terça-feira, setembro 26, 2006

Recusa de Mascarenhas Monteiro é perda para Timor-Leste, PM

Díli, 26 Set (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, considerou hoje uma perda para Timor-Leste a recusa do antigo presidente cabo-verdiano António Mascarenhas Monteiro em aceitar o convite de Kofi Annan para o representar em Díli.

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14 comentários:

Anónimo disse...

Nao acreditem porque esta e a espectativa do porta voz de Xanana como Ramos Horta , que nao comporta como Primeiro Ministro mas sim como um veradadeiro portavoz do PR.

Anónimo disse...

Vale a pena reparar nestes dois exemplos de informar. No primeiro, o DN sobre a notícia do dia, vai direito ao assunto. Cá está na íntegra a notícia:

1 - Diário de Notícias, 26 de Setembro de 2006:

Timor-Leste
Mascarenhas Monteiro recusa convite da ONU

O ex-presidente cabo-verdiano Mascarenhas Monteiro revelou ontem ter recusado o convite para representar o secretário-geral da ONU em Timor-Leste, devido às reservas que alguns Estados terão colocado ao seu nome. “Tomei a decisão de desistir por uma questão de honra, de dignidade, de auto-respeito e por respeito ao povo cabo-verdiano”, frisou.

No segundo, no jornal do homem mais rico de Portugal, o Público, o jornalista começa por “vender” o peixe que interessa à oposição de TL e à Austrália (sobre os feitos e bacoradas do Reinado e restantes desertores), acabando a mentir descaradamente quando afirma que Mascarenhas Monteiro “terá recusado, invocando motivos pessoais”! Shame on you, Jorge Heitor!

Mas para apreciação dos leitores, transcrevo a notícia que não está on-line:

2 - Público, 26 de Setembro de 2006, Jorge Heitor:

Major rebelde em fuga exige demissão de Ramos-Horta

O major rebelde timorense Alfredo Reinado, que anda a monte desde o fim de Agosto, declarou ontem ao jornal The Australian que só se entrega se o primeiro-ministro José Ramos-Horta, que tomou posse em 8 de Julho, for substituído por um Governo “que sirva o povo”.
Do seu esconderijo numa zona montanhosa da antiga colónia portuguesa na Oceânia, o fugitivo disse que uma rede secreta de partidários o avisa se acaso correr perigo; ou seja, se a polícia das Nações Unidas, dirigida pelo comissário português Antero Lopes, se aproximar para o deter e levar de volta à cadeia de Becora, em Dili, de onde fugiu com outros 56 reclusos.
A polícia federal australiana que se enquadra no comando da ONU destacado em Timor-Leste alega não ter efectivos suficientes para combater o rebelde que as forças de Camberra treinaram e colaborou este ano na queda do Governo constitucional de Mari Alkatiri.
Na sua mais recente entrevista telefónica, Reinado desmentiu os rumores de que tem estado em contacto com o Presidente Xanana Gusmão desde que no dia 30 de Agosto fugiu da cadeia, mas reconheceu permanecer em legação com os chamados peticionários, os antigos soldados que desencadearam a crise de há seis meses.

Xeque à Fretilin
Os protestos daqueles 600 militares durante o primeiro semestre do presente ano integram-se numa série de campanhas que poderão fazer com que o partido maioritário, a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), de Alkatiri, perca o poder que ocupa desde que há quatro anos o país se tornou independente. Teme-se que a instabilidade impossibilite a concretização das previstas eleições presidenciais e legislativas que em princípio deveriam ocorrer no segundo trimestre de 2007.
Muitas das manifestações contra a governação dominada pela Fretilin têm sido convocadasb pela Frente Nacional para a Justiça e Paz, coordenada pelo major Alves Tara, que em Maio abandonou a cadeia de comando das Forças Armadas Timorenses.
Segundo a AFP, no domingo voltaram a registar-se distúrbios, com dois grupos a apedrejarem-se, como tem sido prática corrente, designadamente entre naturais do extremo oriental do país e outros que são da zona junto à fronteira com o Timor indonésio.
Entretanto, o japonês Sukehiro Hasegawa terminou na semana passada funções como representante especial em Dili do secretário-geral das Nações Unidas. Kofi Annan convidou para o substituir um antigo presidente de Cabo Verde, António Mascarenhas Monteiro, de 62 anos, que foi Chefe de Estado de 1991 a 2001, mas este terá recusado, invocando motivos pessoais.

Anónimo disse...

É evidente que um homem do nível e formação de António Mascarenhas nunca iria aceitar um cargo num país em que o próprio Presidente da República está envolvido nas mais graves violações das suas obrigações como Chefe de Estado e na defesa dos interesses do governo australiano e contra os interesses do seu próprio país.

Estamos a falar de um verdadeiro Chefe de Estado e Presidente do Supremo Tribunal e não de um Xananasito guerrilheiro!

Mais uma vez quem perde é o Povo de Timor-Leste!

Anónimo disse...

O que espanta são as declarações de muitos dirigentes timorenses: é caso para dizer a ignorância é atrevida!
Mascarenhas Monteiro não foi eleito com o apoio do PAICV).
Bem se vê para onde pessoas mal prepraradas mas com a mania que são mais que os outros querem levar o país...e há quem se aproveite. O pior é que há quem se aproveite da leviandade com que alguns dirigentes timorenses estão tratando dos assutnos do Estado!
Um país que não estima os poucos quadros que tem, as poucas pessoas bem preparadas para governar que tem, só pode caminhar, como caminha, para o abismo.
Pobre povo timorense!
Leiam livros, estudem, trabalhem. Porque sem trabalho sério e sem esforço nada se consegue de sólido.
Nada.

Anónimo disse...

"Um país que não estima os poucos quadros que tem, as poucas pessoas bem preparadas para governar que tem,..."

O que?? Esses tais quadros estao tao "bem preparados" como o vizinho do lado. Fosse esse e caso Timor nao estava nas condicoes em que esta. A fretilin metia o seu pessoal em posicoes para as quais nem tinham experiencia ou qualificacoes so porque sentia que tinha que controlar tudo e todos. Um fulano que tendo sido "caixa" nos anos da resistencia e tambem membro da fretilin recebe um cargo e passa o dia inteiro a olhar para as moscas sentado na sua secretaria no ministerio das financas. Isto eh so um exemplo entre muitos casos.

Anónimo disse...

O caminho faz-se andando. Se a pessoa está no lugar e não faz nada o que é preciso é faça alguma coisa. Que trabalhe, que decida. Tudo se aprende. tudo. Haja vontade. Mas também leva o seu tempo.
Com balburdia é que não. Sem estabilidade é que nada se faz.
Se a pessoa faz e não explica e o povo não percebe o que está a fazer o que é preciso é exigir que explique o que se está a fazer e porquê.
O que em grande medida faltou em timor foi política, no bom sentido da palavra.

Anónimo disse...

"No segundo, no jornal do homem mais rico de Portugal, o Público, o jornalista começa por “vender” o peixe que interessa à oposição de TL e à Austrália..."

Esta Tamagoshi continua na senda da luta contra a riqueza, como se fosse um crime em si.
Já agora explique porque razão, o dito "homem mais rico de Portugal", tem interesse em apoiar a Austrália, ou a oposição integracionista de Timor.

Mas para esta Tamagoshi obssessiva, não manifestar o ponto de vista dela é sinónimo de conluio, trapaça, vigarice, etc...

É tão retardaada que até mete dó.

Anónimo disse...

O que estava em questão na minha crítica, foi o Jorge Heitor, o jornalista que assinou a notícia ter feito trapaça e vigarice particularmente com as razões que o Mascarenhas Monteiro alegou para a recusa do convite. E pelo facto de toda a notícia ter sido construída (em conluio? Talvez…) conforme as conveniências e os interesses da oposição de TL e dos Australianos.

Mas este “teórico” prefere arcar com as dores do Belmiro. Ele lá sabe porquê.

Anónimo disse...

Estou mesmo a ver o homem SONAE sem conseguir dormir a pensar se a Austrália consegue dominar timor ou não. Ou se o Lasama chega a PM.

Estou mesmo a vê-lo ao telefone: - Howard, vê lá se resolves isso depressa que quero abrir um Colombo em Colmera. O Lasama já me prometeu o terreno e tudo. Pela minha parte faço o que posso aqui no meu jornal. Você não leu o artigo do Jorge Heitor? Não HEITOR, com H no início. Sim, o Jorge, pá.

Se tivesse criticado o jornalista por opinar sem se documentar e estudar o assunto, estaria do seu lado. Achar que se trata de maquinação propositada, já é doentio.
Mas esse cérebro de Tamagoshi já vem pré-programado e não pode dar mais.
Temos pena.

Anónimo disse...

E continua empenhadíssimo na defesa do Belmiro. Mal sabe ele que tem um tão ardoroso defensor por aqui. Logo ele, que tem tantos advogados ao seu serviço... é de facto comovedor!

Anónimo disse...

Eu não o defendo coisa nenhuma. Só estou a ser racional, que é uma coisa que lhe falta.

Para si e para a sua pandilha, atacar um homem rico faz sempre sentido, por uma questão ideológica. Eu, como não tenho inveja de quem tem mais que eu, estou-me nas tintas para o senhor.

Agora, não posso deixar de considerar ridículo e sem pés nem cabeça, dizer que ele orienta o jornal para defender a Austrália e certa oposição em Timor.

Como se ele se importasse.

Essa demagogia ideológica é cada vez mais descabida.

Continuem assim, que o povo português, pelos resultados eleitorais que têm, concorda cada vez mais com essa cretinice ideológica.

Como diz logo a primeira linha do editorial do órgão oficial do seu partido: " O tempo dá-nos razão".

Então não dá? Desde 1998 que não tem vindo a fazer outra coisa. A dar-vos razão.

Foi mesmo o PCP que exigiu a queda do muro de Berlim e a dissolução da URSS. Então não?

É só razão.

Anónimo disse...

E continua... será que afinal tem uma avençita? Só pode.

Anónimo disse...

margarida desculpe-me dizer-lhe mas voce nao tem a bagagem ou habilidade necessaria para desenvolver argumentos serios. Consequencias do facciosismo e sectarismo bem evidentes em voce.

Anónimo disse...

Eu não tenho avenças de ninguém, porque não defendo ninguém cegamente.

Agora você é que deve ter. Mesmo contra as evidências continua com o disco riscado. Isso é próprio de quem tem avenças.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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