sexta-feira, outubro 06, 2006

Dos leitores - tradução da Margarida

Estou profundamente entristecido com a degradação continuada da situação socio-política em Timor-Leste.

Os líderes devem meditar e reflectirem sobre os 24 anos de luta pela independência (1975 - 1999), e renovar o compromisso para acarinhar e desenvolver a democracia, e para manterem a liberdade e a independência ganha em 1999 que deveria levar a nação à prosperidade, justiça e paz. Não vendam a liberdade ganha com o sangue e as vidas de gente de Timor-Leste a nenhum interesse estrangeiro, não interessa quão próximos, ou quão poderosos sejam os países estrangeiros vizinhos. O interesse do povo de Timor-Leste deve ser a principal prioridade do Governo. Não deixem que poderes estrangeiros dividam a integridade do povo ao dividir os líderes. Xanana Gusmao, Mari Alkatiri e Ramos Horta devem reflectir nos tempos duros que passaram durante a luta, o sofrimento e o sacrifício do povo, e não deixem que eles próprios se dividam por interesses estrangeiros ou por interesses de poderes deles próprios.

A pobreza pode ser explorada por gangs, mas será mais perigoso se os gangs são explorados e manipulados por estrangeiros ou por poderes estrangeiros.

Como é possível que o partido no poder, o partido da maioria, a Fretilin pudesse ter sido tão facilmente ameaçada, e mesmo atacada por gangs? É inacreditável! A lei deve ser reforçada. Não sigam a o estado sem lei da Indonésia. Levar a julgamento os criminosos contra os direitos humanos é uma parte essencial do reforço da lei. Como Indonésio tenho realmente pena que o Governo de Timor-Leste tivesse dado prioridade a Comités de Amizade em vez do Comité da Verdade e Reconciliação.

A amizade com qualquer vizinho deve ter por base a justiça e a igualdade com o foco principal nos interesses do povo de Timor-Leste.

Quero acreditar que a minha opinião não magoa ninguém.

Gustaf Dupe
Associação do Ministério das Prisões
Jakarta, Indonésia


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Aguentem os cavalos.

Dêmos à ONU o benefício da dúvida. Esperemos entusiasticamente a saída do relatório. Depois disso, comecemos "a cortar gargantas ".

E sejamos realistas, não podem esperar que eles envergonhem a sua própria gente, obviamente. O mesmo se aplica a criticar governos estrangeiros (i.e. AUSTRÁLIA) que teve o apoio total de um membro permanente (lembrem-se de 1975-...).

Não podem, seria suicídio e a ONU caminha numa corda muito fina, mas NÓS PODEMOS.

Com esperança, como eles diziam em 1999, Timor-Leste será um exemplo para ser acompanhado pelo mundo e pela ONU – seria justiça poética.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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