quarta-feira, setembro 20, 2006

A força internacional em Dili apanha 1,700 armas

Tradução da Margarida.

Agence France-Presse - Setembro 19, 2006

O responsável Australiano da força multinacional diz que perto de 2,000 armas foram apanhadas em Timor-Leste num esforço em curso para tirar as armas de fogo das ruas violentas do país.

"Mais de 1,700 armas de fogo já foram reunidas e está em processo a recolha das armas" disse o Brigadeiro-General Mick Slater numa declaração da ONU.

"Milhares de armas tradicionais foram reunidas e destruídas."

Alguns 3,200 elementos foram destacados para Timor-Leste em Maio no meio duma ruptura na segurança na capital, que deixou ao menos 21 pessoas mortas.

Facções de militares e de polícias confrontaram-se em batalhas de rua depois de cerca de 600 soldados desertores terem sido despedidos, enquanto gangs alinhados em divisões do leste e oeste também se confrontaram.

Desde então, a ONU assumiu o policiamento na nação da meia-ilha e as forças de manutenção da paz têm lutado para conter a violência esporádica de gangs, que deixou uma pessoa morta na semana passada.

O Brigadeiro Slater diz que as armas militares têm estado em segurança enquanto que "a maioria " das armas da polícia agora estão encontradas.

A declaração da ONU diz que a Força-Tarefa de Segurança – envolvendo a ONU bem como as forças internacionais - "concordou em organizar uma campanha de recolha de armas trabalhando de perto com as estruturas existentes das comunidades locais ".

Numa recomendação de viagem a Austrália, no Domingo, avisou que Timor-Leste, a mais pobre nação da Ásia, poderia enfrentar uma insurgência com protestos anti-governamentais e desassossego civil esta semana ou na próxima.

Dezenas de milhares de deslocados mantêm-se em campos em Dili e nos distritos que a cercam, demasiado atemorizados para regressarem às suas casas no meio das incertas condições de segurança.

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5 comentários:

Anónimo disse...

Recuso-me determinantemente a acreditar que pessoas como O Presidente Xanana Gusmão e sua esposa ou o ex-1º Ministro Mari Alkatiri tenham estado alguma vez envolvidos em campanhas para agitar Timor-Leste e destruir a sua estabilidade. Todas estas pessoas são heróis da resistência (como esse grande Comandante Somotxo que este ano tive a honra de conhecer em Timor), e estão no governo para honrar a memória de todos os que tombaram para que Timor fosse melhor. Têm obra feita, actos de bravura, livros publicados.
Esta memória dos mortos, mas também as memórias dos vivos, os que por esse mundo fora lutaram e deram o seu contributo de formiguinha para ajudar a que Timor fosse livre pedem agora aos governantes e a Deus, que ajudem o povo mártir de Timor-Leste.
Augusto Joaquim de Carvalho Lança (Sines-Portugal)
Já agora: detesto os anonimatos.

Anónimo disse...

O comandante Somotxo (actual vice-ministro do Interior) é um homem íntegro, de qualidades ímpares e um grande patriota. Timor-Leste precisa de pessoas assim, especialmente neste momento difícil que atravessa.

Quanto aos outros nomes citados, espero que as palavras do colega Augusto Lança lhes cheguem aos ouvidos para que possam reflectir seriamente sobre elas.

As críticas que tenho feito aqui não visam julgar as pessoas, mas os seus actos mais recentes (que são os que nos afectam presentemente). Das pessoas se encarregarão Deus e a História.

Anónimo disse...

Não me parece, sobretudo a pessoas que conheceraqm e conhecem interveniente de monta no processo, que possam neste momento, em momentos anteriores e arriscando mesmo, em momentos futuros, dizer que haverá nomes que deveremos riscar e condenar e outros que deverão ser levazntados!

Mais, acho ignóbil que se diga de viva voz sem se saber a verdade dos acontecimentos (sempre bastante complexos em Timor-Leste... bem como certamente em outros países) que, por exemplo, aquele que sempre deu a cara, o corpo e a alma, seja afinal o grande golpista!

Não será a primeira vez que se poderá assistir a golpadas muito nobres de não menos nobres personaggens...

Que esteve a fazer durante 5 anos um Governo eleito para uma Constituinte, catapultado, por maioria de acordo (tão democratas são os senhores) para um Parlamento Nacional que afinal fez o quê?

Nem a defesa total das estruturas do estado conseguiu - com maioria confortável!

Porque razão deixou resvalar para uma completa confusão aquilo que deveria ser resolvido dentro do próprio aparelho? Não, usou dos seus bons e poderes de serviço para montar (inconscientemente?) a maior das anomalias de um estado de Direito?

É só treta!

A realidade está aí e uns e outros degladiam-se incessantemente. Dividem-se sem construir. Aniquilam-se. Autodestroem-se.

Afinal que andaram todos aqueles que acreditavam no sucesso de Timor-Leste? Especialistas, agora dizem q1ue nunca acreditaram.... Mas que estiveram eles a fazer entretanto? Que ajuda de facto deram para que o mesmo fosse sucesso? Apenas a frente política! Os média. E a realidade?

Anónimo disse...

Anónimo das 10:31:42 AM: está fartinho de saber a quem tem de pedir contas pela confusão: aos seus actuais PR e PM que pôem os interesses Australianos à frente dos interesses nacionais. Que vergonha!

Anónimo disse...

Lá vem a tamagoshi com a cassete.

Para perceber as coisas é preciso encontrar as causas.

E de tanto se arvorar como única herdeira de tudo em Timor, a FRETILIN (a sua liderança) tem que assumir as suas responsabilidades no que se está a passar.

Tivesse governado mais a pensar em todos os timorenses e menos na forma de supremacia do partido, e os resultados teriam sido outros.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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