quinta-feira, dezembro 07, 2006

Dos leitores - tradução da Margarida

Comentário sobre a sua postagem "Alfredo Reinado e PR Xanana Gusmão juntos na cerimónia em Ainaro, Sádado passado":

Reinado não será detido ainda, até não mais puder implicar pessoas de muito alto nível na sua deserção e crimes. Reinado nem actuou sozinho nem por sua própria iniciativa. Tornou-se um instrumento conveniente para muitos, incluindo para a comunidade internacional cujo interesse era causar instabilidade através da interferência nas F-FDTL. Há mais do que amplas provas disto.

A facilidade com que se move de lugar para lugar e a confiança com que actuou tem a ver com o facto de lhe terem garantido que interesses poderosos ou amigos poderosos o apoiavam e correriam em seu auxílio. Fizeram-no quando foi preso em Dili por posse ilegal de armas. As manobras ao mais alto nível e que envolveram embaixadas estrangeiras foram tão fortes que Alfredo deve ter sentido que tinha impunidade. Contudo, ninguém contou com a independência da polícia Portuguesa, da GNR. A longo prazo, contudo, aconteceu que afinal ele teve mesmo impunidade quando fugiu (da prisão) com as tropas internacionais presentes e a acenarem-lhe.

A ONU deixou claro que sendo a polícia no país o prenderá. O Alfredo está a ser ajudado e auxiliado por algumas pessoas incluindo por padres católicos. Se Alfredo se começar a mover pelo país aparentemente com liberdade, então acredito que a ONU actuará. Mas se ele se mover por fora das cidades então talvez tenham que ser as F-FDTL a lidar com ele. Não se pode permitir que um criminoso fortemente armado se movimente criando alarme público e apreensão. Ele tem de ser preso.

Acredito que Alfredo será sujeito de alguns esforços de policiamento se não de esforços militares nos próximos dias. Está claro que a liderança Timorense, incluindo o Presidente e o Primeiro-Ministro estão a ficar embaraçados com este cowboy idiota.

Amanhã comemora-se o aniversário da invasão Indonésia de Timor em 1975.....e serão identificados os libertadores da nação. A alegria para muitos Timorenses é que o Alfredo não está entre esses heróis da libertação da nação. Nem sequer Railos ou Tara ou outros serão identificados, ao mesmo tempo que há grande antecipação que o Brigadeiro General Ruak e o Coronel Lere e Falur e outros serão identificados pelo seu heroísmo na luta.

Amanhã todos os Timorenses se enfrentarão com a diferença entre os libertadores e os heróis da independência Timorense e os que ultimamente tentaram destruir estas conquistas duramente ganhas (Reinado e outros da sua espécie).

Seria uma altura ideal para o Pres Gusmão e o PM Horta reabilitarem as suas reputações merecidas como defensores da nação que Timor-Leste é e terem este criminoso preso ou pelo menos anunciarem a operação para o prenderem se ele não se render. O futuro de Timor-Leste depende de como os seus líderes actuarem a partir de agora.

Amanhã será um desses dias.

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Comentário sobre a sua postagem "Sobre as patrulhas da UNPOL":

O que fizeram foi verdadeiro serviço público, mas parece que terão que o fazer mais vezes a ver se envergonham as forças de segurança que aí estão. Como é que se compreende que estando por aí uns novecentos e tal Australianos não tenham encontrado sequer uma patrulha deles, ainda por cima numa altura de bastante tensão pública?

É simplesmente vergonhoso o que se está a passar em Timor-Leste em geral e em Dili em particular no que se refere ao direito dos cidadãos à ordem e à tranquilidade pública.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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