UNMIT Revista dos Media Diários – Quarta-feira, 04 Outubro 2006
Reportagens dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste
Transferência dos deslocados
O governo decidiu transferir os deslocados para novas áreas e assistir os que desejam regressar aos seus distritos, relataram hoje os media. O Vice-Primeiro-Ministro e porta-voz, Rui Araújo disse que o governo ainda não decidiu as áreas para abrigar transitoriamente os deslocados. Uma equipa inter-ministerial liderada pelo Primeiro-Ministro Ramos-Horta dará prioridade à mudança das pessoas que estão nos campos do hospital, aeroporto, Hera-Metinaro, e jardim de Colmera. De acordo com Araújo a equipa visitará os campos para identificar os seus problemas principais e oferecer as opções preparadas pelo governo incluindo o regresso aos distritos. Num assunto relacionado, a Ministra das Obras Públicas, Odete Vitor disse que o governo está a estudar como facilitar a reconstrução das propriedades privadas afectadas durante a crise. Sobre as propriedades do Estado afectadas, disse que o governo não tomou qualquer decisão sobre a reabilitação. O Conselho de Ministros tomou a decisão de implementar o projecto para a reabilitação e construção das propriedades da população na Quarta-feira.
Noutro artigo, o padre da paróquia de Motael António Alves urgiu o governo a actuar rapidamente para os deslocados porque a estação das chuvas está a começar. Alves disse estar triste porque nenhum dos líderes esteve presente no lançamento do livro com o título ‘Refugiado’. O livro tem por base os sentimentos dos deslocados e informação reunida de 6 campos e teve o apoio da Comissão de Justiça e Paz da Diocese de Dili, os Serviços de Socorro Católicos, Caritas Austrália e ICMC. (STL, TP)
Discussão para a reintegração de peticionários
O Primeiro-Ministro Ramos-Horta disse que o governo está a discutir a re-integração dos peticionários com o responsável das Forças de Defesa. De acordo com Ramos-Horta muitos membros do grupo de peticionários querem juntar-se de novo às F-FDTL e ele concorda que muitos deles não estão em falta e não cometeram crimes nem nada de errado. O Primeiro-Ministro disse que a competência é do comandante das F-FDTL, mas que o governo discutirá como resolver o problema caso a caso. Disse que os peticionários receberão assistência humanitária durante dois meses e que se não houver uma solução política, há uma solução legal porque têm direito à assistência do governo. O PM tem previsto encontrar-se com outro grupo de peticionários hoje em Gleno, Distrito de Ermera. (TP, DN)
Deputado discorda com o PM sobre subsídios
O deputado Ozorio Florindo (Fretilin) discordou da declaração feita pelo Primeiro-Ministro Ramos-Horta sobre subsidiar os partidos políticos do mesmo modo. Florindo disse que não conhece como é que o Primeiro-Ministro toma esta decisão, acrescentando que o subsídio deve ser com base na representatividade dos partidos políticos no Parlamento. (STL)
Grupos com armas em Ermera
O deputado Jose Buras (PD) disse na sessão plenária do Parlamento na Terça-feira que muitos grupos com armas andam a vaguear pelo Distrito de Ermera. Buras disse que ainda não se sabe se o queimar de casas e o assassinato de uma criança nessa área estão relacionados com esses grupos. Disse que houve casos em que os responsáveis por esses fugiram da área, deixando as forças internacionais a deter os que não estiveram envolvidos. Nos recentes tiroteios no Distrito de Bobonaro, de acordo com António Mauluta, um oficial da PNTL estacionado nessa área, a acção foi praticada pelo grupo Colimau 2000, quando o líder do grupo foi impedido de participar no programa “dinheiro por trabalho” porque ele queria o dinheiro sem trabalhar. (STL, DN)
Títulos da RTTL
04-10-06
O Presidente Xanana Gusmão recebe carta de credencial do novo Embaixador de Cuba
Ontem, o PresidenteXanana Gusmão recebeu a carta de credencial do novo Embaixador de Cuba em Timor-Leste, Ramon Hernades Vasquez. O Presidente Xanana agradeceu ao Governo Cubano por ter oferecido médicos para assistir os Timorenses especialmente os que vivem em áreas remotas, bem como por ter oferecido bolsas de estudo a alunos Timorenses para estudarem em Cuba. Entretanto o novo Embaixador disse que o Governo de Cuba continua a trabalhar com Timor-Leste especialmente nas áreas de saúde e educação.
O Parlamento Nacional realizou a primeira Audição pública
O Parlamento Nacional (Comissão A) realizou a sua primeira audição pública com líderes dos partidos políticos para discutir e ouvir opiniões sobre as duas propostas de lei eleitoral. A proposta da Fretilin foi apresentada pelo Vice- Secretário-Geral José Maria Reis. Questões que foram discutidas pelos participantes foram o percentual mínimo de 5% dos votos exigido, para que um partido possa eleger os seus representantes para o Parlamento Nacional, o local da contagem dos votos, a independência da comissão eleitoral e a questão dos candidatos independentes. Entretanto o Secretário-Geral do PD, Mariano Sabino disse que não aceita o mínimo de 5% mas sugeriu um mínimo de 2%.
O Conselho de Ministros aprova a política de reabilitação e construção
O Vice-Primeiro-Ministro, Rui Maria Araújo depois do encontro do Conselho de Ministros disse que o Governo aprovou a muito importante decisão de atender à reabilitação e construção de casas destruídas durante a crise. O Conselho definiu os objectivos, opções e métodos. Entretanto a Ministra das Obras Públicas, Odete Victor disse que há quatro opções: casas com certificados, as ilegalmente ocupadas, casas privadas ocupadas por proprietários ilegais e ilegais que ocuparam casas ilegais.
O Primeiro-Ministro Horta lançou Dicionário de Tétum
Ontem o Primeiro-Ministro, Horta lançou o dicionário de Tétum na Universidade Nacional. Falando na cerimónia o PM Horta disse que o Tétum é uma das línguas oficiais de Timor-Leste e por isso os Timorenses devem desenvolver a sua própria língua. Entretanto o Director do Gabinete de Linguística, Adérito José Correia disse que o objectivo do Dicionário de Tétum é para assistir os Timorenses em como usar e falar bem o Tétum.
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SBS DATELINE - Arquivos - Outubro 04, 2006
Deslocados de Timor-Leste
Com os líderes a continuarem a brigar sobre as suas diferenças políticas, não há fim à vista nos problemas dos pobres Timorenses. O conflito continua, embora esporadicamente nestes dias, apesar de ainda na semana passada, a sede em Dili do partido no poder, a Fretilin ter sido queimada. Mas o que se passa com os Timorenses comuns? Estão entre os mais pobres povos do mundo, e depois das recentes escaladas de violência, alguns 150,000 deles sobrevivem em campos de deslocados. David O'Shea passou algum tempo com eles.
Programa Mundial de Alimentação da ONU
REPORTER: David O’Shea
JOSÉ (Tradução): este é o desenho duma bandeira Timorense.
Estas crianças tentam esquecer o trauma de fugirem das suas casas. Nos últimos cinco meses, a 'casa' tem sido um campo de deslocados no aeroporto de Dili. Este é José, um deslocado que se voluntarizou para manter estas crianças ocupadas.
JOSÉ: Às vezes estamos muito tristes porque não sabemos num tempo incerto, não sabemos quando podemos regressar a casa. Isso às vezes faz-nos sentir um tanto tristes, mas com este tipo de actividade, podemos minimizar o medo e o stress ou depressão.
Ainda há quase 60 campos para 150,000 deslocados em Timor-Leste. Muitos tiveram as suas casas pilhadas e queimadas. Fugiram de lá sem nada, não têm para onde ir, e têm passado o melhor que podem.
JOHN BOSCOE, REFUGIADO (Tradução): As tendas são demasiado quentes, por isso construímos estas. Não deixam a chuva fora, mas não são tão quentes.
John Bosco fugiu para o aeroporto com a sua família em Abril no primeiro sinal de problema. Tem lá estado desde então. John ofereceu-se para me mostrar como é a vida para os deslocados aqui.
JOHN BOSCOE (Tradução): Não temos camas nem nada. Quando aquilo aconteceu, fugimos. Tivemos de deixar tudo para trás. Desde então, pedimos ajuda a amigos. Temos algumas coisas que os nossos amigos nos deram. É sempre assim todos os dias. Bom dia. Dia!
Os deslocados aqui são na maioria do leste e foram ameaçados por multidões do oeste.
JOHN BOSCOE (Tradução): esta é a nossa vida. Queremos sair, mas sentimo-nos ameaçados, por isso ficamos aqui nas nossas tendas. Apesar de ser quente, ficamos aqui porque temos medo.
RAPARIGA (Tradução): Quando as coisas forem melhores, iremos para casa.
REPORTER (Tradução): Mas ainda não estão melhores?
RAPARIGA (Tradução): Ainda há distúrbios no nosso bairro.
REPORTER (Tradução): Todas as noites?
RAPARIGA (Tradução): Sim, todas as noites.
John diz que quando ele e alguns amigos tentaram ir para casa foram atacados, e um deles foi esfaqueado. Mas pior do que o medo é o sentimento de que os deslocados são peões de um jogo político.
JOHN BOSCOE (Tradução): Mesmo esta gente, nossos irmãos, os que actuam brutalmente, queimando e pilhando, mesmo eles sabem que estão a ser usados. Nós nos campos também estamos a ser usados, também somos vítimas. Sofremos demais. Se o governo nos quer matar a todos podem levar-nos para um campo e disparar contra nós. Melhor morrer do que sofrer.
ARSENIO BANO, MINISTRO DO TRABALHO E REINSERÇÃO COMUNITÁRIA: Em todos estes mapas identificamos campos diferentes.
O ministro do governo responsável por gerir os campos é Arsenio Bano. Diz que os deslocados não voltarão para casa até os líderes de Timor-Leste mostrarem alguma unidade.
ARSENIO BANO: Precisamos de ter um um entendimento comum ou um esforço por todos neste país que enviamos uma mensagem sobre como acalmar a situação, porque este não é só um problema sectário – é com mais probabilidade um problema motivado politicamente que o torna tão difícil de gerir no aspecto humanitário.
Fora de Dili passamos por mais milhares de deslocados. Juntei-me ao Programa Mundial de Alimentação da ONU numa visita ao terreno para avaliar as necessidades humanitárias no leste do país. Não são só os deslocados que sofrem aqui. A vida para a maioria dos Timorenses é uma luta nos tempos melhores e as agências humanitárias avisaram de má nutrição frequente mesmo antes da crise corrente.
RASMUS EGENDAL, WFP Coordenador de Emergências: Na WFP fizemos algumas análises e estimamos que cerca de 350,000 pessoas em média por ano não têm acesso a alimentação suficiente para o mínimo de quilocalorias requeridas. Isso significa que não têm alimentação suficiente ou que a família não tem dinheiro para a comprar ou que não produz a comida suficiente.
Esta família é como muitas outras em Timor-Leste. Não têm terra para cultivar, assim raramente comem vegetais, feijões ou ovos. O pai ganha a vida a vender peixe, mas a família só come peixe uma ou duas vezes por mês. O 'alouramento' do cabelo das crianças indica que têm deficiências de proteínas e todas elas estão atrofiadas.
RASMUS EGENDAL: Aquela criança tem sete anos – provavelmente tem o peso duma criança de cinco anos. Não comem o suficiente, não comem a comida indicada para crescerem a nível normal.
De acordo com o Programa Mundial de Alimentação da ONU, quase 10% das crianças Timorenses morrem antes do seu primeiro aniversário. Das que sobrevivem, perto de metade têm peso baixo ou estão atrofiadas e 12% estão severamente má nutridas. O coordenador de Emergência Rasmus Egendal diz que haverá consequências a longo prazo se a má nutrição não for erradicada.
RASMUS EGENDAL: O seu crescimento está atrofiado, o seu desenvolvimento mental não é como devia ser, muitas crianças morrem. Quando vão para a escola, não têm a mesma capacidade de desenvolvimento, assim para uma nação como esta que está a lutar, ultrapassar este período, é um problema sério.
É isto o arroz? O arroz. Já o comeram uma vez hoje?
TRADUTOR: Almoço e jantar.
RASMUS EGENDAL: O que é que comem com isto?
TRADUTOR: Nada mais, só isto – só arroz.
RASMUS EGENDAL: O que é que está nesta panela? Está vazia. OK. Comem alguns legumes com isto?
TRADUTOR: Não, só isto.
Mesmo os que têm terra para cultivar fazem isto. Como os agricultores aqui á volta, esta família enfrenta os dois anos de más colheitas. Esta jovem mão está grávida do segundo filho. Egendal quer que ela visite a clínica local onde pode apanhar suplementos dietéticos e os médicos podem monitorizar o crescimento do bébé.
RASMUS EGENDAL: Ela não vão se não tiver um problema? OK, assim isso não funciona muito bem em termos de crescimento, assim ela não compreende realmente como ir.
Compreenda ou não, custa dinheiro e tempo para chegar à clínica e a sua maior preocupação é arranjar o suficiente para comer cada dia.
RASMUS EGENDAL: Não podemos fazer nada em relação à agricultura pobre e não queremos dar comida de borla, mas podemos dar um programa suplementar, assim as mães – vão às clínicas, e trazemos alguns apoios às crianças e às grávidas e também às que ainda estão a amamentar.
Egendal levou-me a ver a clínica de saúde local. Faz o melhor que pode para responder às necessidades dos locais aqui no leste, bem como dos deslocados de Dili. O primeiro filho desta jovem morreu e agora está grávida do segundo.
REPORTER (Tradução): Está de quantos meses?
MULHER (Tradução): Seis meses.
RASMUS EGENDAL: Ela sabe de crianças. Compreende ela o que tem de fazer?
TRADUTOR: Sim, ela compreende.
RASMUS EGENDAL: Todos os meses?
TRADUTOR: Sim, todos os meses.
RASMUS EGENDAL: Todos os meses na clínica de saúde para pesar, medir a criança.
O Programa Mundial de Alimentação diz que a crise corrente está a fazer duma situação crítica ainda pior.
RASMUS EGENDAL: Se alguma coisa acontecer, se houver qualquer tipo de violência generalizada ou qualquer tipo de choque, este gente pode muito rapidamente entrar numa situação onde cresce a má nutrição a um nível onde as crianças ficam em risco de morrer ou apanhar doenças.
Esta mulher é uma de 300 doutores Cubanos trazidos para Timor-Leste pelo antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri. Diz que ficou chocada quando viu o nível de pobreza aqui.
DOUTORA CUBANA (Tradução): Em 1,000 crianças, quase metade estarão sub-nutridas. Quase metade delas têm problemas de má nutrição. É perturbante encontrar tantas crianças sub-nutridas.
Ela descobriu que os Timorese passaram por tanto, contudo esperam tão pouco.
DOUTORA CUBANA (Tradução): Não conhecem melhor, pensam que a vida é assim. Viver nestas condições sem o mínimo... É difícil vê-las sem saberem que a vida pode ser melhor. Às vezes sentimo-nos impotentes. Não sabemos como ajudar. Muitas vezes não há recursos, assim é duro.
No regresso à capital, encontramos mais deslocados. Em vez de fugirem para um campo de deslocados, estas pessoas foram para a terra da famíia.
RASMUS EGENDAL: 10 pessoas dormem aqui. 10 pessoas dormem nesta casa? É muita gente. E a sua casa foi queimada?
MULHER: Não, só danificada.
RASMUS EGENDAL: OK, só danificada. Imagine só se estiverem aqui quando começar a estação das chuvas.
De volta ao aeroporto de Dili, os deslocados estão também preocupados com a estação das chuvas, daqui a algumas semanas.
JOHN BOSCOE (Tradução): Mesmo agora, estão a morrer muitas crianças. Quando a estação das chuvas começar será pior. Agora está seco, mas quando a chuva começar torna-se uma área de represa. Este lugar é como uma barragem que guarda a água que vem de cima.
Cinco meses depois da violência ter começado, três meses depois de um novo primeiro-ministro estar instalado, e apesar da presença das tropas internacionais, o panorama é ainda amargo para estas famílias. Tem deixado muitas em desespero com os líderes de Timor-Leste.
JOHN BOSCOE (Tradução): Eles não são capazes de resolver o problema e não são capazes de governar o país. Assim a independência – para quê? Mas sou muito emotivo, assim digo que é porque sofremos muito. A vida é demasiado dura. Perdemos demasiados membros da família. É demasiado duro.
Reporter/Camera
DAVID O’SHEA
Editor
WAYNE LOVE
Subtitling
ROBYN FALLICK
JORGE TURINI
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Centro de Notícias da ONU - 4 Outubro 2006
Funcionário de topo da manutenção de paz da ONU avisa de ‘esticar demais’ quando aumentam os números de pessoal de missões
Uma explosão “improcedente” está a acontecer no número e tamanho das missões de manutenção de paz da ONU, com tantos quantos 140,000 membros do pessoal a estarem provavelmente no terreno no próximo ano, disse hoje um funcionário da ONU, avisando dos perigos políticos de esticar demais quando há tantas operações a competirem por atenção.
Jean-Marie Guéhenno, Sub-Secretário-Geral pelas Operações de manutenção da paz, disse aos repórteres numa reunião na sede da ONU em New York que “tivemos o nosso trabalho realmente removido por nós” para gerir o crescimento em tamanho das missões de manutenção de paz, especialmente quanto decorre o planeado destacamento total no Líbano, na região do Sudão, Darfur e em Timor-Leste.
Diz que correntemente há mais de 93,000 pessoas a trabalhar no campo nas 16 missões de manutenção de paz da ONU e em duas missões de construção de paz política que são dirigidas e apoiadas pelo Departamento das Operações de Manutenção da Paz (DPKO).
Uma vez que a Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL) e a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) tiver o seu destacamento completo, e se a Missão da ONU no Sudão (UNMIS) expandir as suas operações em Darfur como foi autorizado, então haverá mais de 140,000 capacetes azuis, oficiais de polícia e pessoal civil no local.
Mr. Guéhenno disse que o custo de governar tantas operações com tanto pessoal está previsto chegar aos $6 biliões e continua a subir.
“Quando olho estes números, de algum modo vejo que são um voto de confiança na manutenção de paz da ONU. Vejo que também é um bom sinal, nalgum senso significa que estão a acabar alguns conflitos porque não se pode ter manutenção da paz no meio de uma guerra,” disse.
“Mas vejo também, e é minha obrigação ver, o enorme desafio que isso representa: o desafio de gestão, para ter a certeza que em todas estas 18 diferentes operações, 18 diferentes processos políticos, estamos atentos a elas, e as apoiamos adequadamente; [e] os desafios muito práticos de apoiar esse número de pessoas, ter a certeza que têm as qualidades certas, que têm o profissionalismo que queremos que tenham, que há uma vigilância adequada em todas as áreas.”
Louvando o trabalho do pessoal no terreno e a trabalhar em operações de manutenção de paz na sede da ONU, apelou à comunidade internacional para se levantar e garantir que jogue um papel apropriado em garantir que cada missão individual receba a atenção que merece.
“Às vezes há a ideia que uma vez que a operação de manutenção de paz está autorizada, então o trabalho muda dos Estados Membros para o Secretariado. Não penso que seja o caso. Com certeza que há mais trabalho para nós, mas isso também significa que os Estados Membros se devem engajar duplamente de modo que os processos políticos que os nossos destacamentos são esperados apoiar tenham resultados.”
Em resposta a perguntas de repórteres, o Sub -Secretário-Geral também sublinhou que estava no meio de um processo para reestruturar o DPKO e a sua cultura num departamento mais orientado para o terreno.
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O Enviado da ONU em Timor-Leste sublinha a necessidade de resolver diferenças
NewsBlaze
5.09.2006
Sublinhando a necessidade de restaurar a estabilidade e a paz em Timor-Leste depois da violência mortal que irrompeu mais cedo este ano, o enviado da ONU na pequena nação disse que todos os Timorenses deviam resolver as suas diferenças nas urnas eleitorais e não através do conflito.
No seu primeiro discurso importante como Representante do Secretário-Geral em Exercício, Finn Reske-Nielsen também reafirmou o compromisso da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (<"http://www.unmiset.org">UNMIT) para promover a justiça na pequena nação do Sudeste da Ásia bem como nas eleições parlamentares e presidenciais planeadas para o próximo ano.
"O foco chave da Missão é assistir este país este país no regresso à estabilidade e a promover a justiça e a paz. É portanto parte central do mandato da Missão ajudar a facilitar o diálogo entre os líderes que levará à reconciliação nacional," disse numa conferência de imprensa na capital Dili.
"Isto não vai ser uma tarefa fácil, mas temos uns tantos instrumentos disponíveis para nos ajudarem a fazer isto. O papel de bons ofícios da ONU será crítico para o nosso sucesso nos próximos meses... Fundamentalmente temos que convencer as pessoas neste paísque o conflito e outras diferenças precisam de se resolver nas urnas eleitorais e em mais sítio nenhum."
Mr. Reske-Nielsen disse que no máximo da sua força a Missão terá mais de 3,000 elementos incluindo civis e pessoal em uniforme. Também enfatizou o importante papel da polícia da ONU na reabilitação da força local, que se desintegrou após a violência em Abril e Maio que envolveu lutas de facções entre os militares e levou à morte de pelo menos 37 pessoas e forçou cerca de 155,000 a fugir das suas casas.
A UNMIT está também comprometida, em cooperação com outros parceiros, a reforçar a integridade do sistema legal, disse, acrescentando que o relatório da Comissão Especial de Inquérito à violência deste ano – que se espera saia algures este mês - será "um passo muito importante na direcção de garantir que há justiça para todos."
Mr. Reske-Nielsen recebeu o cargo de Vice-Representante Especial do Secretário-Geral no princípio do mês passado mas correntemente é o Representante Especial em Exercício depois da partida de Sukehiro Hasegawa no fim de Setembro.
Fonte: Nações Unidas
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sexta-feira, outubro 06, 2006
Notícias - Traduzidas pela Margarida
Por Malai Azul 2 à(s) 10:47
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
5 comentários:
Sua Excelencia o Deputado Osorio Florindo, parece querer que o seu partido, a FRETILIN, apesar de ter muito "money" que vem nao se sabe de onde, ainda receba maior ajuda do Governo que os outros. Nao acha que esta a querer ser ainda mais comilao?. Nao sabe que so as eleicoes eh podem dizer que partido eh grande e que partido eh pequeno? Todos os partidos desde que preencham as condicoes legais para se registarem como partidos politicos, passam a ter iguais direitos. depois das eleicoes sera difrente. Ai sim, os partidos devem ser ajudados com subsidios de acordo com o numero de deputados que elegeu. A azao e simples: as despesas sao maiores quando os partidos sao maiores. Estamos entenedidos Senhor Deputado?
Karreta Estado
Karreta Estado e como eles dividiam os subsidios para os Partidos em Australia ou outro pais democratico?
Por cá, em Portugal o dinheiro é distribuido por CADA VOTO que o partido tiver e só têm direito a subsídio quando tiverem mais de 5% dos votos a nível nacional (nas Presidenciais).
Vamos ver se a comissão de inquérito patrocinada pela ONU vai ter a coragem e ser isenta em relação a todos os intervenientes responsáveis… Não deixa de ser curioso o PR já andar a fazer comentários sobre os eventuais responsáveis...Questão muito importante: Porque é que ele e os seus amigos australianos já têm conhecimento do que está no relatório? (querem saber o dia e quem deu conhecimento?). Por exemplo: no incidentes do dia 25MAI06 há um internacional (querem que diga o nome?) que afirma ter sido as F-FDTL a abrir fogo sobre a PNTL (devem estar a brincar e pensam que são todos parvos). Mas o grande problema são as provas - Filmes dos incidentes, dos encontros e gravações das conversas de alguns conspiradores com o PR e o actual PM, assim como outros testemunhos, que já foram entregues directamente ao Secretário-Geral das NU, porque parece que a comissão não esteve muito interessada (será que foi manipulada pelos jogos de bastidores do PR e do seu chefe de gabinete!?). Não se esqueçam "A VERDADE É COMO O AZEITE, VEM SEMPRE AO DE CIMA". É tudo uma farsa, tendo em vista a impunidade de alguns dos principais responsáveis, que a ONU (manipulada pelos homens das terras dos “cangurus”) não pode patrocinar e lá vai continuar a instabilidade e a desgraça dos timorenses!
O GRANDE OBJECTIVO DAS "BESTAS" DOS AUSTRALIANOS E SEUS LACAIOS É PROVOCAR INCIDENTES E INSTABILIDADE PARA QUE NÃO POSSA HAVER ELEIÇÕES OU ESTAS SEJAM IMPUGNADAS". QUE PENA OS TIMORENSES NÃO ABRIREM DEFINITIVAMENTE OS OLHOS E SE UNIREM PARA CORREREM COM ESSA GENTE PARA FORA DO PAÍS…ANALISEM COM ATENÇÃO E CHEGARÃO À CONCLUSÃO QUE O PR ESTÁ “NUM BECO SEM SAÍDA”. De facto é pena! Sempre disse, que as missões das NU, principalmente a UNOTIL, têm sido responsáveis directa ou indirectamente por quase tudo o que tem acontecido (quer por omissão ou falta de acção). A comissão vai apontar alguns dos responsáveis (arraia miúda) mas os principais, VÃO FICAR IMPUNES!!!!! Como é que já sei? Descansem que não sou bruxo. Para o PR e seus amigos (ou inimigos?) o grande tribunal será a sua própria consciência e o povo timorense. Quem fez acordos com os indonésios na cadeia é capaz de tudo.…Será que já vendeu a soberania dos timorenses? Quais as contrapartidas dos intermediários ou mediadores? Até breve. Continuarão a ter notícias minhas. Primo do RAMELAU
"o PM Horta disse que o Tétum é uma das línguas oficiais de Timor-Leste e por isso os Timorenses devem desenvolver a sua própria língua. Entretanto o Director do Gabinete de Linguística, Adérito José Correia disse que o objectivo do Dicionário de Tétum é para assistir os Timorenses em como usar e falar bem o Tétum."
Ainda bem que Ramos Horta está sensibilizado para a importância do desenvolvimento do Tétum. Com efeito, este dicionário é fundamental como ferramenta de trabalho para qualquer timorense, principalmente os estudantes. O INL e todos os que participaram na realização de mais uma difícil etapa na longa caminhada da afirmação do Tétum como língua adulta estão de parabéns.
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