Díli, 08 Mai (Lusa) - As eleições presidenciais em Timor-Leste "são cruciais" para a consolidação da democracia no país, considerou hoje o primeiro-ministro e candidato à sucessão de Xanana Gusmão, José Ramos-Horta.
"São eleições cruciais para a consolidação da nossa democracia. É mais um passo mas não é o único. Depois das eleições é preciso consolidar as instituições, fazer a paz, construir a paz, resolver a questão dos pobres e os conflitos que existem na nossa sociedade", afirmou.
O candidato, que hoje participou como chefe do Governo na cerimónia de despedida de Xanana Gusmão do corpo diplomático acreditado em Timor-Leste, disse também que se for eleito assumirá a Presidência com "orgulho" e caso seja derrotado ficará "felicíssimo" e irá tirar "algumas semanas de férias".
"Ficarei felicíssimo", disse ao falar de uma eventual derrota.
"Fico liberto, apoio o novo presidente durante alguns dias para ele se inteirar de algumas questões e depois meto algumas semanas de férias", explicou.
No caso de ser eleito já não terá férias e começará "imediatamente" a preparar-se para "assumir a Presidência com todo o orgulho por este povo. Esse grande povo nosso", prometeu.
Ramos-Horta garantiu também que, sendo presidente, tudo fará "para trabalhar com todos os partidos, com a sociedade civil, com o novo parlamento, com o governo que vier e com a comunidade internacional".
Ramos-Horta disse ainda que está em "relax", e que gostou da campanha porque o libertou da "burocracia do Governo" e de ter de ir ao Palácio todos os dias.
"Voltar ao Palácio ontem não foi com grande entusiasmo", garantiu o líder do Governo justificando a sua tranquilidade com o facto de ter dois vice primeiros-ministros que classificou de "excelentes, de total a confiança e que, aliás, faziam quase a maior parte do trabalho desde há cerca de 10 meses atrás".
Ramos-Horta garantiu também que em caso de vitória nas presidenciais irá assumir com "humildade" e "com total determinação" as suas novas responsabilidades "procurando trabalhar com todos os partidos, incluindo a Fretilin".
JCS/PRM-Lusa/Fim
terça-feira, maio 08, 2007
Presidenciais "são cruciais" para consolidar democracia - Horta
Por Malai Azul 2 à(s) 18:53
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
3 comentários:
De um dia para o outro, o Horta chama preto ao branco e branco ao preto:
"Voltar ao Palácio ontem não foi com grande entusiasmo", garantiu o líder do Governo justificando a sua tranquilidade com o facto de ter dois vice primeiros-ministros que classificou de "excelentes, de total a confiança e que, aliás, faziam quase a maior parte do trabalho desde há cerca de 10 meses atrás" (08/05/07, Lusa)
“Ramos-Horta foi capaz de re-começar o diálogo com a Igreja, as Forças Armadas, a Polícia e o povo, ao mesmo tempo que se mantinha firme contra um governo hostil da Fretilin. Um Governo (…) que descaradamente ignorava a sua obrigação de cuidar dos idosos, doentes, veteranos, mulheres e fracos do país.” (07/05/07 no blogue do Horta)
«"Ficarei felicíssimo", disse ao falar de uma eventual derrota.»
Então espero que atinjas o pico da felicidade quando forem anunciados os resultados.
"gostou da campanha porque o libertou da "burocracia do Governo" e de ter de ir ao Palácio todos os dias."
Xanana diz que está farto de ser Presidente, RH diz que está farto de ir trabalhar todos os dias, apesar de "a maior parte" do seu trabalho ser feita pelos dois Vices... eis os futuros governantes da Nação?
Porque não dar umas férias aos dois?
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