sexta-feira, maio 11, 2007

Notícias - 10 de Maio 2007

Ramos Horta destacado na frente - CNE

Díli, 10 Mai (Lusa) - O candidato José Ramos Horta está destacado na frente quando estão apurados cerca de metade dos votos da segunda volta das presidenciais em Timor-Leste, revelou a Comissão Nacional de Eleições (CNE) em conferência de imprensa.

Como exemplo, a CNE apontou o caso do distrito onde o actual primeiro-ministro Ramos Horta conseguiu 15.000 votos e Francisco Guterres "Lu Olo" 1.065.

Segundo a CNE estes dados surgem numa altura em que está feito cerca de 50 por cento do apuramento dos votos das eleições de quarta- feira e às 12:00 locais (04:00 em Lisboa).
PRM-Lusa/Fim


Timor-Leste/Eleições: Vantagem "muito grande" de Ramos Horta com 80 pc doapuramento - CNE (ACTUALIZADA)

Díli, 10 Mai (Lusa) - José Ramos Horta leva "uma vantagem muito grande" na segunda volta das eleições presidenciais timorenses quando estão apurados cerca de 80 por cento dos boletins de voto, declarou hoje a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

"A contagem provisória dos distritos indica que o voto no candidato Ramos Horta é 50 até 80 por cento mais quando comparada com o voto no candidato 'Lu Olo'", declarou à Lusa a porta-voz da CNE, Maria Angelina Sarmento, na primeira conferência de imprensa de balanço das eleições de 09 de Maio.

Francisco Guterres "Lu Olo", presidente do Parlamento e candidato da Fretilin, venceu José Ramos Horta, primeiro-ministro e candidato independente, na primeira volta das eleições, realizada a 09 de Abril.

Em Díli, "em geral, o voto no candidato José Ramos Horta é maior do que a votação em 'Lu Olo'", acrescentou a porta-voz da CNE, que de momento ainda não dispõe dos números exactos apurados.

Maria Angelina Sarmento deu o exemplo do distrito de Aileu, onde o apuramento terminou, dando 15.919 votos a José Ramos-Horta e 1.065 a "Lu Olo".

"Não está em questão, provisoriamente", a vitória de José Ramos Horta no apuramento distrital, admitiu a porta-voz da CNE, "mas é preciso ver o apuramento nacional", ressalvou.
Às 12:00 de hoje (04:00 em Lisboa), estão contados os votos em 80 por cento das 705 estações de voto de todo o país.

"Dos 13 distritos onde se encontram membros da CNE, não foi reportada nenhuma irregularidade ou incidente que pudesse comprometer a votação", anunciou também Maria Angelina Sarmento, sobre as eleições que decorreram "com ordem e tranquilidade".
O primeiro apuramento dos resultados é feito em cada assembleia de voto, com o preenchimento de uma acta que depois é enviada, com as urnas e o material da votação, para cada um dos 13 distritos.

O apuramento nacional é feito na sede da CNE em Díli.

O novo Presidente da República tomará posse a 20 de Maio.
PRM/JCS-Lusa/fim

Público – 10.05.2007
Timorenses votaram em tranquilidade e em massa

Em contraste com o que aconteceu na primeira volta da eleição presidencial, em Timor-Leste, as urnas encerram quase todas à hora prevista, ontem, em Timor-Leste, onde se registou uma taxa de participação "ligeiramente inferior aos impressionantes 81,67 por cento" de há um mês, anunciou o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) local, num comunicado emitido três horas após o termo da votação.

Poucas horas depois do encerramento das urnas, a contagem decorria lenta, segundo o testemunho de uma repórter da televisão australiana, mas os primeiros indícios apontavam para a ausência dos incidentes que pontuaram a primeira volta.

"Em duas estações de voto vi os agentes das duas candidaturas sentados, de braço por cima do ombro um do outro. É um sinal muito positivo", disse Atul Khare, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, no final de um vista de helicóptero ao interior do país e ao enclave de Oécussi.

Nos quatro pontos onde se deslocou "confirmou a tranquilidade da votação e o equilíbrio de afluência em relação à primeira volta", escrevia a meio da tarde o correspondente da agência Lusa em Timor-Leste, Pedro Rosa Mendes.

"Foi um processo de sucesso a todos os níveis, especialmente se atendermos ao facto de ter sido o primeiro acto eleitoral organizado pelo Estado de Timor-Leste independente", informou o STAE, no comunicado emitido após o encerramento das urnas, agradecendo o apoio técnico e logístico recebido quer da ONU e da União Europeia, quer dos países doadores - Austrália, Irlanda, Portugal, Japão, Nova Zelândia e Estados Unidos.

O bispo de Baucau, Basílio do Nascimento, disse à TSF e à Lusa que tinha vontade de mandar os dois candidatos, Horta e Lu-Olo, a pé a Fátima, "com um feijão no sapato", para expiarem as palavras azedas da campanha. Considerou natural, porém, que os últimos cinco anos tenham sido vividos com "sobressaltos", esperando que a "construção vá sendo feita de uma forma mais rápida". Enquanto isto, num contacto telefónico feito a partir de Alas, no Sul do país, o deputado em fuga Leandro Isaac, apoiante do ex-major Reinado, revelava que conseguira votar "graças à pessoa de Ramos-Horta, no seguimento de um contacto a 18 de Abril". Isaac, que chamou "Prémio Nobel da Guerra" a Horta, quando as forças australianas cercaram Reinado, em Same, "já fala em "grande alegria pela vitória da pessoa" que escolheu, considerando que Ramos-Horta já é o "Presidente eleito"", relata a Lusa.

Os ensinamentos da primeira volta poderão acelerar a contagem e proclamação dos resultados.

Ontem, cerca das 18 horas de Lisboa, o blogue Timor On line anunciou que, "segundo contagens paralelas", Ramos-Horta vencera as eleições. O blogue, apoiante expresso da candidatura de Lu-Olo, não dá pormenores sobre as contagens.

Primeiro de Janeiro – 10 de Maio de 2007

“Terra livre, povo livre”
Timor mede escolha da população sobre sucessor de Xanana Gusmão na Presidência da
República

A votação para a segunda volta das presidenciais timorenses correu de forma tranquila em todo o país. A avaliação é do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral. Agora segue-se um longo processo de duplo apuramento de resultados.

O Monte Matebian é a morada das almas, na crença de muitos timorenses, mas para Guilherme Santos, antigo guerrilheiro, a manhã foi um ritual de fé de um dois homens vivos: «Lu Olo» ou Ramos-Horta, candidatos à segunda volta das presidenciais. O desejo de Guilherme Santos: “Terra livre, povo livre, boa saúde”; “não queremos mais nada” – explicou o agricultor de Quelicai, depois de votar na sua escolha para a sucessão de Xanana Gusmão no Palácio das Cinzas, a sede da Presidência em Díli. “Para a aldeia, cada um pensa por si”, acrescentou o agricultor.

Quelicai, distrito de Baucau, é uma aldeia encavalitada num dos contrafortes rochosos que o imponente Matebian (2373 metros de altitude) vira a Norte. A sua circunscrição tem 16 estações de voto, com 11,355 eleitores recenseados. Na primeira volta, a nove de Abril, votaram aqui 8,393 pessoas, o que equivale a uma participação de 73,9 por cento.

Atul Khare, representante especial do secretário-geral da ONU, iniciou em Quelicai uma visita a quatro pontos do interior do país e ao enclave de Oécussi, onde confirmou a tranquilidade da votação e o equilíbrio de afluência em relação à primeira volta [ver coluna]. Quelicai é feita de uma fina sobreposição de terraços para a cultura de arroz. Num dia de Sol, como o de ontem, no ar límpido da cordilheira, o verde do arroz fica quase agressivo.

Arroz de Felicidade insuficiente

Guilherme Santos e o grupo de amigos à sua volta e muitos timorenses em todo o país, esperam talvez que o sucessor de Xanana, o Presidente que veio da guerrilha, saiba do que eles, e a maioria dos timorenses, sobrevive: “Arroz, milho, cavalos, búfalos, cabrito”. Alguém que saiba, por exemplo, que a colheita de arroz de Felicidade, uma senhora vestida em cetim e panos tradicionais, acrescenta outras necessidades que a independência de Timor-Leste não trouxe a Quelicai durante o mandato de Xanana Gusmão. “Quero uma estrada para chegar a minha casa, quero uma escola quando os meus filhos tiverem idade e quero que o Estado pague a educação”, diz Felicidade em tétum com a ajuda de um intérprete espontâneo, João Xímenes, também agricultor.

Ninguém revela o sentido de voto. O voto individual é matéria secreta – e de riso generalizado. A seriedade é reservada para as boas notícias: “Não houve problemas durante a campanha. Foi uma campanha boa”. Alguns homens foram, domingo passado, ver o candidato Ramos-Horta à sede do distrito, tão perto a 27 quilómetros, tão longe a hora e meia de carro. “Quem ganha?

Isso é que nós não sabemos”. Mais gargalhadas. “Deus pode saber. Nós ainda não”. Entre o voto de ontem e o resultado que Deus sabe está um processo moroso de duplo apuramento, que o STAE e a Comissão Nacional de Eleições prometem ser mais eficaz do que na primeira volta.

Por enquanto, a votação em si e a operação logística correram bem, como Atul Khare, membro representante da OINU, pôde constatar em Quelicai e, depois, em Ossú de Cima (Viqueque), Gleno (Ermera), Maubara (Liquiçá) e Oécussi. Em Ossú de Cima, com mais de quatro horas ainda de votação até ao fecho das urnas, 70 por cento dos eleitores já tinham votado.

“Tudo correu bem”

Em Ossú de Cima, o suco (freguesia) de onde é natural o candidato da Fretilin, «Lu Olo», havia uma longa fila em redor do campo de futebol, serpenteando do mercado até ao Colégio Padre Manuel Dinis. “Só vai acabar lá para as cinco da tarde”, dizia, o administrador do subdistrito, Cândido Henriques da Silva. “Tudo correu bem, mesmo na primeira ronda não houve nada”, contou o administrador do subdistrito, Cândido Henriques da Silva, referindo que os incidentes de intimidação em Uatulare, na primeira volta, ele “nunca viu”.

«Lu Olo» ganhou em Ossú de Cima “com mais de cinco mil votos e 50 por cento”. Há onze estações de voto no subdistrito de Ossú. “Tenham cuidado”, repetiu o chefe da missão da ONU nos vários locais de votação que visitou durante o dia. “E não assinem a acta até tudo estar acabado”, insistiu Atul Khare, recordando um erro recorrente do escrutínio da primeira volta.

“Ok?” Em Macadiqui, a delegação da ONU foi recebida por militantes pró-Fretilin que apenas admitem receber José Ramos-Horta se ele for eleito Presidente e que acusaram as Forças de Estabilização Internacionais de distribuir um panfleto que dizia “Horta good, «Lu Olo» bad”.

Equilíbrio - Vizinhos influenciam

O resultado da segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste deve ser conhecido apenas sábado, mas, seja quem for o vencedor, a evolução futura do país está, sobretudo, nas mãos dos vizinhos Indonésia e Austrália. Com a Indonésia ainda a atravessar um período de transição entre a ditadura de Suharto e a consolidação da democracia sob a actual presidência, resta à Austrália um papel mais activo no acompanhamento da evolução da situação em Timor-Leste. Com interesses nas riquíssimas reservas de petróleo e gás natural do Mar de Timor, Camberra não deixa de continuar a jogar um papel determinante, influenciando decisivamente as opções que vierem a ser tomadas pelo futuro inquilino da Presidência da República.

Votação foi um sucesso e participação foi elevada

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de Timor-Leste afirmou ontem que a segunda volta das presidenciais timorenses foi um “sucesso”, prevendo uma taxa de participação “ligeiramente inferior aos impressionantes 81,67%” registados na primeira volta. Em comunicado, o STAE sublinha que quase todos os centros de votação do país encerraram à hora prevista, havendo apenas dúvidas sobre os locais mais remotos, embora não existam indicações de que algo tenho corrido mal. “Todos os 504 centros de votação e as 705 estações de voto, reportaram terem aberto a tempo e de forma eficiente. Os eleitores formavam filas ainda antes do amanhecer e todos os eleitores que estivam na fila para votar exerceram o dever cívico”, lê-se no documento.

“Operação logística de sucesso”

Em geral, considera o STAE, a segunda volta “foi uma operação logística de sucesso” demonstrando que a entidade e o governo timorense “são capazes de organizar uma tão complexa organização eleitoral”, “apesar das limitações de infra-estruturas de comunicação” do país.

O STAE agradeceu o apoio de todos os envolvidos, desde a CNE à Missão da ONU em Timor-Leste, bem como à União Europeia (UE) e aos países doadores – Austrália, Irlanda, Portugal, Japão, Nova Zelândia e Estados Unidos. “Foi um processo de sucesso a todos os níveis, especialmente se atendermos ao facto de ter sido o primeiro acto eleitoral organizado pelo Estado de Timor-Leste independente. Esta é também uma demonstração de vontade e preparação do nosso Estado soberano para os novos desafios que se atravessam no nosso, ainda tão curto, caminho de independência”, refere o STAE.


Timor-Leste: Tribunal de Recurso confirma sentença de Rogério Lobato

Díli, 10 Mai (Lusa) - O tribunal de recurso de Timor-Leste confirmou hoje a pena de 7 anos e meio aplicada ao ex-ministro do Interior Rogério Lobato por quatro crimes de homicídio, disse à lusa fonte judicial.

Em frente da casa de Rogério Lobato, que se encontra em prisão domiciliária está já uma equipa do sub-agrupamento Bravo da GNR e a polícia das Nações Unidas, desconhecendo-se o destino do ex-ministro.

JCS/PRM-Lusa/Fim

EFE – 10.5.2007 - 04:04

Avião de espionagem australiano cai na capital do Timor-Leste

Sydney - O Governo do Timor-Leste não deu importância à queda de um avião de espionagem australiano sobre uma casa desocupada de Díli na semana passada.

O primeiro-ministro interino do país e prêmio Nobel da Paz, José Ramos Horta, disse hoje à imprensa na capital timorense que o acidente foi "algo muito normal, nada espetacular", segundo a agência de notícias australiana "AAP".

"Faz parte do acordo. Pedimos ajuda à ONU, Austrália e Nova Zelândia, para que nos proporcionassem segurança, e para isso devem usar algumas vezes certos equipamentos de vigilância aérea", explicou o governante.

As autoridades da Indonésia, que ocupa a parte leste da ilha, ainda não reagiram à notícia.
A Comissão Eleitoral Nacional informou hoje que, com mais de metade das urnas apuradas, José Ramos Horta tem 70% dos votos válidos no segundo turno das eleições presidenciais.

Notícias Lusófonas 10-05.2007
Vitória de Ramos-Horta é início da mudança, diz Xavier do Amaral

A vitória de Ramos-Horta nas presidenciais timorenses "é o início da mudança" porque o povo "não quer morrer pela segunda vez" com as políticas da Fretilin, afirmou hoje o primeiro Presidente de Timor-Leste, Francisco Xavier do Amaral.


"Esta derrota do candidato da Fretilin é o início da mudança do panorama político de Timor-Leste porque o povo não quer morrer pela segunda vez com as políticas da actual Fretilin que andou a comprar e a distribuir armas para matar os seus adversários, logo os timorenses", afirmou Xavier do Amaral.

Xavier do Amaral, que chefiou o Estado timorense de 28 de Novembro a 07 de Dezembro de 1975, apenas nove dias de mandato interrompidos pela invasão indonésia, questionou ainda: "se Mari Alkatiri não sabia da distribuição de armas quem mais saberia?".

O ex-chefe de Estado disse "não recear afirmar que os crimes cometidos pela Fretlin são lesa-Pátria que mereciam a forca no Cristo-Rei", um monumento na periferia leste da capital, junto ao mar, edificado ainda no tempo da administração indonésia.

"As opiniões têm de ser reveladas para que o povo saiba quem são estes senhores, estes bandidos" acrescentou Xavier do Amaral, um dos seis derrotados da primeira volta das presidenciais que também apoiou Ramos-Horta, candidato independente.

"Ele merece ganhar. É uma vitória mais do que merecida para um fundador da Associação Social-Democrata Timorense que daria origem à Fretilin", afirmou, ao manifestar-se disponível para trabalhar com o chefe de Estado eleito caso este entenda que a sua colaboração é útil e sempre com o "objectivo de trabalhar para o país".

De acordo com os resultados ainda provisórios já apurados e correspondentes a 90 por cento das 705 mesas, Ramos-Horta lidera a corrida presidencial com 73 por cento dos votos, contra 27 por cento de Francisco Guterres "Lu Olo", o candidato da Fretilin.

Notícias Lusófonas 10-05.2007
«Lasama» disponível (pois claro!) para ajudar a resolver problemas

O ex-candidato presidencial Fernando "Lasama" de Araújo disse hoje "estar pronto" para trabalhar com Ramos-Horta, a quem deu o seu apoio, na busca de soluções para os problemas que Timor-Leste enfrenta.

"Eu e o Partido Democrático estamos prontos para começar a trabalhar com Ramos-Horta na busca de soluções para os problemas que a Nação está a enfrentar", disse Fernando "Lasama", sublinhando que casos como o do major Alfredo Reinado, dos peticionários e mudanças na área da Justiça "estão dentro das prioridades já que fazem parte do acordo assinado aquando da decisão de apoio ao primeiro-ministro".

"Ficou acordado na altura que Ramos-Horta, como chefe de Estado, iria promover o congelamento das acções militares para tentar capturar o major Alfredo Reinado, bem como fazer um esforço no sentido de melhorar e reorganizar a Justiça no Ministério Público e Tribunal de Recurso porque não funcionam bem", afirmou, escusando-se, no entanto, a citar exemplos concretos.

"Há elementos que não contribuem para implementar a Justiça neste país, mas não posso citar nomes por agora", disse, salientando que "Ramos-Horta tem a mesma ideia", razão pela qual aceitou apoiá-lo. Hoje mesmo o primeiro-ministro voltou a declarar que a operação de captura de Alfredo Reinado foi interrompida e que "não há nenhuma actividade desde há duas semanas".
Pouco depois, em conferência de imprensa no quartel-general das Forças de Estabilização Internacional (ISF), o brigadeiro-general Mal Rerden insistiu que não houve nenhuma ordem para interromper a operação contra Alfredo Reinado.

"Qualquer decisão sobre Alfredo Reinado compete a Timor-Leste e as ISF não receberam nenhuma carta formal pedindo a interrupção da sua busca. As nossas operações continuam", declarou o comandante das tropas australianas e neozelandesas que integram as ISF.

Fernando "Lasama" disse à Lusa acreditar que os problemas que Ramos-Horta tem pela frente podem ser "solucionados em dois ou três meses" e manifestou-se satisfeito pela vitória, ainda que seja apenas com base em resultados provisórios, do candidato independente que derrotou Francisco Guterres "Lu Olo", apoiado pela Fretilin.

De acordo com os resultados ainda provisórios já apurados e correspondentes a 90 por cento das 705 mesas, Ramos-Horta lidera a corrida presidencial com 73 por cento dos votos, contra 27 por cento de Francisco Guterres "Lu Olo".

Notícias Lusófonas 10-05.2007
Timor Lorosae
Observadores da CPLP consideram votação livre e genuína

A missão de observação eleitoral da CPLP à segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste considerou hoje, numa "declaração preliminar", que a votação decorreu "em condições de livre expressão do voto universal".

No documento, enviado à Imprensa, os 12 observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) salientam que, numa primeira avaliação do acto eleitoral de quarta-feira, a votação para a escolha de um sucessor de Xanana Gusmão constituiu "um reflexo genuíno da vontade do povo timorense".

"A missão assinala, com agrado, a forma cívica e ordeira como decorreu a campanha eleitoral que antecedeu a votação, que constitui um claro sinal de maturidade e consolidação dos valores democráticos", refere-se no comunicado.

Os observadores de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe destacaram também a melhoria verificada nos procedimentos de votação e contagem dos votos, em comparação com os problemas registados na primeira volta, a 09 de Abril último.

Felicitando o Estado timorense pela organização das eleições, os observadores da CPLP apelam aos candidatos José Ramos-Horta e Francisco "Lu Olo" Guterres, os dois que disputaram a segunda volta, para que "reconheçam as bases de crescimento de uma sociedade democrática, plural e inclusiva".

Nesse sentido, exortam também os dois candidatos a contribuir "activamente" para a estabilidade e progresso em Timor-Leste e expressam "admiração" pela elevada participação no escrutínio e civismo demonstrados no processo eleitoral.

A missão, que chegou a Timor-Leste a 06 deste mês e que abandona o país sexta-feira, lembra que desenvolveu a sua acção nos distritos de Díli, Baucau, Liquiçá, Ermera e Manatuto, tendo sido verificado o decurso do processo em 77 secções de voto.

"A Missão concentrou os seus esforços, uma vez mais, na observação do acto eleitoral e na sua conformidade com os quadros legal e de procedimento definidos pelas autoridades constitucionais, e continua a acompanhar com interesse os termos do processo ainda em curso", lê-se no documento.

Relembrando os "três pilares" que norteiam a CPLP - promoção da Língua Portuguesa, concertação político-diplomática e cooperação entre os seus Estados-membros -, a missão lusófona expressa ainda a solidariedade ao povo de Timor-Leste e o seu inequívoco apoio ao processo de consolidação democrática no país.

Segundo os últimos dados oficiais da votação divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) timorense, contados que estão 90 por cento dos votos, o candidato independente José Ramos-Horta tem 73 por cento dos votos.

Numa declaração lida há momentos em Díli, a porta-voz da CNE, Maria Ermelinda Sarmento, referiu que o candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo", obteve até agora 27 por cento dos votos expressos nas eleições de quarta-feira.

Notícias Lusófonas 10-05.2007
Amado saúda eleição Ramos Horta e vê sinal de normalização

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, saudou hoje a previsível vitória de José Ramos- Horta nas presidenciais de Timor-Leste, que considerou "um bom sinal de normalização da vida política no país".

"Merece-me um comentário muito positivo. A confirmar-se a vitória [de Ramos-Horta] teremos uma figura de prestígio internacional, num momento em Timor-Leste precisa da comunidade internacional para afirmar o seu desenvolvimento democrático", disse Luís Amado à imprensa.

"A campanha eleitoral decorreu normalmente [e a vitória de Ramos-Horta] é um bom sinal de normalização da vida política em Timor- Leste", acrescentou o ministro, que falava aos jornalistas à saída de uma reunião com a comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros.

Segundo os últimos dados divulgados pela Comissão Nacional de eleições timorense, José Ramos-Horta foi o candidato mais votado na segunda volta das presidenciais, com 73 por cento dos votos, quando estão contados 90 por cento do total de votos expressos.
O candidato da Fretilin Francisco Guterres "Lu Olo" obteve até agora 27 por cento dos votos expressos nas eleições de quarta-feira.

Notícias Lusófonas 10-05.2007
Ramos Horta é «excelente escolha», diz Freitas do Amaral

José Ramos-Horta é uma "excelente escolha" para a presidência de Timor-Leste e a sua eleição pode representar "um virar de página" no processo de estabilização política do país, afirmou hoje Diogo Freitas do Amaral.

"É uma excelente escolha [Ó] Uma personalidade política e um resistente que dedicou toda a sua vida à causa da independência de Timor-Leste. É sem dúvida, um dos timorenses mais preparados para a presidência" do país, declarou o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros português aos jornalistas.

Freitas do Amaral acrescentou já ter tido ocasião "de lhe mandar uma mensagem por e-mail de congratulações" pela sua previsível eleição e aludiu à "amizade pessoal" que mantém com o dirigente timorense e que se aprofundou no contacto diário que mantiveram durante a crise timorense do Verão de 2006.

O ex-ministro português manifestou ainda "grande esperança" de que a eleição de Ramos-Horta "represente um virar de página" no processo de estabilização política do país.

Segundo os últimos dados divulgados pela Comissão Nacional de eleições timorense, José Ramos-Horta foi o candidato mais votado na segunda volta das presidenciais, com 73 por cento dos votos, quando estão contados 90 por cento do total de votos expressos.

O candidato da Fretilin Francisco Guterres "Lu Olo" obteve até agora 27 por cento dos votos expressos nas eleições de quarta-feira.

Diogo Freitas do Amaral fez aquelas declarações à saída de uma audiência com o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, que convidou hoje formalmente para a cerimónia de apresentação das novas sete maravilhas do mundo, marcada para 07 de Julho em Lisboa.

A propósito de notícias recentes sobre a eventualidade de a cerimónia poder ser um alvo potencial para atentados terroristas, Freitas do Amaral disse não estar preocupado e assegurou "não haver qualquer informação" nesse sentido ou capaz de suscitar preocupação.

Notícias Lusófonas 10-05.2007
Posse do presidente dia 20 e governo gestão até às eleições

Se o apuramento nacional confirmar a contagem distrital, José Ramos-Horta tomará posse a 20 de Maio como sucessor de Xanana Gusmão na chefia do Estado e Timor-Leste poderá ter um governo de gestão até às legislativas.

"Numa leitura restritiva da Constituição, o primeiro-ministro teria que resignar", afirmou José Ramos- Horta à Lusa no final do seu último comício de campanha.

"Eu resignando, o Governo cai e o novo Presidente da República tem que formar um governo de gestão", explicou o primeiro-ministro, que suspendeu o mandato para concorrer às eleições presidenciais.

"Provavelmente, será a melhor alternativa", acrescentou José Ramos-Horta.

Não é a única, porém, como o próprio José Ramos- Horta frisou ao recordar à Lusa no dia das eleições, em Baucau, que tem dois vice-primeiro-ministros: Estanislau da Silva, ministro da Agricultura, e Rui Araújo.

Ainda antes da segunda volta das eleições presidenciais, José Ramos-Horta teve vários encontros com líderes da Fretilin, o partido com maioria no Parlamento, e titulares do actual Executivo, como Ana Pessoa, ministra da Administração Estatal, e Rui Araújo, ministro da Saúde, adiantou na altura o candidato independente.

O tema foi também abordado hoje na reunião do Conselho de Estado, que se realizou à hora a que a Comissão Nacional de Eleições divulgava uma actualização de contagem que consolida a vitória, ainda não oficial, de José Ramos-Horta.

O sucessor de Xanana Gusmão no Palácio das Cinzas toma posse a 20 de Maio, o que, como lembrava José Ramos- Horta no comício de dia 06 de Maio, deixa apenas uma semana para o vencedor das presidenciais se preparar para ocupar o cargo.

Ainda antes do anúncio do resultado final validado das presidenciais está em andamento o calendário para as legislativas de 30 de Junho.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) repetiu hoje o apelo aos partidos políticos para que apresentem as candidaturas às eleições legislativas.

"Uma vez mais, a CNE está preocupada com a situação, porque faltam apenas dois dias para o final do prazo de apresentação pelos partidos de coligações às legislativas", afirmou a porta-voz Maria Angelina Sarmento.

"A CNE tem apenas dez dias para verificar todas as listas de candidatos", recordou a comissária.

Até 31 de Maio, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral determina "o número e o local de funcionamento dos centros de votação e estações de voto e promove a divulgação", segundo o calendário de operações das legislativas.

A campanha eleitoral é de 30 dias. Tem início a 29 de Maio e termina a 27 de Junho, dois antes do dia da eleição.

1 comentário:

Anónimo disse...

"O tribunal de recurso de Timor-Leste confirmou hoje a pena de 7 anos e meio aplicada ao ex-ministro do Interior Rogério Lobato"

"José Ramos Horta leva "uma vantagem muito grande" na segunda volta das eleições presidenciais timorenses quando estão apurados cerca de 80 por cento dos boletins de voto"

Pura coincidência...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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