Díli, 29 Nov (Lusa) - Os ex-ministros Ângelo Correia e José Medeiros Ferreira e o general Loureiro dos Santos são algumas das testemunhas arroladas pela defesa do ex-ministro do Interior timorense Rogério Lobato, que começa quinta-feira a ser julgado em Díli.
Além daqueles dois ex-ministros e do antigo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), o advogado de defesa, Paulo Remédios, incluiu ainda na lista de 35 testemunhas outros três cidadãos portugueses, segundo documentos a que a Agência Lusa teve acesso.
Trata-se do coronel Fernando Reis, antigo comandante dos observadores m ilitares da anterior missão da ONU em Timor-Leste (UNMISET), e dos juristas Luís Mota Carmo e Sandra Pontes, que trabalharam até Maio deste ano em Timor-Leste a o serviço da ONU.
Rogério Lobato começa a ser julgado quinta-feira, em Díli, por crimes relacionados com a distribuição de armas a civis, pelos quais arrisca uma pena su perior a 20 anos de cadeia.
A lista de testemunhas inclui da defesa ainda o japonês Sukehiro Hasegawa, anterior representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Ágio Pereira, chefe de gabinete do Presidente da República Xanana Gusmão, e o actual ministro do Interior timorense, Alcino Barris, bem como antigos e actuais membros do governo de Timor-Leste.
O julgamento vai realizar-se nas instalações do Tribunal de Recurso, por um colectivo de juízes que inclui o português Ivo Rosa, a brasileira Telma Angélica e o timorense António Gonçalves.
O julgamento esteve inicialmente marcado para o Tribunal Regional de Díli, mas fonte policial da ONU disse à Lusa que por "razões de segurança" se optou pela transferência para o Tribunal de Recurso.
O Tribunal de Recurso situa-se ao lado do quartel-general das forças militares australianas e quase defronte do quartel da GNR, no bairro de Caicoli, onde se situa igualmente a Presidência da República e a Missão Integrada da ONU e m Timor-Leste (UNMIT).
O processo que leva Rogério Lobato a tribunal é o primeiro que o Ministério Público instruiu relacionado com a crise de Abril e em que surge um antigo membro do governo.
Com mais de 500 páginas, o processo assenta na alegada distribuição de armas a civis, denunciada por Vicente da Conceição "Railós", veterano da resistência contra a ocupação indonésia.
Este antigo comandante da guerrilha timorense, referenciado pelo Ministério Público nos autos quer como arguido quer como testemunha, alega ter sido contactado por Rogério Lobato para formar um grupo, ao qual forneceria armas e outro equipamento militar, para a eliminação física de adversários políticos.
EL-Lusa/Fim
.
quinta-feira, novembro 30, 2006
Dois ex-ministros e antigo CEMGFA portugueses testemunhas de Lobato
Por Malai Azul 2 à(s) 00:24
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
Sem comentários:
Enviar um comentário