Primeiro de Janeiro – 11 de Maio de 2007
António José da Silva
O triunfo de Ramos-Horta nas eleições presidenciais timorenses deverá atingir uma expressão significativa, o que, a acontecer, é muito importante para garantir o clima de estabilidade de que o país necessita. Como acontece em muitos países recém-chegados à democracia, uma vitória, à tangente, poderia provocar algumas tensões. Assim, estas eleições vieram confirmar que Timor entrou, definitivamente, no caminho da normalidade política.
Os dois candidatos tinham ambos um passado exemplar de resistência nacionalista: Francisco Guterres, a nível interno, na área da guerrilha, e Ramos-Horta, a nível externo, na defesa internacional da causa timorense. Pesem embora os seus mérito e a sua popularidade, que lhe permitiram mesmo ganhar a primeira volta, Francisco Guterres teria sempre, como presidente, horizontes bem mais limitados do que os de Ramos-Horta. Num tempo em que Timor ainda precisa, e muito, da solidariedade internacional, a eleição presidencial de uma figura galardoada com o Nobel da Paz e, por isso mesmo, com grande prestígio no mundo, foi, certamente a melhor das opções do povo timorense.
Com a derrota do seu candidato, a FRETILIN perde, definitivamente, o seu papel de partido dominante na vida política de Timor, um papel justificado pela auréola da sua luta pela independência do país. Essa auréola sofreu o primeiro e grande abalo, quando Xanana Gusmão decidiu abandonar o partido e fazer de Mari Alkatiri o seu adversário de estimação. Continuando embora a ter um lugar importante, a FRETILIN passou a ser, simplesmente, e desde então, um partido, entre outros, mas já não “o partido”, no sentido da sua de identificação com o país e o estado.
O novo presidente da República vai ter de enfrentar desafios muito difíceis na luta pelo desenvolvimento económico e social de Timor. Por nós, e aceitando que a resposta a esses desafios passa, necessariamente, pelo apoio internacional, acreditamos que a eleição de Ramos-Horta não podia ser mais lógica.
sexta-feira, maio 11, 2007
Timor: A escolha lógica
Por Malai Azul 2 à(s) 20:55
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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