Cavaco Silva garante a Ramos-Horta continuação do apoio de Portugal a Timor-Leste
11.05.2007 - 13h20 Lusa
O Presidente da República, Cavaco Silva, enviou hoje uma mensagem de felicitações ao Presidente eleito de Timor-Leste, José Ramos-Horta, e prometeu o apoio de Portugal "para ajudar a nação timorense a vencer os desafios".
O chefe de Estado realça a experiência de Ramos-Horta, desde os tempos da resistência à ocupação indonésia, e elogia "o apego aos valores da liberdade, democracia e tolerância" demonstrado pelos timorenses nas eleições presidenciais de quarta-feira.
José Ramos-Horta venceu as eleições com cerca de 70 por cento dos votos, sucedendo a Xanana Gusmão após derrotar o candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu-Olo", que obteve 30,97 por cento.
"O povo timorense manifestou de forma expressiva o seu profundo apego aos valores da liberdade, democracia e tolerância", escreve o chefe do Estado português, considerando ainda que o resultado é uma prova de "inequívoca confiança" em Ramos-Horta "para prosseguir a edificação de uma nação soberana, próspera e solidária".
"A experiência e o conhecimento" que o até agora primeiro-ministro e antigo chefe da diplomacia timorense tem "da realidade do país muito contribuirão" para "o exercício da mais alta magistratura da nação".
Cavaco Silva lembra os tempos da resistência à ocupação indonésia de Timor-Leste, quando uma eleição presidencial como a de quarta-feira "pareceria a muitos uma realidade inalcançável".
O Presidente português recordou "o apoio com que sempre contou a causa da liberdade e da dignidade do povo timorense junto de Portugal e dos portugueses".
José Ramos-Horta toma posse no dia 20 deste mês.
sexta-feira, maio 11, 2007
Actual primeiro-ministro vai suceder a Xanana
Por Malai Azul 2 à(s) 23:28
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
17 comentários:
Tenho neste espaço uma das minhas referências jornalísticas na actualidade.
Quero dar os meus sinceros parabéns ao autor deste blog pelo excelente trabalho aqui apresentado.
É,na minha opinião, um óptimo exemplo de como se pode conciliar jornalismo sério, autêntico, com uma muito legítima e assumida opção política.
Informação isenta e comentário a complementar a informação - mas sempre assumindo e exibindo a "linha de demarcação" entre opinião e notícia... Assim mesmo é que deve ser!
Mais uma vez, parabéns! Continuem!
Oxalá outros "aprendessem" e seguissem o exemplo!
António Vitorino(vitorinices.blogspot.com)
Confirmada a sentença de Lobato
Jornal de Notícias, 11/05/07
O ex-ministro do Interior timorense Rogério Lobato foi conduzido, ontem, à prisão de Becora, depois de o Tribunal de Recurso ter confirmado a pena de sete anos e meio de prisão por homicídio que tinha sido proferida pelo Tribunal Distrital de Díli.
Rogério Lobato saiu da sua residência no bairro do Farol, no centro de Díli, pouco depois das 18 horas locais, escoltado por elementos do subagrupamento Bravo da GNR. O ex-ministro do Interior no I Governo Constitucional de Timor-Leste foi conduzido à prisão de Becora, em Díli, dentro de um veículo blindado da GNR. O ambiente era de consternação entre a família e alguns amigos. Rogério Lobato não fez declarações quando saiu da sua casa directamente para o veículo blindado e pediu para não ser fotografado.
O ex-ministro do Interior foi condenado a 7 de Março, pelo colectivo de juízes presidido por Ivo Rosa e a defesa recorreu. O colectivo do Tribunal de Recurso confirmou a sentença num processo aberto por recomendação da Comissão Especial Independente de Inquérito aos eventos de Abril e Maio do ano passado, que culminaram em confrontos armados e na queda do Governo de Mari Alkatiri.
Rogério Lobato, ministro do Interior no I Governo Constitucional (de 2002 a 2006), foi julgado sob a acusação de 18 crimes de homicídio, 11 de homicídio na forma tentada e um crime de peculato. O ex-ministro do Interior foi absolvido do crime de peculato, de 14 crimes de homicídio e dos 11 crimes de homicídio na forma tentada, sendo condenado como autor indirecto de quatro crimes de homicídio. O tribunal deu como provado que Rogério Lobato entregou armas a civis, nomeadamente ao grupo de Vicente da Conceição "Railós", "para eliminar peticionários e líderes da Oposição" em Abril e Maio do ano passado.
http://jn.sapo.pt/2007/05/11/primeiro_plano/confirmada_a_sentenca_lobato.html
Ramos-Horta presidente
Jornal de Notícias, 11/05/07
Pedro Rosa Mendes, Em Díli
As coincidências não existem. Apenas acontecem. Como esta o próximo presidente da República de Timor-Leste foi confirmado, ainda que com resultados provisórios, exactamente à mesma hora a que um dos símbolos da luta de libertação e da hegemonia da Fretilin, Rogério Lobato, saía da sua casa para cumprir pena de prisão efectiva. De dois antigos camaradas de luta, os dois destinos não poderiam ter divergido mais do que aconteceu.
José Ramos-Horta saiu do Palácio das Cinzas, onde participou na reunião do Conselho de Estado ainda presidido por Xanana Gusmão, para fazer as primeiras declarações em tom de estadista. Rogério Lobato saía, à mesma hora, para cumprir, na prisão de Becora, em Díli, uma pena longa por ter armado um grupo de civis, em Abril e Maio do ano passado, com a finalidade de eliminar líderes da Oposição. Eram 18 horas quando o ex-ministro do Interior saiu do portão da sua vivenda, no bairro do Farol, para entrar num carro blindado do subagrupamento Bravo da GNR. Não ia algemado, porque "não constitui uma ameaça à segurança", comentou um dos agentes da Polícia das Nações Unidas que o foi buscar a casa. O destino a prisão de Becora, na perifeira leste de Díli, a mesma de onde fugiu, a 30 de Agosto passado, o major rebelde e ex-comandante da Polícia Militar Alfredo Reinado, o homem mais procurado do país.
Para José Ramos-Horta e Rogério Lobato, mas por razões opostas, este foi um dia que mudou as suas vidas. E foi um dia tão longo que começou, para ambos, há um ano, na crise política e militar que colocou Timor à beira da segunda guerra civil do país.
Rogério Lobato foi condenado a sete anos e meio de prisão por um colectivo de juízes do Tribunal Distrital de Díli, a 7 de Maio. A defesa recorreu da decisão, mas o Tribunal de Recurso concordou com o acórdão do juiz Ivo Rosa.
A meia hora que Rogério Lobato teve para se preparar para o longo internamento em Becora correu ao mesmo tempo que a conferência de Imprensa da Comissão Nacional de Eleições, onde a porta-voz Maria Angelina Sarmento deu os resultados provisórios das eleições de 9 de Maio. Já com 90% das estações de voto apuradas, Francisco Guterres "Lu Olo", presidente do Parlamento e candidato da Fretilin, obtinha 27% dos votos; José Ramos-Horta, primeiro-ministro e candidato independente, atingia os 73%.
Foi também neste fim de tarde, com Díli envolvida numa luz de mel e uma calma de feriado ou de desgraça, que Ramos-Horta saiu do Conselho de Estado para fazer, ainda oficiosamente, a sua primeira declaração de estadista.
"Sou fundador da Fretilin e esta é também uma vitória da Fretilin. Que fique claro que a Fretlin não é perdedora", afirmou o primeiro-ministro, na soleira do edifício onde voltará, no próximo dia 20, como chefe de Estado.
As ilhas são fechadas e Timor-Leste é só metade. Os destinos cruzam-se não apenas na hora do relógio. A casa ao lado da de Rogério Lobato é a de Taur Matan Ruak, chefe do Estado-Maior das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste. A seguir é a casa de Ana Pessoa, ministra da Administração Estatal e figura do núclero duro da Fretilin. Em frente, mora Estanislau da Silva, vice-primeiro-ministro durante as ausências de Ramos-Horta. E Rui Araújo, ministro da Saúde e segundo vice-primeiro-ministro
http://jn.sapo.pt/2007/05/11/primeiro_plano/ramoshorta_presidente.html
Comunicado
Em nome do CSP/Conselho Superior Político da UDT e na minha qualidade de Vice-Presidente, cumpre-me transmitir e associar-me à mensagem do Presidente da UDT, Eng.º João Viegas Carrascalão, por ocasião do 33º aniversário do partido.
“A UDT comemora hoje o 33º aniversário sobre a data da sua fundação.
A 11 de Maio de 1974, o aparecimento da União Democrática marcou uma nova era em Timor ao constituir-se no primeiro partido timorense a formar-se logo a seguir à Revolução Portuguesa de Vinte e Cinco de Abril.
As circunstâncias políticas e sociais do país em 1974 eram de instabilidade profunda e de dúvidas quanto ao futuro.
A UDT foi fundada tendo em vista o novo desafio que era colocado aos timorenses. Os novos tempos de Timor exigiam determinação, empenho, dedicação, tolerância, honestidade respeito e coragem, qualidades que ditaram o aparecimento do nosso partido e tem acompanhado a nossa conduta política ao longo destes 33 anos.
Na História actual de Timor-Leste, marcada pela crise social e política que se vive no país desde o ano passado, continuamos a pautar o nosso comportamento pelos princípios que sempre nortearam os caminhos da UDT.
Como partido político mais antigo, estamos cientes da nossa responsabilidade política, cumprindo os nossos princípios, mantendo a calma e a serenidade mesmo nos momentos mais conturbados, agindo dentro dos limites democráticos e defendendo intransigentemente a construção de um Estado de Direito onde todos os timorenses tenham os mesmos direitos e as mesmas obrigações.
Queremos servir o povo timorense animados dos mesmos propósitos de 1974 porque estamos convictos de que os princípios que defendemos vão de encontro aos anseios do nosso povo.
A UDT saúda todos os seus filiados, simpatizantes e amigos que, em Timor-Leste e no estrangeiro têm honrado a UDT, defendendo e difundindo convictamente os seus princípios.
A UDT presta a mais sentida homenagem a todos os seus heróis, aos que, desde 1975, perderam a vida, tendo sido barbaramente assassinados por amar este partido e por defenderem os seus ideais.
A UDT saúda todo o povo timorense, cujos interesses defendemos e quem queremos deixar uma mensagem de esperança num futuro melhor. Todos juntos vamos lutar por Timor-Leste, procurando contribuir para a construção de um Timor-Leste mais solidário, mais fraterno, mais justo, mais digno, mais democrático.
A UDT orgulha-se da sua História com a certeza da sua inquestionável necessidade na vida democrática de Timor-Leste, com a mesma certeza daqueles que, em 11 de Maio de 1974, fundaram a UDT.
Somos um partido necessário, somos um partido do futuro, porque ontem como hoje somos “Husi Povo, Ho povo, Ba Povo”!
Viva a UDT!!!”
Saudações udetistas!
Cipriano Gonçalves
Vice-Presidente do Conselho Superior Político da UDT
Ja e' tempo de fazer um exame de conciencia por camaradas Lu Olo e Alkatiri, que a dupla lideranca tem contribuido bastante para esta derrota. Num mpais democratico a responsiabilidade resta-se no topo de lideranca. O mais digno e' resignar-se da lideranca!
Se nao, o nosso receio e': estamos agora ao rumo para o "triple blow":
1. Derrota de Lu Olo (feito)
2. A prisao de Regerio Lobato (feito)
3. Derrota nas legislativas (cenario mais possivel).
Para evitar a terceira derrota e' tempo de mudar a lideranca com novos rostos do partido.
Ao nosso camarada Alkatiri, a proporcao desta derrota e atribuida pela attitude de arrogancia, confrontativo e tendencia de minimizar as capacidades dos proprios conterraneos Timorenses - o fim o camarada tem que pagar num preco muito caro - a derrota incalculavel!
Loi Rubi
Divisão timorense entre loromonu e lorosae
Público, 12.05.2007
Jorge Heitor
O primeiro-ministro Ramos-Horta ficou com mais de 69 por cento dos votos na segunda volta das presidenciais e "Lu-Olo" triunfou na região oriental
Os perto de 70 por cento dos votos com que o primeiro-ministro independente José Ramos-Horta ganhou à segunda volta as presidenciais timorenses de dia 9 deste mês foram essencialmente conseguidos nos 10 distritos que ficam mais próximos do território indonésio e que costumam ser designados por loromonu. O presidente do Parlamento e da Fretilin, Francisco Guterres, "Lu Olo", triunfou nos três distritos do Leste, a zona lorosae: Baucau, Viqueque e Lautém.
Os loromonus vivem nos distritos de Aileu, Ainaro, Bobonaro, Cova-Lima, Díli, Ermera, Liquiçá, Manatuto, Manufahi e Oécussi, este último um autêntico enclave já dentro do Timor indonésio. Falam essencialmente tétum e mambae, enquanto os lorosae (a que também chamam "firaku", "nós, os camaradas") falam sobretudo makasae.
O candidato que se ficou, no cômputo geral, por perto de 31 por cento dos votos expressos felicitou o vencedor, enquanto o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, admitia para breve a realização de um congresso extraordinário do partido, que, nas legislativas de Agosto de 2001, foi maioritário e agora está ameaçado de perder uma parte substancial do seu eleitorado.
Governo provisório
"O dr. Ramos-Horta tornar-se-á um bom Presidente", admitiu "Lu Olo", enquanto se sabia que Timor-Leste irá ter agora um Governo provisório, até ao apuramento do resultado das legislativas, marcadas para 30 de Junho e às quais concorrem tanto o partido de Alkatiri como o Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) e o Partido Democrático, entre outras formações.
"Ramos-Horta deverá estabilizar o país", considerou o analista político Júlio Tomás, citado pela Reuters, numa altura em que todos os observadores procuram descortinar o que é que virá a ser a governação depois das presidenciais e das legislativas. De qualquer modo, admite-se que o CNRT, do Presidente cessante Xanana Gusmão, procure uma plataforma de entendimento com o Partido Democrático (PD), de Fernando "Lasama" Araújo, actualmente com a segunda bancada parlamentar, e com o Partido Social-Democrata (PSD), do antigo governador do período indonésio Mário Viegas Carrascalão.
Uma das primeiras preocupações do próximo Parlamento deverá ser encetar um processo de revisão do texto constitucional aprovado em 22 de Março de 2002, de modo a eventualmente reforçar os poderes do Presidente da República, depois de Xanana algumas vezes se ter queixado de que se sentia impotente, perante o peso de quem dominava o poder legislativo e executivo.
Ramos-Horta, formado em Direito Internacional, tem vindo a pautar a sua conduta pelo aparente desejo de que surja em Timor-Leste um quadro político inteiramente novo. E, num discurso feito em 23 de Março, defendeu que a Constituição revista venha a conter "uma referência significativa a Deus, aos valores morais e espirituais que Ele nos ensina, porque Ele é a definição do que é puro e justo em todo o Universo".
O Presidente que vai tomar posse no dia 20 propõe-se a "conduzir a luta contra a pobreza", num pequeno país da Oceânia onde os incidentes de há um ano afectaram bastante a actividade económica, tanto no sector público como no privado.
http://jornal.publico.clix.pt/UL/
Xanana despede-se com avisos sobre corrupção
Jornal de Notícias, 12/05/07
Ao mesmo tempo que Ramos-Horta recebia felicitações de todo o Mundo pela sua eleição para presidente de Timor-Leste, inclusive do candidato derrotado, "Lu Olo", Xanana Gusmão fazia uma dupla despedida. Às forças de segurança, o ainda presidente timorense afirmou que "corrupção, abuso de poder, favoritismo e partidarismo não são toleráveis na estrutura da Polícia", dando como exemplo o caso de Rogério Lobato que, desde anteontem, está na prisão de Becora, em Díli. O presidente cessante, como tinha feito na despedida das Falintil/Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), elogiou, perante a Polícia, o "apreço pelo trabalho desenvolvido pelos tribunais nacionais que actuaram de forma credível, independente e imparcial", e recordou o caso do major Alfredo Reinado. "Os órgãos do Estado analisaram a petição de Reinado cuidadosamente, para proceder a uma resposta que não contrarie os princípios da justiça e da equidade, mas que permita a solução pacífica do problema", informou Xanana Gusmão, acrescentando que "o Estado está empenhado no prevalecimento da justiça, a par de um clima de harmonia e paz". Falando aos militares, Ramos-Horta assumiu-se como o seu "capelão espiritual", prometendo liderar o processo de modernização. Admitiu, contudo, que também é preciso trabalhar na reconciliação, continuando o que tem vindo a ser feito desde a crise de Abril e Maio de 2006
Correio da Manhã, 2007-05-12 - 00:00:00
Timor-Leste: Xanana na hora da despedida
A maior ameaça estava entre nós
O presidente cessante de Timor-Leste, Xanana Gusmão, despediu-se ontem dos militares, afirmando que “a ameaça mais concreta” estava, afinal, no seio dos timorenses.
Xanana Gusmão fazia, deste modo, uma referência directa à crise política e militar de Abril e Maio do ano passado, a qual culminou com violentos confrontos entre as Forças Armadas e a Polícia Nacional timorense. “Chegou a altura de transformar a guerrilha em forças convencionais”, considerou Xanana na despedida formal das Falintil/Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e representantes do corpo diplomático.
“Os tempos são outros, as necessidades são outras e, sem a progressiva profissionalização das Forças, não será possível a construção de um Estado democrático”, acrescentou o ainda presidente timorense, na cerimónia, realizada em Taci Tolu, na periferia de Díli. O quartel das F-FDTL em Taci Tolu foi, recorde-se, um dos palcos da crise do ano passado e onde ocorreram alguns dos mais graves confrontos.
Igualmente presente na cerimónia esteve o seu sucessor, José Ramos-Horta. Após a despedida do presidente cessante, o vencedor da segunda volta das presidenciais assumiu-se como o “capelão espiritual” das Forças Armadas. “Foi esse o trabalho que fiz”, declarou.
CAVACO SILVA FELICITA
Entretanto, sucedem-se as mensagens de felicitações dirigidas a Ramos-Horta, destacando-se a do Chefe de Estado português, Cavaco Silva, que prometeu o apoio de Portugal a Timor. Felicitaram ainda o novo presidente timorense, entre outros, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o candidato derrotado, Francisco (‘Lo Olo’) Guterres
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=242098&idselect=91&idCanal=91&p=200.
Queda "normal" de aparelho australiano
Público, 12.05.2007
O Presidente eleito de Timor--Leste, José Ramos-Horta, considerou "absolutamente normal" e "nada de espectacular" que um avião australiano não tripulado habitualmente utilizado em missões de espionagem tenha caído na semana passada sobre uma casa de Díli, que, por acaso, não se encontrava ocupada. "Não tivemos problemas com isso. (...) A vigilância é muito necessária", afirmou Ramos-
-Horta, citado pela imprensa da Austrália, onde está a ser investigado se o aparelho teria caído por falha técnica ou por erro operacional.
http://jornal.publico.clix.pt/UL/
Correio da Manhã, 2007-05-12 - 12:04:00
Crise militar
Peticionários timorenses nas mãos de Ramos-Horta
José Ramos-Horta foi este sábado mandatado para solucionar o problema dos peticionários com as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), afirmou o ainda primeiro-ministro e próximo Chefe de Estado.
“O Conselho de Ministros confiou no primeiro-ministro para encetar esforços de diálogo com o comando das F-FDTL e peticionários para a busca de uma solução do Problema”, anunciou Ramos-Horta, que é ainda primeiro-ministro, apesar de ter vencido as eleições presidenciais do país.
Para o primeiro-ministro, o problema dos peticionários “é uma questão complexa e sensível que tem implicações humanas, porque são centenas de militares que deixaram de receber salários”, acrescentando que “é uma questão política porque divide o país e afecta a própria instituição das Forças Armadas e por isso é um assunto prioritário”.
Para já, está marcada uma reunião com Taur Matan Ruak, chefe do Estado-Maior das F-FDTL, “para numa conversa em família” se tentar chegar a um consenso. Ramos-Horta admite que uma solução poderá ser a reintegração dos peticionários mas “não necessariamente, ou não de todos”.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=242135&idselect=21&idCanal=21&p=200
Timor-Leste: Ajuda alimentar continua até às legislativas
A distribuição de alimentos aos deslocados da crise de 2006 vai continuar até às eleições legislativas de 30 de Junho, anunciou hoje o primeiro-ministro José Ramos-Horta.
A partir de Julho, a assistência alimentar aos deslocados passará a operar «com base no programa de alimentação por trabalho», adiantou o chefe do Governo, à semelhança do programa já existente de dinheiro por trabalho.
«O timorense não gosta de esmolas, é muito orgulhoso e perante a possibilidade de obter alguma ajuda humanitária em troca do seu trabalho, ele prefere isso em vez de receber uma esmola», afirmou o primeiro-ministro.
O número de deslocados «é significativamente menor do que tem sido falado. Não chega a 20 ou 30 mil em Díli».
«No interior, há muito poucos deslocados. A maioria dos deslocados do interior não eram residentes de Díli, vieram para a cidade em 1999 ou depois. Quando há algum problema em Díli, regressam para as suas casas de origem onde têm as suas famílias e raízes», explicou.
«A maioria dos deslocados do interior estão em casa de familiares, pondo alguns encargos adicionais de espaço e de comida», acrescentou José Ramos-Horta.
Diário Digital / Lusa
12-05-2007 10:03:19
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=275787
Va ao " Timor do Norte a Sul" hoje com poemas de
1- Antonio Virissimo
2- Laumalai
3 - Abe Barreto
aqui vai o endereço:
http://timordonorteasul.blogspot.com/
Henry Kissinger diz que Timor-Leste «já sofreu o suficiente»
in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=227469
O antigo secretário de Estado norte- americano Henry Kissinger afirmou esta sexta-feira esperar que a situação acalme em Timor-Leste, um país que «já sofreu o suficiente».
«Timor-Leste já sofreu o suficiente e lamentaria quaisquer problemas nas Forças Armadas», disse Kissinger, à saída de um encontro no Palácio de Belém, em Lisboa, com o Presidente da República, Cavaco Silva.
Timor-Leste vive um período de tensão provocado por incidentes protagonizados por ex-militares que alegam discriminação por parte da hierarquia das forças armadas.
Os confrontos com as forças da segurança no fim de Abril provocaram cinco mortos e o êxodo para as montanhas, nos primeiros dias, de 70% da população da capital, de acordo com as Nações Unidas.
O último incidente relacionado com a crise político-militar de que há registo verificou-se há cinco dias em Gleno, no distrito de Ermera, e fez um morto e dois feridos.
À saída da «calorosa e amistosa» audiência de cerca de 30 minutos com Cavaco Silva, o antigo secretário de Estado norte-americano comentou ainda a situação no Irão, considerando que a comunidade internacional «tem de impedir» a existência de armas nucleares naquele país, mas «fazendo o possível para impedir qualquer conflito».
«Apesar da retórica, espero que os últimos passos dados pelo Irão possam ser o início de um entendimento com a comunidade internacional», acrescentou.
Kissinger, uma das mais influentes personalidades da política externa norte-americana da década de 1970 (era secretário de Estado da administração de Richard Nixon quando se deu o 25 de Abril de 1974) manifestou também a sua satisfação por ver «como a transição demorou tão pouco tempo» em Portugal.
«Quando se olha hoje para o país parece que a democracia esteve aqui desde sempre», referiu, lembrando os «tempos turbulentos de 1974 e 1975», quando chegou a defender que Portugal estava «perdido» para os comunistas e que isso seria uma «vacina» para outros países como Itália e Espanha.
O ex-secretário de Estado ofereceu a Cavaco Silva uma edição especial do seu livro «Diplomacia».
Diário Digital / Lusa
12-05-2006 12:28:00
"Faço um pedido a todos os blogueiros, em homenagem a menina Madeleine e a todos os desaparecidos mas não esquecidos façam um post com a fotografia da menina e deixem ficar ".
Não podemos fazer mais nada, infelizmente, mas quem sabe a divulgação não pode ajudar.
Caso estejam interessados, podem copiar do meu blog.
Um abraço
Laumalai
Parece que a minha amiguinha perolas-de-eter me acha uma thinking blogger. Verdade seja dita, não esperava por esta. Nem sabia que isto existia. Lol (santa ignorância a minha)
Bem! Agora vem a parte mais difícil, que é a de ter que fazer as minhas cinco nomeações.
Aiiiiiiiiii Deeuuuuuuuuusssssssss!
Ok! Aqui vão elas:
- Timor do norte a sul
- Pagina um
- Timor cartoon internacional (pode ser que incentive o João a voltar pra nós)
- Timor loro sae naçao
- Timor online
Parabéns aos nomeados pelo vosso trabalho.
Um grande abraço
Laumalai
Loi Rubi: o candidato da Fretilin foi o candidato mais votado na primeira volta e obteve cerca de um terço dos votos entre 8 candidatos e você diz que isto é uma derrota?
É o RH que queria que fosse a ONU a conduzir as eleições, foi a Fretilin que bateu o pé e que disse que não, que os Timorenses tinham capacidade para o fazer – e fizeram-no muito bem.
É o RH que acha que devem vir peritos do estrangeiros para “aconselhar a governação”, e que acha que deve ser o Banco Mundial a decidir do futuro da exploração do petróleo; foi Alkatiri quem se bateu – e se bate! – para serem os Timorenses a decidir e a governar e você acusa-o de “minimizar as capacidades dos próprios conterrâneos”? Desculpe mas está a ver o filme exactamente ao contrário; deixe a propaganda para trás e olhe para a realidade, tá?
Margarida, tanta agressividade para nada. Tantas críticas sem conhecer as verdadeiras razões. Mas pensando um pouco conseguimos justificar algumas ideias de RH. Não quer dizer que sejam realmente as ideias dele, mas se não sabemos não podemos críticar...
1º As presidenciais não se decidem à primeira volta. Constitucionalmente são decididas em duas voltas (excepto quando um candidato tem acima de 50% logo na primeira volta). O candidato apoiado pela Fretilin não venceu, o candidato perdeu. Mas ganhou o país pela prova de democracia demonstrada.
2º RH quis a ONU a conduzir as eleições? Não é verdade, ele quis da ONU um papel mais activo na organização das eleições. Quem sabe se assim se teriam evitado alguns 'problemas' (que originaram acusações de parte a parte) neste processo eleitoral. As eleições não foram perfeitas, especialmente na primeira volta, mas ainda bem que assim aconteceu. Como tantas vezes me dizia a minha avó: quem não arrisca, não petisca.
3º O apoio externo é de forma geral mais transparente. Um dos grandes desafios de Timor é evitar a tempestade de corrupção. É muito dinheiro para um país tão pequeno. Muitos abutres vão se aproximar. Alguns já estão estabelecidos no poleiro. A transparência é a melhor arma contra a corrupção. E muitos dólares vão desaparecer nos próximos tempos...
4º Não vamos criticar a propaganda de outros só porque eles não hasteiam a mesma bandeira que nós.
Vitorino: não vejo este blogue como um produto jornalístico. Por definição, o jornalista é aquele profissional que apresenta factos. Quem acrescenta opiniões são os comentadores e opinadores. São poucos os cantos deste blogue onde podemos encontrar uma visão geral. Ao invés, encontramos uma perspectiva pessoal de quem não esconde as suas cores.
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