quarta-feira, agosto 23, 2006

Dos leitores

Tradução da Margarida.

Concordo que estivemos unidos numa causa. Ninguém pode negar que a FRETILIN teve um papel principal na libertação de Timor-Leste, nem o facto que houve uma participação consensual de todos durante a luta.

O que falta entender é que Timor já não está mais a lutar por uma causa, Timor está no processo de construção de nação e de se governar autonomamente.

Há um apelo para unidade Nacional com o qual concordo totalmente mas não no contexto em que alguma gente quer. Há a percepção que Timor precisa de um Governo que represente a noção de Unidade Nacional onde os Ministros não sejam escolhidos sob a orientação de Partidos Políticos. Isto em teoria soa bem mas em termos de respeito pela democracia e pela constituição é perigoso. A democracia existe juntamente com os partidos políticos. Em Timor as escolhas são dadas às pessoas através dos partidos, é o partido vencedor que escolhe o Governo e se o partido sentir confiança para governar sozinho tem o direito de o fazer.

Gostava de acrescentar que a FRETILIN obteve 57% dos votos nas eleições de 2001. A Unidade Nacional deve existir na forma de cada cidadão em Timor-Leste estar unido no respeito pela regra da lei, no respeito pela democracia e acima de tudo pela Constituição que foi feita por delegados do Povo. E até à conclusão das eleições de 2007 temos portanto de aceitar o facto de o Parlamento ainda representar todo o povo de Timor-Leste. É a única instituição que representa todo o povo, isso deve-se ao facto de no Parlamento os partidos minoritários estarem representados desde que ganhem votos suficientes. Quando se considera por exemplo a Presidência pode-se ter dez candidatos mas só o vencedor se torna Presidente.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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