defesa Brendan Nelson diz que a Austrália não tem planos para retirar as suas tropas de Timor-Leste, e está a considerar envolver outras nações no processo de manutenção da paz.

"Ficaremos até o governo de Timor-Leste e a ONU acreditarem que é importante as forças ficarem," disse o Dr Nelson.

"Estamos comprometidos com o povo de Timor-Leste enquanto precisarem de nós."

O Dr Nelson diz que a Austrália prefere não ter os seus soldados destacados noutros países, mas que era muito claro que "no momento, Timor-Leste ainda precisa da assistência de outros países."

Em conversações com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta discutiu maneiras de desenvolver as forças armadas de Timor-Leste, as questões de segurança em Dili e noutros locais no país, e arranjos de segurança na corrida para as eleições gerais do próximo ano.

"Também discuti com o primeiro-ministro a possibilidade de ter um pequeno número de outros países da região a juntarem-se às forças Australianas e da Nova Zelândia e a outras forças em Timor-Leste para providenciar segurança," disse o Dr Nelson.

Diz que a situação de segurança em Timor-Leste permanece frágil.

"Está a melhorar mas temos ainda um caminho longo a percorrer," disse.

Algumas 3,200 forças regionais lideradas pelos Australianos foram destacadas para a pequena nação em Maio depois de violência entre facções das forças de segurança, bem como gangs de rua, terem deixado algumas 37 pessoas mortas em dois meses.

Os seus números reduziram-se desde então para 1,100, fortalecidos pela presença de alguns 1,000 polícias da ONU cujas forças eventualmente chegarão a 1,600.

Timor-Leste rejeitou uma oferta duma força de capacetes azuis da ONU para lidar com desassossego civil no país, optando em vez disso por uma força regional liderada pelos Australianos.

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A estação das chuvas vai “criar crise” em Timor-Leste
AAP – Terça-feira, Novembro 21, 2006. 06:22 PM

O Ministro da Defesa Brendan Nelson avisou duma nascente crise humanitária em Timor-Leste quando se aproxima a estação das chuvas e milhares permanecem a viver em campos improvisados à volta da capital Dili.

O Dr Nelson disse que o governo Timorense precisa de se mexer rapidamente com a assistência da ONU para re-alojar os residentes nos campos em melhores instalações, mas que isso permanece difícil de fazer.

"Estou muito preocupado que tenhamos uma crise humanitária a evoluir com as pessoas deslocadas nos campos," disse. "Uma vez que comecem as chuvas transformam-se em banhos de lama. "As pessoas terão de ser re-alojadas e então sob as circunstâncias mais difíceis."

Durante o desassossego civil em Maio e Junho, milhares fugiram das suas casas para a segurança dos campos estabelecidos a maioria deles em terrenos das missões cristãs e no aeroporto de Dili.

Apesar dos melhores esforços das autoridades Timorenses e da ONU, muitos continuaram, recusando regressar às suas casas pilhadas e queimadas no que vêem serem bairros inseguros rodeados por violência de gangs.

Numa altura havia uma estimativa de 100,000 pessoas a viverem nos campos.

Quantos se mantém não é claro mas é ainda um número substancial.

O Dr Nelson, em Timor para visitar tropas Australianas e avaliar a situação no terreno, encontrou-se com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta e com o representante especial da ONU em exercício Finn Reske-Nielson.

O Dr Nelson disse que discutiu a questão dos campos com Mr Reske-Nielson.

Disse que alguns dos campos estavam em zonas baixas e seriam inundados na estação das chuvas criando uma crise de saúde e doenças.

As chuvas podem começar em qualquer altura mas mesmo para os mais optimistas isso pode não acontecer até ao fim do próximo mês, disse.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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