Diário de Noticias - Quinta, 5 de Outubro de 2006
Fernando de Sousa, Bruxelas
O secretário-geral adjunto das Nações Unidas, Mark Malloch Brown, considerou que a recente agitação em Timor-Leste esteve ligada ao facto de as forças daquela organização se terem retirado cedo de mais do terreno.
Aquele dirigente reconheceu que "todos aprendemos a lição, depois de termos cedido às pressões do Conselho de Segurança para sair cedo de mais" e acrescentou o empenho em procurar corrigir a situação "ao mesmo tempo que procuramos não afectar as soluções de Timor-Leste para os seus problemas. Não queremos afectar a soberania e a capacidade que têm vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos". Malloch Brown manifestou a maior esperança quanto ao futuro de Timor-Leste, enquanto reconhecia "o calibre enorme" de muitos dirigentes daquele país.
Brown fez as referidas afirmações num encontro em Bruxelas com um grupo de correspondentes internacionais, em que se incluiu o do DN. A sua visita a Bruxelas teve como objectivo aprofundar as relações da ONU com a União Europeia, com a qual partilha um grande número de operações, nos domínios da cooperação, manutenção da paz e da ajuda humanitária.
Inquirido sobre as possibilidades de reforma da ONU, um tema central no debate para a escolha do novo secretário-geral, Brown reconheceu que se trata de um passo imperioso mas que há problemas sérios a ultrapassar. Na sua opinião, "os governos não mudaram, de forma suficiente, desde 1945 e há demasiados Estados membros que se sentem marginalizados". Por outro lado, assumiu que "temos vivido num período com uma grande polarização entre os Estados membros. Quando um grupo deles diz que algo é branco, logo o outro lado diz que é preto; quando um diz que é bom, o outro afirma ser mau. Tenho esperança de que esse sentimento esteja a esbater-se e se volte a um ambiente mais construtivo".
Brown frisou que a reforma do Conselho de Segurança "tem de acontecer". Após recordar que este órgão foi concebido em 1945, não tendo evoluído para responder às mudanças na vida internacional, o diplomata reconheceu que "a representatividade do Conselho está a declinar rapidamente. Para proteger a sua legitimidade e a da ONU, esta questão tem de ser abordada".
Malloch Brown mostrou-se ainda convicto de que, no futuro, a UE poderá vir a ter um lugar conjunto no Conselho de Segurança. Em seu entender, esta evolução poderá começar com uma presença cada vez mais destacada nas diferentes agências da ONU, como a UNICEF ou o UNDP (Programa de Desenvolvimento da ONU), levando ao "desenvolvimento gradual de um precedente", de forma a que a chegada ao Conselho de Segurança acabe por ser encarada com naturalidade.
Baseando-se em declarações proferidas na Assembleia Geral da organização, Brown considerou: "Todos reconhecem que a ONU é mais necessária do que nunca; há que reformá-la, modernizá-la para desempenhar o papel que dela se espera."
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quinta-feira, outubro 05, 2006
ONU reconhece ter saído cedo de Timor-Leste
Por Malai Azul 2 à(s) 20:13
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Pois é! Vamos ver se esta comissão vai ter a coragem e ser isenta em relação a todos os intervenientes responsáveis… Não deixa de ser curioso o PR já andar a fazer comentários sobre os eventuais responsáveis...Questão muito importante: Porque é que ele e os seus amigos australianos já têm conhecimento do que está no relatório? (querem saber o dia e quem deu conhecimento?). Por exemplo: no incidentes do dia 25MAI06 há um internacional (querem que diga o nome?) que afirma ter sido as F-FDTL a abrir fogo sobre a PNTL (devem estar a brincar e pensam que são todos parvos). Mas o grande problema são as provas - Filmes dos incidentes, dos encontros e gravações das conversas de alguns conspiradores com o PR e o actual PM, assim como outros testemunhos, que já foram entregues directamente ao Secretário-Geral das NU, porque parece que a comissão não esteve muito interessada (será que foi manipulada pelos jogos de bastidores do PR e do seu chefe de gabinete!?). Não se esqueçam "A VERDADE É COMO O AZEITE, VEM SEMPRE AO DE CIMA". É tudo uma farsa, tendo em vista a impunidade de alguns dos principais responsáveis, que a ONU (manipulada pelos homens das terras dos “cangurus”) não pode patrocinar e lá vai continuar a instabilidade e a desgraça dos timorenses!
O GRANDE OBJECTIVO DAS "BESTAS" DOS AUSTRALIANOS E SEUS LACAIOS É PROVOCAR INCIDENTES E INSTABILIDADE PARA QUE NÃO POSSA HAVER ELEIÇÕES OU ESTAS SEJAM IMPUGNADAS". QUE PENA OS TIMORENSES NÃO ABRIREM DEFINITIVAMENTE OS OLHOS E SE UNIREM PARA CORREREM COM ESSA GENTE PARA FORA DO PAÍS…ANALISEM COM ATENÇÃO E CHEGARÃO À CONCLUSÃO QUE O PR ESTÁ “NUM BECO SEM SAÍDA”. De facto é pena! Sempre disse, que as missões das NU, principalmente a UNOTIL, têm sido responsáveis directa ou indirectamente por quase tudo o que tem acontecido (quer por omissão ou falta de acção). A comissão vai apontar alguns dos responsáveis (arraia miúda) mas os principais, VÃO FICAR IMPUNES!!!!! Como é que já sei? Descansem que não sou bruxo. Para o PR e seus amigos (ou inimigos?) o grande tribunal será a sua própria consciência e o povo timorense. Quem fez acordos com os indonésios na cadeia é capaz de tudo.…Será que já vendeu a soberania dos timorenses? Quais as contrapartidas dos intermediários ou mediadores? Até breve. Continuarão a ter notícias minhas.
A minha identidade já está revelada a quem de direito.
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