REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL
SECRETARIADO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO ELEITORAL (STAE)
Rua de Caicoli, Dili, Tel. 3317445 / 3317446
Comunicado de Imprensa
Dili, 9 de Maio 2007
11:00h
Às 7:30 da manhã todos os 504 centros de votação reportaram a abertura à hora marcada em todo o território nacional de Timor-Leste, com ordem e tranquilidade.
Os serviços do STAE reportaram, dos 13 Distritos, que muitos dos 524,073 eleitores recenseados já formavam filas de forma organizada e pacífica ainda antes da abertura das estações de voto, para exercerem o dever cívico.
Equipas das Nações Unidas e do Governo Timorense estão, neste momento, a recolher informação por todo o país, especialmente nas zonas mais remotas onde é impossível a comunicação através de rádio ou telemóvel.
Um centro de votação em Dili, a Escola Primária 30 de Agosto, requereu um aumento de efectivos policiais, o que foi imediatamente respondido pela UNPOL e PNTL, sem terem sido registados quaisquer incidentes. Em outros pontos, fiscais de partidos políticos tentaram aceder a centros de votação com credenciaias válidas apenas para a primeira volta. Estes indivíduos foram retirados dos locais pois só quem estiver munido da acreditção para a segunda volta pode ter acesso aos centros de votação.
Durante o dia 8 de Maio e ainda esta manhã, equipas do Governo e Assessores das Nações Unidas trabalharam para garantir que todo o material eleitoral seria entregue com sucesso e a tempo em todos os centros de votação e estaçoões de voto. O abastecimento foi feito de diferentes formas, através de 80 veículos do Governo, 76 cedidos pela pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mais de 80 pela Missão das Nações Unidas (UNMIT) e 9 pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Com muitas estradas inacessíveis por todo o território de Timor-Leste, 38 centros de votação receberam o material por equipas que se deslocaram a pé e a cavalo, enquanto 54 vôos de helicóptero, levados a cabo pela UNMIT e pela Força de Estabilização Internacional (ISF), garantiram que o material eleitoral fosse entregue em outros 44 centros de votação.
O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), sob a tutela do Ministério da Administração Estatal, é a entidade responsável pelo planeamento e execução de todos os aspectos técnicos e logísticos relacionados com as eleições em Timor-Leste, com o apoio da Divisão Eleitoral da UNMIT e do Projecto Eleitoral da UNDP com o financiamento de doadores como a Austrália, Irlanda, Japão, Portugal e União Europeia.
Para mais informação por favor contacte: Julio da Silva: 7250761 julio.dasilva@undp.org
quarta-feira, maio 09, 2007
Regresso tranquilo às estações de voto na Segunda Volta
Por Malai Azul 2 à(s) 10:51
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
5 comentários:
Aproximadamente as 1207 horas hoje a tarde quando um votante foi votar na Escola 28 de Novembro (tambem conhcida cmo Escola China) no Bairo os Grilos m Dili, encontrou dois oficiais militares das nacoes unidas (um Australiano e um Singaporeano)fardados em camoflado presentes menos de 5 metros da entrada da sala da votacao e a mesma distancia ds urnas que estavam posicionadas na saida da sala. Segundo a lei elitoral de Timor-Leste a presenca de mlitares fardados nao e permitido. E izem que sao as ncoes nidas aqui a assistir os Timorenses para asegurarem um processo legitimo dentro da lei e democratico? Oviamente nao precebem conceitos basicos ou nao estao interessados com estas nocoes.
Começou votação para a sucessão de Xanana Gusmão
Timor-Leste: abriram as mesas de voto para a segunda volta das presidenciais
08.05.2007 - 23h28 Lusa
As mesas de voto para a segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste abriram hoje às 23h00 de Lisboa (07h00 de quarta-feira em Díli), para que cerca de meio milhão de eleitores escolha o sucessor de Xanana Gusmão.
À segunda volta apresentam-se os candidatos José Ramos-Horta, independente e primeiro-ministro, e Francisco "Lu Olo" Guterres, apoiado pela Fretilin e presidente do Parlamento, que foram os mais votados na primeira votação, a 9 de Abril último.
A votação presidencial vai decorrer até às 16h00 locais (08h00 em Lisboa) com cada um dos 524.073 eleitores - mais 1140 do que na primeira volta - a poderem votar em qualquer ponto do país.
A Comissão Nacional de Eleições já garantiu que a distribuição de todo o material necessário à realização das eleições foi concluída e que estão garantidas as condições de segurança graças à "cooperação" entre as forças internacionais e a polícia timorense.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1293377
"Ramos-Horta tem interesses que não são os do povo"
Jornal de Notícias, 09/05/07
Orlando Castro
Francisco Guterres "Lu Olo" disputa hoje a segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste com José Ramos-Horta. Conta com o apoio da Fretilin, partido maioritário no Parlamento do qual é, aliás, presidente. Embora tenha vencido a primeira volta, afirmou na altura e reitera agora, que "só não é já presidente da República porque a máquina do Governo está ao serviço do seu adversário".
Francisco Guterres "Lu Olo" acusa Ramos-Horta de "ter posto a máquina do Governo ao seu serviço" e de "jogar muito baixo ao apostar na intimidação dos eleitores" que, hoje, vão dizer de sua justiça. Significa isso a admissão da derrota? "Não, de maneira alguma. Vou ser o próximo presidente da República", garante "Lu Olo" em entrevista ao JN.
JN|O seu adversário teve importantes apoios políticos, caso de Xanana Gusmão, e de outras entidades. No seu caso foi diferente?
"Lu Olo"|Foi diferente, e ainda bem. Tive, no entanto, apoios de dois partidos (Kota e PPT). Acresce que os que me apoiam, ao contrário de Ramos-Horta, pertencem ao povo (jovens, mulheres e veteranos) e são esses que vão decidir em consciência, por muita que seja, e foi de facto, a pressão exercida pela candidatura adversária.
Não está a minimizar os apoios que Ramos-Horta consegui?
Não. Há apoios e alianças que, feitas as contas, significam subtracção de votos. Ele conseguiu o apoio dos dirigentes de alguns partidos prometendo tudo a todos. Mas daí até garantir os votos dos que escolheram esses dirigentes vai uma grande distância. O povo sabe que quem promete tudo a todos e não terá condições para cumprir. Creio, por isso, que a minha credibilidade vale muitos mais votos.
E os eleitores não serão tentados a escolher um político mais conhecido no Mundo?
Alguns, talvez. A maioria sabe que durante os 24 anos de resistencia estive sempre ao lado do povo. Tal como sabe que não tenho nenhuma agenda pessoal que me coloque na dependência de outros interesses. E Ramos-Horta tem-na. Tem interesses que não são os do povo.
Acusam-no de, caso venha a ser o próximo presidente, afastar o país de alguns importantes vizinhos, caso da Austrália. É verdade?
Só Ramos-Horta tem dito isso. É uma das muitas tentativas de criar um clima de medo junto dos eleitores.Procurarei ter boas relações com todos os países embora, é claro, reafirme que os interesses de Timor-Leste estarão sempre em primeiro lugar. Em relação à Austrália, eu nunca fiz nada contra este país e fui, recorde-se, um dos três lideres que pediu para que o Governo australiano nos desse assistência em Maio do ano passado.
E no que respeita a países amigos mais distantes?
O nosso futuro, em diversas vertentes do desenvolvimento, depende obviamente do nosso passado. Por isso será inevitável o estreitamento das relações com todos os membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
O presidente não tem poderes executivos. Admite alterar a Constituição para mudar essa situação?
Não. Penso que os poderes são suficientes para que um Estado de direito democrático funcione bem. Respeitarei as limitações do cargo, procurando cooperar com os outros órgãos de soberania de modo a que as instituições possam trabalhar de forma eficaz para ultrapassar os desafios que a nossa nação irá enfrentar nos próximos anos. E serão desafios que só poderão ser vencidos se existir uma sã colaboração entre todos, cada um respeitando os seus poderes.
O JN solicitou também uma entrevista a Ramos-Horta. Foi aceite e colocadas as questões. Apesar das nossas insistências, o candidato não respondeu.
Ensaio para as legislativas de Junho
Diário de Notícias, 09/05/07
ARMANDO RAFAEL
Xanana poderá ser o próximo primeiro-ministro
Ramos-Horta deverá ser o próximo presidente de Timor-Leste, derrotando Francisco Guterres (Lu-Olo) na segunda volta das eleições presidenciais que hoje se realizam no país.
Na ausência de sondagens, esta é, pelo menos, a expectativa criada pelos apoios que os dois candidatos recolheram entre as duas voltas deste escrutínio. Na primeira volta, que se efectuou a 9 de Abril, Lu-Olo, o candidato da Fretilin - partido que tem governado o país desde a independência em 2002 - obteve 27,9% dos votos, contra 21,8% de Ramos-Horta.
Só que o primeiro-ministro em exercício conseguiu reunir à sua volta o apoio de cinco dos seis candidatos preteridos. Com destaque para Fernando Lassama, o líder do Partido Democrático (PD), que registou uns surpreendentes 19,18%.
Com excepção de Manuel Tilman, que conseguiu 4,2% e que apoiou Lu-Olo, tanto Xavier do Amaral (14,4%), como Lúcia Lobato (8,9%), Avelino Coelho (2%) e João Carrascalão (1,7%) optaram por Ramos-Horta, o candidato preferido por Xanana Gusmão para lhe suceder no Palácio das Cinzas.
O que, em termos práticos, significa que estas presidenciais deverão transformar-se num balão de ensaio para as legislativas de 30 de Junho, e que ficarão marcadas pela estreia do partido criado por Xanana: o Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT).
Sem que, neste momento, se consiga perceber muito bem o que é que poderá suceder depois das legislativas, tendo em conta que um dos poucos elos de ligação que parece existir entre Ramos-Horta, Xanana Gusmão, Fernando Lassama, Lúcia Lobato ou Xavier do Amaral passa apenas por afastar a Fretilin e o seu líder, Mari Alkatiri, do poder.
A partir daqui está tudo em aberto. Quanto mais não seja porque nenhum dos partidos deverá repetir a maioria absoluta alcançada pela Fretilin para a Constituinte de 2001. Abrindo-se, assim, espaço a um eventual executivo de coligação, que poderá vir a ser liderado por Xanana Gusmão. Sobretudo se o CNRT tiver mais votos do que o PD e se estes dois partidos em conjunto ultrapassarem a Fretilin, remetendo o partido de Alkatiri e Lu-Olo para a oposição.
Foi a pensar já nas legislativas que Lu-Olo e a Fretilin decidiram alterar a sua estratégia de campanha para a segunda volta das presidenciais. Em vez de voltar a percorrer o país, deslocando-se aos 13 distritos timorenses, Lu-Olo optou, desta vez, por se concentrar em Díli, onde na primeira volta perdeu para Ramos-Horta, deixando que as estruturas do partido se concentrassem no resto. Nomeadamente nos esforços de mobilizações dos autoridades tradicionais que lhe são mais próximas, tentando inverter a tendência para o esvaziamento da Fretilin em certas regiões de Timor-Leste.
Como sucedeu, por exemplo, nos distritos que se situam na parte ocidental do país, onde a queda da Fretilin foi demasiado evidente na primeira volta. Ao ponto de Lu-Olo só ter vencido nos três distritos que se situam no ponto oposto de Timor- -Leste: Baucau, Viqueque e Lautem.
A hipótese de a Fretilin continuar no poder parece, assim, comprometida. Em especial porque numa primeira fase contará com a oposição daquele que deverá ser hoje eleito presidente. O que, a confirmar-se, não deixaria de ser algo irónico, uma vez que Ramos-Horta passou o último ano à frente de um Governo da Fretilin, tendo integrado ainda os executivos de Mari Alkatiri.
http://dn.sapo.pt/2007/05/09/internacional/ensaio_para_legislativas_junho.html
Urnas fecharam às 08h00 de Lisboa
Segunda volta das presidenciais em Timor-Leste decorreu sem incidentes
09.05.2007 - 08h23 Lusa, PÚBLICO
A segunda volta das presidenciais em Timor-Leste decorreu sem incidentes. As urnas fecharam às 16h00 locais (08h00 em Lisboa). Falta agora saber se o substituto de Xanana Gusmão será o primeiro-ministro e candidato independente José Ramos-Horta ou Francisco "Lu Olo" Guterres, apoiado pela Fretilin e presidente do Parlamento.
Estavam mobilizados para esta votação mais de 4000 polícias (tanto nacionais como enviados pelas Nações Unidas) e um milhar de soldados, mas acabou por não se verificar nenhum problema durante a jornada eleitoral.
O Presidente cessante de Timor-Leste, Xanana Gusmão, tinha pedido ontem à noite calma e unidade, horas antes de abrirem as urnas para a segunda volta da escolha do seu sucessor, entre o primeiro-ministro do qual é amigo, José Ramos-Horta, e um presidente do Parlamento que detesta, Francisco Guterres, “Lu-Olo”. “Desejamos que se instale um sentimento de que não haverá mais violência. Que reinem a tolerância, a paz e a estabilidade”, afirmou o chefe do mais jovem e pobre dos estados asiáticos.
Na primeira volta das presidenciais, com um total de oito candidatos, votaram 427.198 pessoas, 81,69 por cento do total dos eleitores. Segundo os resultados oficiais, "Lu Olo" foi o mais votado, ao recolher 112.666 votos (27,89 por cento), contra Ramos-Horta, escolhido por 88.102 eleitores (21,81 por cento).
O chefe dos representantes das Nações Unidas que estão a acompanhar a segunda volta das presidenciais, Steven Wagenseil, considerou ontem, segundo a Reuters, que alguns resultados preliminares desta nova ida às urnas deverão ser conhecidos na sexta-feira à noite, 48 horas depois do fecho das assembleias de voto. E a diplomata timorense Pascoela Barreto, consultada pelo PÚBLICO, em Lisboa, onde há pouco cessou funções de embaixadora, manifestou a opinião de que, sendo agora só duas as listas, não deverá ter de se esperar tantos dias como da primeira volta para se concluir o escrutínio.
http://www.publico.clix.pt/
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