terça-feira, maio 08, 2007

CNE tem a máquina eleitoral mais operacional e eficaz

Jornal de Notícias, 08/05/07

Opresidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) timorense acredita que, amanhã, a segunda volta das presidenciais (entre Ramos-Horta e "Lu Olo") decorrerá de forma mais eficaz, reconhecendo que a primeira volta revelou, sobretudo, impreparação dos eleitores e dos técnicos eleitorais.

"Não podemos generalizar alguns problemas e duvidar do processo. Temos é de fazer o máximo esforço para assegurar a credibilidade deste processo no seu todo", afirmou Faustino Cardoso, em entrevista à Lusa.

O responsável afirmou, contudo, que as presidenciais timorenses estão a decorrer de forma "transparente" e a reflectir a "vontade popular".

Faustino Cardoso explicou que alguns técnicos eleitorais "não estavam esclarecidos sobre as suas funções, competências e responsabilidades", razão pela qual a CNE enviou ao Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), que gere todo o processo, "notificações para melhorar a formação do pessoal".

Também o director do STAE reconhece a "fragilidade técnica" das equipas nas assembleias de voto, mas rejeita as acusações de fraude ou manipulação feitas por vários candidatos aquando da primeira volta.

"Não somos políticos, somos técnicos. Não temos capacidade política", afirmou Tomás Cabral, referindo que o STAE "aceita a validação dos resultados pelo Tribunal de Recurso, que é quem diz que não existiu manipulação ou fraude".

"Existiram erros no preenchimento das actas e na aceitação de códigos pela base informática de apuramento distrital. Mas haver manipulação e fraude, onde?", pergunta Tomás Cabral, sobre as queixas de candidatos derrotados na primeira volta.

Entretanto, o presidente da CNE revelou ontem que a Fretilin "não apresentou" qualquer queixa ou prova de que José Ramos-Horta tenha comprado votos na primeira volta das presidenciais.

"Até agora, a CNE não recebeu qualquer carta protesto apresentada pela Fretilin, incluindo também o vídeo" que disseram ter como prova, afirmou Faustino Cardoso.

O secretário-geral adjunto da Fretilin, José Reis, afirmou que o partido possuía provas em depoimentos vídeo que Ramos-Horta tinha comprado votos.

Wiranto admite envolvimento

O antigo chefe das Forças Armadas da Indonésia, general Wiranto, admitiu que "alguns" dos seus homens "podem ter estado envolvidos" nos sangrentos incidentes que se registaram em Timor-Leste antes e depois do referendo de autodeterminação de 1999.

Citado hoje pelo diário "The Jakarta Post", Wiranto, que expôs a sua versão dos acontecimentos de 1999 na Comissão da Verdade e Amizade, negou, nesse sentido, que os militares presentes na ocasião em Timor-Leste tenham cometido "violações graves aos Direitos Humanos".

Pelo contrário, afirmou, a "carnificina" então ocorrida foi provocada pelo "longo conflito interno" no território que foi ocupado pela Indonésia desde 1975."Estas foram as únicas acções dos militares. Mas não foram baseadas em ordens. Isso não foi planeado e foi apenas o comportamento de alguns soldados. É uma responsabilidade individual, uma vez que o Exército indonésio não tomou posição por nenhuma das partes", afirmou Wiranto na Comissão.

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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