sexta-feira, setembro 01, 2006

Fuga de prisão em Timor-Leste por líder amotinado

Tradução da Margarida.

The Australian
Mark Dodd

Agosto 31, 2006

O líder amotinado de Timor-Leste treinado pelos Australianos Alfredo Reinado estava em fuga ontem à noite depois de liderar uma fuga em massa da principal prisão de Dili somente uma semana depois de a uma nova missão da ONU ter sido dada autorização para tomar o controlo da lei e da ordem no país.

O Major Reinado, uma figura central no motim que forçou a resignação em Junho do primeiro-ministro Mari Akatiri, fugiu com pelo menos 56 outros preos. Soldados Australianos e oficiais da Polícia Federal Australiana estavam ontem à noite envolvidos numa massiva caça aos fugitivos desarmados, que incluem criminosos comuns. Tropas SAS - parte da força de intervenção liderada pelos Australianos enviadas para o país rm Maio - ajudavam na busca usando helicópteros Black Hawk e equipamento para visão nocturna. Um analista estrangeiro de segurança baseado em Timor-Leste disse que o Major Reinado, antigo chefe da polícia militar do país, "podia desaparecer facilmente nas montanhas " se não fosse rapidamente apanhado. "E o priblema é, há ainda muitas armas desaparecidas nas montanhas," disse.

O Major Reinado, que foi acusado por alguma da pior violência em Timor-Leste mais cedo este ano, estava preso com acusações de tentativa de homicídio e ofensas por armas. Foi preso com outros 20 homens no mês passado por causa do seu papel na violência que irrompeu em Dili e à sia volta em Abril. Em Perth na noite passada, a mulher do Major Reinado, Maria - que espera o quarto filho do casal em Dezembro - estava preocupada e chorosa pela segurança do seu marido. Amigos dizem que a Srª Reinado, que não vê o marido desde que fugiu da violência de Timor-Leste com os seus três filhos em Maio, tinha esperanças numa reunião em breve. "Ele prometeu que estaria em casa a tempo do bébé," disse um amigo choroso ao The Australian.

A fuga ocorreu na área de operações dos militares da Nova Zelândia e aconteceu somente uma semana depois de ter sido dada à ONU a aprovação para substituir a missão liderada pelos Australianos para manter a lei e a ordem. Espera-se que a Austrália comece, dentre em pouco, a retirar gradualmente as tropas e os polícias. O guarda da Prisão de Becora Carlos Sarmento disse que os presos partiram vários muros na ala leste da cadeia. Acusa falta de guardas pela fuga, dizendo que muitos não regressaram aos seus postos depois de ter rebentado a violência em Dili. Ontem à noite houve relatos de distúrbios perto da cadeia, que fica num subúrdio do sudeste de Dili bastante afectado pelo desassossego. Entre os que estão em fuga havia mais de uma dúzia dos apoiantes mais próximos do Major Reinado. O antigo guerrilheiro da Falintil Oan Kiak, preso na semana passada por alegado envolvimento em tiroteios com a polícia durante a violência de Maio, escolheu aparentemente permanecer na cadeia. O Major Reinado chegou primeiro à proeminência pública quando desertou do comando da polícia militar com 20 seguidores armados em 4 de Maio, em simpatia com outros 600 amotinados das forças armadas. Primeiro fugiu para as montanhas, baseando-se ele próprio perto da cidade de cultura de café de Aileu, a 40 km a sudoeste de Dili.

Numa entrevista com o The Australian em Junho, o Major Reinado disse que apoiava o Presidente Xanana Gusmão e que se opunha ao Dr Alkatiri, a quem ele acusou da morte de seis manifestantes alegadamente baleados pela polícia. Esta semana, três comandantes de topo da polícia foram suspensos pelo Governo do Primeiro-Ministro José Ramos Horta, e têm pendente uma investigação ao seu papel no fomento da violência. São os comissário da polícia Paulo Martins, o vice comissário de operações Ismail Babo e o vice comissário da administração Lino Saldanha. A fuga ocorreu quando o programa Dateline da SBS levantou questões frescas do Dr Alkatiri do envolvimento Australiano no seu derrube.

2 comentários:

Anónimo disse...

Dr. Alkatiri, nao sejas tao atrevido. Estas a dar o flanco e depois queixa-te. Quem nao deve nao teme, mas as vezes e melhor nao falar muito.

Anónimo disse...

O PM Horta suspendeu os 6 oficiais senioers da PNTL? Como se eles todos sao a base da tramoia do golpe? O que sabemos e que os seis se autosuspenderam porque o PM nao tinha coragem para o fazer.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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