segunda-feira, abril 23, 2007

Lu Olo declara os seus benefícios pecuniários

Comunicado de Imprensa - Lu Olo declara os seus benefícios pecuniários

Francisco Guterres Lu Olo para Presidente
“Eu Serei o Presidente de Todos e para Todos”

Comunicado de Imprensa
23 de Abril de 2007

O Candidato presidencial Francisco Guterres Lu Olo emitiu hoje uma declaração sobre os seus benefícios pecuniários. A declaração descreve em detalhe os seus bens financeiros, e confirma que não tem qualquer benefício comercial em Timor-Leste ou no estrangeiro.

Lu Olo disse ser essencial que os candidatos a presidente da república revelem os seus benefícios pecuniários directos assim como os indirectos, que sejam geridos por intermediários.

"O Presidente da República deverá ser uma pessoa com integridade e honesta," disse Lu Olo.

"Devemos ser totalmente transparentes perante o nosso povo. É por essa razão que publico este documento, para reforçar a transparência do gabinete do Presidente. É uma evidência por escrito sobre o facto de que eu não tenho quaisquer benefícios financeiros que irão comprometer-me quando exercer os meus deveres e responsabilidades como Presidente. Eu quero estabeler um precedente para candidatos presidenciais de agora e do futuro."

Lu Olo disse que um benefício pecuniário é qualquer benefício capaz de ser medido em dinheiro ou bens capazes de produzir riqueza.

"A principal responsabilidade do Presidente é de agir para o benefício público. O povo espera que o seu Presidente não seja afectado por considerações de benefício próprio ou ganho pessoal.
"A falha em revelar os benefícios financeiros privados pode abrir a porta à má conduta e corrupção." Lu Olo acrescentou: "Durante toda a minha vida, o Povo de Timor-Leste tem estado sempre em primeiro lugar, e continuará a estar durante o meu papél como Presidente. Tornar-me o Presidente da República é a maior honra que posso obter.

"Meu trabalho para o nosso povo tem me dado poucas recompensas materiais. Mas, tem-me oferecido imenso orgulhocomo Timorese poder servir todos os Timorenses. Isso é tudo o que eu preciso".

A declaração assinada por Lu Olo afirma:

• Lu Olo não tem nenhuma conta bancária em Timor-Leste ou em outro sitio.
• A sua família possui terrenos tradicionais em Ossu, distrito de Viqueque. Lu Olo não possui quaisquer outros terrenos em Timor-Leste, ou em qualquer outro país.
• Lu Olo possui uma viatura Toyota Prado 4WD, de valor de aproximadamente USD$5.000 que ele possui desde 2000.
• Lu Olo possui alguns mobiliários básicos, que utiliza actualmente na Residência do Presidente do Parlamento Nacional, uma casa pertencente ao governo, em Farol, Dili, onde reside.
• A sua única forma de rendimento é a sua posição como Presidente do Parlamento Nacional.
• Lu Olo não possui cotas em quaisquer negócios ou companhias existentes em Timor-Leste ou em qualquer parte do mundo.
• Lu Olo não tem benefícios comerciais ou parceiros de negócios em Timor-Leste ou em qualquer outro país.
• Lu Olo não possui benefícios em nenhuns fundos (ex fundo fiduciário, pensões, etc).

4 comentários:

Anónimo disse...

"Lu Olo" e Ramos-Horta afinam estratégias para confronto final

Jornal de Notícias, 21/04/07
Por: Orlando Castro

"Lu Olo" e Ramos-Horta afinam

estratégias para confronto final

Acampanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste (dia 9) começou ontem sem visíveis acções de rua, mas com vigorosas negociações nos bastidores e com os dois candidatos, "Lu Olo" e Ramos-Horta, a afinarem estratégias. Enquanto o primeiro se prepara para "uma luta de todos contra um", o segundo quer "entrar nas áreas rurais tradicionalmente afectas à Fretilin".

"Acreditamos, o que já ficou visível no resultado da primeira volta, que os timorenses estão fartos do poder radical da Fretilin", afirmou ao JN um assessor de Ramos-Horta, acrescentando que "o apoio dado ao actual primeiro-ministro por outros candidatos reflecte o sentimento de que a maioria da populção quer mudar".

Outro ponto importante na campanha eleitoral para a segunda volta refere-se "à necessidade de os timorenses compreenderem que Ramos-Horta é quem melhor pode congregar o apoio internacional necessário para a estabilização e desenvolvimento do país".

Ao JN, um assessor de "Lu Olo" referiu que, "como a primeira volta já indiciara, até ao dia 9 o país vai assistir a uma luta de um contra todos".

"Ramos-Horta e os candidatos derrotados que agora o apoiam vão tentar denegrir a nome de 'Lu Olo', dizendo, por exemplo, que ninguém o conhece no estrangerio", afirma um assessor da Fretilin, embora acrescentando "que um presidente da República deve, antes de tudo, ser conhecido dos seus cidadãos".

Política de alianças

Quanto à campanha propriamente dita, afirma que "será feita pela positiva, com propostas concretas de timorenses para timorenses e não para timorenses segundo estratégias, conselhos, dinâmicas e apoios estrangeiros".

Depois de ter conseguido o apoio de Lúcia Lobato e de Xavier do Amaral, ontem foi a vez de Ramos Horta ficar a saber que conta também com Avelino Coelho (8 338 votos na primeira volta) e João Carrascalão (6 928 votos). Manuel Tilman (16 534 votos) e Fernando "Lasama" de Araújo ainda não decidiram quem vão apoiar.

"Lasama", cuja decisão sobre a estratégia a seguir deverá ser tomada amanhã, tem um peso eleitoral considerável. Foi o terceiro classificado com 77 459 votos, menos 10 643 do que Ramos-Horta.

Com uma diferença na primeira volta de 25 564 votos a favor de "Lu Olo", a eleição presidencial poderá ser substancialmente influenciada pela política de alianças, embora a capacidade de mobilização e a correção de erros cometidos na primeira volta também tenham um papel decisivo.

À espera de "Lasama"

Aparentemente sem qualquer discussão externa está o Partido Democrático, de Fernando "Lasama", que reúne amanhã em Bebonuk - bairro de Dili - para analisar o processo eleitoral, decidir uma orientação política par a a segunda volta das presidenciais e começar a preparar as eleições legislativas.

Os 77 459 votos conseguidos na primeira volta fazem de "Lasama" um apetecível aliado para qualquer um dos dois candidatos que passaram à segunda volta (Ramos-Horta e "Lu Olo").

"Um dos pontos do nosso encontro nacional é começar a preparar as eleições legislativas mas vamos também discutir e decidir a nossa posição para a segunda volta das eleições presidenciais", garantiu Fernando "Lasama" de Araújo.

O ex-candidato presidencial explicou também que em cima da mesa estão três caminhos "indicar o voto num dos candidatos, não votar ou dar liberdade de escolha a cada um dos eleitores".

http://jn.sapo.pt/2007/04/23/mundo/lu_olo_e_ramoshorta_afinamestrategia.html

Anónimo disse...

Ai, Timor!

Li noutro dia o discurso e a entrevista do Xanana e não tem nada de novo. Penso que a situação político-social em T.L. vai ficar ainda mais bipolarizada com os dois fortes candidatos à Presidência: Ramos Horta e Francisco Guterres. O primeiro não teve acerto para a gestão governamental, comportando-se como um verbo-de-encher e um bluff político, o outro, parece-me mais bem aceite pelo povo, pois é tido como honesto, fala de modo simples e directo e esteve sempre no mato, lutando e sofrendo, predicados tão caros e de reverência na sociedade timorense.
De toda a maneira, qualquer que seja o vencedor, a sociedade timorense ficará dividida e não tem ainda cultura democrática para aceitar um presidente que apesar de ter sido eleito pela maioria, parte da população não votou nele. Ou seja, os perdedores (os que nele não votaram) não o reconhecerão como o seu Presidente. Portanto, a crise de autoridade vai continuar.

O que eventualmente seria necessário era um candidato apoiado pela maioria da população e dos partidos (como anteriormente o Xanana) e não uma bipolarização das candidaturas. Isso mesmo se vai passar nas legislativas, ou pelo menos tudo leva a crer que vai continuar a bipolarização, pois apesar da Fretelin ter ainda maioria, está a ser contestada por uma significativa margem da população, gerando o divisionismo das nações timorenses. A situação não era nada dramática se os perdedores fossem pequenos partidos que representassem uma diminuta franja do eleitorado. Contudo, se houver dois ou mais grandes blocos antagónicos, há o forte risco de haver contestação ao governo então formado e desobediência civil por parte da população. E se esta for instrumentalizada como aconteceu desde a crise de 2005 (pois a situação de aridez do poder começa a ser mais visível pelo menos com as manifestações instrumentalizadas pela Igreja em 2005), ainda mais se agravará.

Não se prevê para T.L. um futuro muito animador, pois o modelo democrático de desenvolvimento que teimosamente se quer ver aplicado, enferma de graves princípios de rejeição por uma sociedade ainda demasiado fraccionada, diria mesmo, tribal, onde o primado da virilidade, do mais forte a qualquer custo é prevalente.
Quem não se lembra das barreiras levantadas nas estradas a exigir portagens, a partir de 2002, mesmo sendo de valores ridículos? O mais preocupante é que a maior parte das vezes eram apoiadas ou exercidas por chefes ou maiorais da aldeia ou da povoação. Parece que os governantes de então não se deram conta que era isso um sintoma, a prova concreta, da falência do poder central do governo, o esboroar do respeito de um estado que se queria de direito e a imergência dos velhos poderes tribais dentro das sua áreas de influência, as antigas “balizas”. O povo começava a não acreditar em quem não previa ou colmatava as suas necessidades mínimas.

E não bramem com o princípio que o passado está enterrado e que não se coaduna com a modernidade democrática!

O povo de Timor nem sequer precisou de usar palavra no seu próprio dialecto para dar significado a agradecimento, reconhecimento de acções por parte de outrem. O conceito de “obrigado” teve se ser importado, pois não se enquadrava nos usos e costumes sociais locais. Sociedade de constante confronto social interno no próprio clã e facilmente extravasando para o suco, reino e “baliza” vizinha.

Parece que a democracia ao modo do Estado de Direito tipo Ocidental, terá que esperar até que os degraus do desenvolvimento social e cívico, enfim democrático, sejam seguramente percorridos pelos timorenses, sem atropelos nem saltos acrobáticos, não“queimando” assim, perigosamente, etapas de necessária sedimentação da consciência social.

Naturalmente que haverá que equacionar outras questões fundamentais como seja proporcionar emprego a uma população em idade activa que não pára de aumentar. A própria Igreja terá de abrir mão de conceitos retrógrados, permitindo o efectivo planeamento familiar e do controlo de natalidade. Num país com uma taxa de crescimento superior a 5% ano da sua população, questiona-se: - o que vai ser feito dos jovens de amanhã? Viverem na miséria, sem emprego, sem trabalho para seu sustento, ou como já ouvi dizer, tornar-se Timor-Leste numa imensa fábrica de emigrantes, exportando mão-de-obra barata?

Se calhar há que lançar mão a programas coercivos de instrução, trabalho e de civismo, baseados em comités de bairro, aldeia ou suco, num regime de regedoria, direccionando para o bem comum o papel do núcleo social local. Apesar de se poder considerar muito demagógica e antidemocrática esta ou outra parecida via, parece que ao ponderar-se o uso de modelos simpáticos e de evidente reconhecimento para os timorenses, como símbolos-signos: bandeira, hino, pátria, presidente da república – que terá que paradoxalmente surgir como um monarca-pai – se iria em busca de princípios que concorressem para a coesão nacional, almejando desse modo, a paz e tranquilidades necessárias para o evolução socio-económico das populações até se alcançar um suficiente estádio de desenvolvimento social e cívico para então sim, se abalançar na vivência democrática moderna.



C.A.

Anónimo disse...

A grandeza de LUOLO é que sempre serviu a causa da independência nacional por sentido de dever. Tem servido a nação. Não se tem servido do drama da ocupação de timor, como outros, para benefício pessoal. Não tem ânsias de protagonismo. Não tem, como outros, uma vaidade desmedida.
Pretende com a eleição presidencial continuar a servir a nação, sem pretender com o cargo alcançar quaisquer objectivos pessoais de carreira, de negócios ou de pagamento de favores!
Não se vangloria por tudo o que faz, cumpre o seu dever de forma discreta. É preciso que isto se saiba. É preciso lembrar a grandeza de LUOLO. LUOLO é um verdadeiro patriota. E é preciso lembrar o perfil e a natureza de LUOLO à própria Igreja Católica, que tem andado distraída do essencial e muito equivocada: há atitude mais cristã, mais de acordo com a palavra de Jesus Cristo do que a humilde e desinteressada dedicação de LUOLO à causa nacional, do que o exemplo de esperança de depois de 24 anos de sofrimento ir construir uma família tão bonita como a dele?
É preciso fazer passar a mensagem. É preciso esclarecer o povo. É preciso que os timorenses não sejam engandos. O que está em causa é demasiado importante!
Viva LUOLO, viva a honestidade, a dedicação desinteressada, a inteligência humilde, a força da perseverança!
AG

Anónimo disse...

Timor-Leste: 143 militares da GNR condecorados pela ONU

Um grupo de 143 militares da GNR que integram o sub-agrupamento Bravo estacionado em Timor-Leste é condecorado quarta-feira pelas Nações Unidas na presença do Presidente timorense, Xanana Gusmão, disse hoje à Lusa fonte da ONU.
«É uma condecoração normal para as forças que participam em missões das Nações Unidas por mais de três meses», disse a fonte ao salientar, no entanto, que a entrega das medalhas vai decorrer «simbolicamente» a 25 de Abril, uma data importante para a população portuguesa.
A cerimónia, que será presidida pelo representante do Secretário-geral das Nações Unidas em Timor-Leste, Athul Kare, vai decorrer nas instalações da força portuguesa em Díli e será seguida de uma demonstração da capacidade operacional dos militares da GNR.
Os 143 militares que serão condecorados fazem parte do segundo contingente da GNR em Timor-Leste, cuja missão se prolonga até meados de Julho, quase dois meses depois do que o inicialmente previsto devido à realização das eleições legislativas, a 30 de Junho.
Actualmente, a GNR tem em Timor-Leste 220 militares que integram cinco pelotões operacionais, uma secção de operações especiais, uma equipa de desactivação de engenhos explosivos e uma equipa multidisciplinar de investigação criminal e equipas de apoio aos serviços.
Diário Digital/Lusa
23-04-2007 12:35:25
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=272925

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.