quinta-feira, agosto 31, 2006

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Mobilização geral para capturar major Reinado


Abel Coelho de Morais

Os elementos da força internacional e da missão da ONU em Timor-Leste reforçaram ontem as medidas de segurança em Díli e seus arredores para localizar e deter o major Alfredo Reinado, que, ao início da tarde no território, se evadira da prisão de Becora com outros 56 presos.

Foi ainda pedida a colaboração da população para a identificação e fornecimento de informações que levem à captura dos presos em fuga.

Este militar tornou-se notado, durante a recente crise no território, ao abandonar a cadeia de comando com um destacamento dos seus homens e ao afirmar não reconhecer a autoridade do comandante das forças armadas, Taur Matan Ruak, nem do então primeiro-ministro Mari Alkatiri. A sua actuação ao longo da crise será sempre crítica face ao Governo, declarando-se leal apenas a Xanana Gusmão. Foi preso após serem encontradas armas numa das casas que ocupava em Díli, já depois de findo o prazo para a sua entrega.

Reinado esteve inicialmente preso no centro de detenção militar, no bairro de Caicoli; foi depois transferido para a prisão de Becora e novamente para Caicoli; regressara a Becora na passada quinta-feira, segundo informação da agência Lusa, depois de um recurso interposto pelo seu advogado. Este garantia ontem a um diário australiano, o Sydney Morning Herald, não entender o comportamento do seu cliente.

A segurança na cadeia de Becora e imediações era da responsabilidade do contingente neozelandês, que ontem iniciou a retirada de Díli, e de guardas prisionais timorenses, que actuam desarmados (ver texto nesta pág.). Segundo o director nacional das prisões, Manuel Exposto, em declarações à Lusa, os neozelandeses tinham cessado funções "há uma semana". Assim, foi possível aos presos deixarem Becora pela saída principal, nada podendo fazer os "cinco guardas que estavam à porta da cadeia", sem armas e sem rádios, referiu Exposto. O director da prisão, Carlos Sarmento, explicou às agências que Reinado e os outros presos destruíram várias paredes da ala leste da prisão, onde estariam confinados, antes de saírem do perímetro.

Segundo fontes timorenses, nenhum dos fugitivos estará armado; entre estes estão elementos ligados a Reinado, presos de delito comum e condenados por envolvimento na violência pró-indonésia de 1999.

O Governo de Ramos-Horta convocou uma reunião de emergência para analisar a situação.

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4 comentários:

Anónimo disse...

Quem e o Ministro responsavel pelos Servicos Prisionais?
Rua com ele!
Nao errem como o Mari errou!
Pode aparecer mais manifestacoes para exigir a demissao do Horta!
Ze Cinico

Anónimo disse...

Porque será que perante a gravidade dos ultimos acontecimentos

- o Prémio Nobel, actual Primeiro Ministro, não emite um dos seus maravilhosos comunicados que primam pelo pormenor e até pelo discurso directo e em inglês que segundo se diz é para que todo o mundo os possa ler?

- o Presidente da República não faz um dos seus famosos discursos plenos de emoção?

- o representante das Nações Unidas em Timor, o japonês Hasegawa, não emite um dos seus célebres "press release", a demonstrar a sua tão peculiar preocupação e a "aconselhar" uma investigação para apuramento de responsabilidades?

- os líderes da oposição não se manifestam com os seus habituais discursos inflamatórios e acusatórios?

- os Bispos não se mostrem preocupados com a segurança do povo que tanto os preocupa?

Anónimo disse...

Ze Cinico, vai-te preparando. Por este andar qualquer dia la teras que ser PM.

Anónimo disse...

O reponsavel pelos servicos prisionais chama-se Berta da Porta Aberta.
E primo do Fiate Navirgem e Naocorras.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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