Jornal de Notícias, 21/04/07
Por: Orlando Castro
"Lu Olo" e Ramos-Horta afinam estratégias para confronto final
Acampanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste (dia 9) começou ontem sem visíveis acções de rua, mas com vigorosas negociações nos bastidores e com os dois candidatos, "Lu Olo" e Ramos-Horta, a afinarem estratégias. Enquanto o primeiro se prepara para "uma luta de todos contra um", o segundo quer "entrar nas áreas rurais tradicionalmente afectas à Fretilin".
"Acreditamos, o que já ficou visível no resultado da primeira volta, que os timorenses estão fartos do poder radical da Fretilin", afirmou ao JN um assessor de Ramos-Horta, acrescentando que "o apoio dado ao actual primeiro-ministro por outros candidatos reflecte o sentimento de que a maioria da populção quer mudar".
Outro ponto importante na campanha eleitoral para a segunda volta refere-se "à necessidade de os timorenses compreenderem que Ramos-Horta é quem melhor pode congregar o apoio internacional necessário para a estabilização e desenvolvimento do país".
Ao JN, um assessor de "Lu Olo" referiu que, "como a primeira volta já indiciara, até ao dia 9 o país vai assistir a uma luta de um contra todos".
"Ramos-Horta e os candidatos derrotados que agora o apoiam vão tentar denegrir a nome de 'Lu Olo', dizendo, por exemplo, que ninguém o conhece no estrangerio", afirma um assessor da Fretilin, embora acrescentando "que um presidente da República deve, antes de tudo, ser conhecido dos seus cidadãos".
Política de alianças
Quanto à campanha propriamente dita, afirma que "será feita pela positiva, com propostas concretas de timorenses para timorenses e não para timorenses segundo estratégias, conselhos, dinâmicas e apoios estrangeiros".
Depois de ter conseguido o apoio de Lúcia Lobato e de Xavier do Amaral, ontem foi a vez de Ramos Horta ficar a saber que conta também com Avelino Coelho (8 338 votos na primeira volta) e João Carrascalão (6 928 votos). Manuel Tilman (16 534 votos) e Fernando "Lasama" de Araújo ainda não decidiram quem vão apoiar.
"Lasama", cuja decisão sobre a estratégia a seguir deverá ser tomada amanhã, tem um peso eleitoral considerável. Foi o terceiro classificado com 77 459 votos, menos 10 643 do que Ramos-Horta.
Com uma diferença na primeira volta de 25 564 votos a favor de "Lu Olo", a eleição presidencial poderá ser substancialmente influenciada pela política de alianças, embora a capacidade de mobilização e a correção de erros cometidos na primeira volta também tenham um papel decisivo.
À espera de "Lasama"
Aparentemente sem qualquer discussão externa está o Partido Democrático, de Fernando "Lasama", que reúne amanhã em Bebonuk - bairro de Dili - para analisar o processo eleitoral, decidir uma orientação política par a a segunda volta das presidenciais e começar a preparar as eleições legislativas.
Os 77 459 votos conseguidos na primeira volta fazem de "Lasama" um apetecível aliado para qualquer um dos dois candidatos que passaram à segunda volta (Ramos-Horta e "Lu Olo").
"Um dos pontos do nosso encontro nacional é começar a preparar as eleições legislativas mas vamos também discutir e decidir a nossa posição para a segunda volta das eleições presidenciais", garantiu Fernando "Lasama" de Araújo.
O ex-candidato presidencial explicou também que em cima da mesa estão três caminhos "indicar o voto num dos candidatos, não votar ou dar liberdade de escolha a cada um dos eleitores".
segunda-feira, abril 23, 2007
"Lu Olo" e Ramos-Horta afinam estratégias para confronto final
Por Malai Azul 2 à(s) 18:14
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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