segunda-feira, abril 23, 2007

Ramos-Horta recolhe apoio junto de adversários da 1ª volta

Diário Digital / Lusa
22-04-2007 12:15:40

Os ex-candidatos presidenciais Avelino Coelho e João Carrascalão revelaram hoje à agência Lusa apoiar José Ramos Horta na segunda volta das presidenciais de Timor-Leste que terão lugar a 09 de Maio.

Numa ronda de contactos com os candidatos derrotados na primeira volta efectuada pela Lusa - depois de no sábado um acordo rubricado por Lúcia Lobato e Xavier do Amaral indicar o voto em Ramos-Horta -, também Avelino Coelho e João Carrascalão declararam à Lusa apoiar o actual chefe do Governo, ficando para mais tarde a decisão de Manuel Tilman e Fernando «Lasama» de Araújo.

«A decisão estava tomada e é óbvio que vou apoiar Ramos-Horta», disse João Carrascalão, que conquistou apenas 6.928 votos, 1,72% dos votos expressos pelos eleitores a 09 de Abril.

Já Avelino Coelho, do Partido Socialista de Timor, sustentou que a sua formação política «apoia em grosso e em massa o candidato José Ramos-«incapacidade de «Lu Olo» de governar o país».

«A Fretilin está há cinco anos no poder e conseguiu paralisar a economia, criar desordem e desintegrar a sociedade timorense», afirmou ao sublinhar que são essas as justificações para «não apoiar Francisco Guterres Lu Olo».

Avelino Coelho disse ter esperança que Ramos-Horta como chefe de Estado «seja capaz de promover a unificação da sociedade e do desenvolvimento económico sustentável com pão e paz para toda a gente».

Se João Carrascalão e Avelino Coelho não têm dúvidas na candidatura que apoiam, já Manuel Tilman e Fernando «Lasama» de Araújo preferem esperar mais uns dias para discutir acordos futuros, no caso de Tilman, ou reunir a estrutura do partido que o apoiou, no caso de «Lasama».

«Segunda-feira vou registar uma aliança entre o Partido do Povo de Timor e o Partido Kota para as legislativas e que terá a designação de Aliança Democrática», revelou Manuel Tilman à agência Lusa.

Se a Aliança Democrática irá nascer antes das legislativas, já o apoio a um dos candidatos da segunda volta das presidenciais «está dependente de se chegar a um acordo para o período pós-eleitoral nas eleições para o parlamento», afirmou Tilman.

«Estamos a negociar com uma das candidaturas o nosso apoio mas passará sempre pelo acordo que referi pós-eleitoral das legislativas», afirmou, ao explicar que «dentro de uma semana tudo deverá estar concluído» e recusando-se a especificar com qual das candidaturas está em conversações.

Aparentemente sem qualquer discussão externa está o Partido Democrático, de Fernando «Lasama», que reúne terça-feira em Bebonuk - bairro de Dili - para discutir o processo eleitoral de 09 de Abril, decidir uma orientação política para a segunda volta das presidenciais e começar a preparar as eleições legislativas.

«Um dos pontos do nosso encontro nacional é começar a preparar as eleições legislativas mas vamos também discutir e decidir a nossa posição para a segunda volta das eleições presidenciais», garantiu Fernando «Lasama» de Araújo em declarações à agência Lusa.

O ex-candidato presidencial explicou também que em cima da mesa de trabalhos do partido estão três caminhos: «indicar o voto num dos candidatos, não votar ou dar liberdade de escolha a cada um dos nossos companheiros e eleitores».

Fernando «Lasama» de Araújo foi o terceiro classificado da primeira volta das presidenciais tendo recolhido 77.459 votos ou 19,18 por cento, menos 10.643 votos do que Ramos-Horta e por isso um importante peso político no quadro eleitoral de Timor-Leste.

Já Avelino Coelho recolheu 8.338 votos ou 2,06 por cento correspondentes ao sétimo lugar e Manuel Tilman 16.534 votos a quem coube o sexto posto.

A segunda volta das eleições presidenciais timorenses, a ser disputada entre José Ramos-Horta, primeiro-ministro e candidato independente, e Francisco Guterres «Lu Olo», presidente do Parlamento Nacional e candidato da Fretilin, realiza-se a 09 de Maio com a campanha eleitoral, que teve hoje início, a prolongar-se até 06 de Maio.

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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