The Age
Election officials count votes.
Lindsay Murdoch, Dili
April 11, 2007
THE voting trend in East Timor's presidential elections was unclear last night, with election officials indicating that Nobel peace prize winner Jose Ramos Horta was leading the early count, while Fretilin party leaders claimed their candidate had the lion's share of the vote.
Fretilin spokesman Filomino Aleixo said last night that Francisco "Lu-Olo" Guterres was leading with 40 per cent of the vote, after 214,000 ballots had been counted.
"This is our estimation — our candidate has the highest percentage," Mr Aleixo said.
However, early counting had indicated that Mr Guterres had polled poorly on Monday in many parts of the country, including some eastern towns and villages where Fretilin has won landslide votes in the past.
Throughout yesterday election officials said Mr Guterres was running third in the count, behind Mr Ramos Horta and Fernando "Lasama" de Araujo, head of the reformist youth-based Democratic Party.
It appeared Mr Guterres was struggling to win enough votes to contest a run-off election with Mr Ramos Horta, who has swept the polls in the capital, Dili.
Under East Timor's presidential voting system, if one candidate does not win 51 per cent of the vote in the first round, the two highest polling candidates must contest a run-off.
Mr Ramos Horta declined to comment on the vote until the result was formally announced, which may not be until Saturday.
"It seems that I have swept Dili and other places … I have not been updated fully," Mr Ramos Horta said. "I'm happy with the election which was a lesson in democracy and civility by the poor and illiterate. It serves as a lessen in civility for our leaders."
An election commission spokesman said Mr Ramos Horta was leading by a large margin in Dili after 20 per cent of the votes had been counted, but ballots from the strongholds of Mr Guterres in remote areas were only trickling in.
Fretilin officials claimed at a press conference in Dili that the election had been marred by voter manipulation, including the destruction of ballot papers.
Mr Aleixo said the party would complain that thousands of voters did not get the chance to vote because arrangements were not in place.
"We are preparing papers to submit formal complaints," he said.
Before the election, Fretilin's secretary-general, Mari Alkatiri, had refused even to consider the possibility that Mr Guterres would not win an outright majority in the first election organised by East Timor since the country achieved independence in 2002.
But at a school where both Mr Alkatiri and Mr Guterres voted on Monday, Mr Ramos Horta won 440 votes while Mr Guterres received only 191. At another Dili polling booth, Mr Ramos Horta received 2093 votes while Mr Guterres got only 144.
The result suggests that voters want to punish Fretilin for its handling of last year's violent upheaval, which left scores dead and forced more than 150,000 people from their homes, many of whom are still too afraid to return.
If the early official count proves accurate, it indicates voters are unhappy with a government whose policies failed to significantly improve the lives of most of East Timor's 1 million people, a third of whom often do not have enough to eat.
Many voters who queued in the sun for hours to vote said they wanted leaders who could put an end to the violence and provide them with jobs.
The result also indicates that voters may be willing to dump Fretilin candidates at parliamentary elections, to be held in June or July, to secure a fundamental change in the way the country is governed.
Mr Ramos Horta, who replaced Mr Alkatiri as prime minister during last year's violence, wants to see outgoing President Xanana Gusmao elected prime minister after forming a party to contest the parliamentary elections.
Both men have promised to spend Timor Sea oil and gas revenue on East Timor's poor instead of putting it in a bank account for future generations.
The Fretilin Government has put more than $US1 billion into a "petroleum fund", which is earning interest in a New York bank account.
quarta-feira, abril 11, 2007
Ramos Horta leads Timor poll, despite Fretilin claim
Por Malai Azul 2 à(s) 05:39
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Ramos Horta à frente nas eleições em Timor, apesar da Fretilin reclamar
The Age
Contagem oficial dos votos das eleições.
Lindsay Murdoch, Dili
Abril 11, 2007
A tendência das eleições presidenciais em Timor-Leste não estava clara ontem à noite, com as fontes oficiais a indicarem que o vencedor do Nobel José Ramos Horta liderava uma primeira contagem enquanto que líderes da Fretilin afirmarem que o seu candidato tinha a parte de leão dos votos.
O porta-voz da Fretilin Filomeno Aleixo disse ontem à noite que Francisco "Lu-Olo" Guterres estava à frente com 40 por cento dos votos, depois de terem contado 214,000 boletins de voto.
"Esta é a nossa estimativa — o nosso candidato tem a percentagem mais alta," disse o Sr Aleixo.
Contudo, as primeiras contas tinham indicado que o Sr Guterres tinha tido poucos votos na Segunda-feira em muitas partes do país, incluindo nalgumas cidades do leste onde a Fretilin obteve enormes votações no passado.
Contudo ontem fontes oficiais das eleições disseram que o Sr Guterres estava em terceiro lugar na contagem, atrás do Sr Ramos Horta e de Fernando "Lasama" de Araujo, responsável do reformista e baseado na juventude Partido Democrático.
Parece que o Sr Guterres estava a lutar para ganhar votos suficientes par air à segunda volta com o Sr Ramos Horta, que tinha varrido os votos da capital, Dili.
Sob o sistema eleitoral presidencial de Timor-Leste, se um candidate não obtiver 51 por cento dos votos na primeira volta os dois candidates mais votados têm de disputar uma segunda volta.
O Sr Ramos Horta declinou comentar sobre os votos até o resultado ser anunciado formalmente, o que pode não acontecer até Sábado.
"Parece que conquistei Dili e outros lugares … não estou totalmente actualizado," disse o Sr Ramos Horta. "Estou contente com as eleições que foram uma lição de democracia e civilidade dos pobres e analfabetos. Serve para uma lição em civilidade para os nossos líderes."
Um porta-voz da comissão eleitoral disse que o Sr Ramos Horta ia à frente com uma grande margem em Dili depois de 20 por cento dos votos terem sido contados, mas os números das praça-fortes do Sr Guterres em áreas remotas estão só a entrar a conta-gotas.
Membros da Fretilin afirmaram numa conferência de imprensa em Dili que a eleição tinha sido manchada por manipulação dos eleitores, incluindo a destruição de boletins de voto.
O Sr Aleixo disse que o partido se queixará por milhares de eleitores não terem tido a possibilidade de votar por faltas nos locais.
"Estamos a preparar os papéis para uma queixa formal," disse.
Astes da eleição o Secretário-Geral da Fretilin, Mari Alkatiri, tinha recusado considerar mesmo a possibilidade de o Sr Guterres não ter a maioria absoluta na primeira eleição organizada por Timor-Leste desde que o país alcançou a independência em 2002.
Mas na escola onde ambos o Sr Alkatiri e o Sr Guterres votaram na Segunda-feira, o Sr Ramos Horta teve 440 votos enquanto que o Sr Guterres recebeu apenas 191. Numa Assembleia de Voto em Dili, o Sr Ramos Horta recebeu 2093 votos enquanto o Sr Guterres apenas 144.
O resultado sugere que os eleitores querem punir a Fretilin pela sua gestão do levantamento violento do ano passado, que deixou muitos mortos e forçou mais de 150,000 pessoas para fora das suas casas, muitas das quais têm ainda muito medo de regressarem.
Se as primeiras contagens estiverem correctas, isso indica que os eleitores estão descontentes com um governo cujas políticas falharam significativamente em melhorar as vidas da maioria de um milhão de pessoas de Timor-Leste, um terço das quais não tem o suficiente para comer.
Muitos eleitores que estivram alinhados ao sol durante horas disseram que querem líderes que possam pôr um fim à violência e melhorar a vida deles com empregos.
O resultado indica também que os eleitores querem correr com os candidates da Fretilin nas eleições parlamentares, que se vão realizar em Junho ou Julho, para garantirem uma mudança fundamental no modo como o país é governado.
O Sr Ramos Horta, que substituiu o Sr Alkatiri como primeiro-ministro durante a violência do ano passado, quer ver o Presidente que vai sair Xanana Gusmão eleito primeiro-ministro depois de formar um partido para concorrer às eleições parlamentares.
Ambos os homens prometeram gastar os rendimentos do petróleo e do gás do Mar de Timor com os pobres de Timor-Leste em vez de o porem numa conta bancária para as gerações futuras.
O Governo da Fretilin pôs mais de $US1 bilião num "fundo de petróleo", que está a render numa conta bancária em Nova Iorque.
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