quarta-feira, setembro 20, 2006

De um leitor

Para além de darem voz a Timor na luta pela independência, alguns jornalistas escreveram livros importantes para se conhecer a nossa história. Deixo para divulgação pelo Timor-Online uma lista de livros de jornalistas portugueses que estiveram em Timor:

ADELINO GOMES, "As Flores Nascem na Prisão". (sobre o primeiro ano da independência)

MANUEL ACÁCIO, "A Última Bala é a Minha Vitória - A História Secreta da Resistência Timorense". (sobre a história das FALINTIL)

MANUEL ACÁCIO, "Timor - Os Peregrinos da Liberdade". (sobre o referendo e os tempos até à independência)

LUCIANO ALVAREZ, "Aquilo que Nunca Se Pode Esquecer". (sobre o referendo)

LUCIANO ALVAREZ E OUTROS, "O Insuportável Ruído das Lágrimas". (sobre o referendo)

HERNÂNI CARVALHO, "Os dias da UNAMET". (sobre o que se passou na Unamet depois do referendo)

ANTÓNIO VELADAS, "Timor, Terra Sentida". (sobre o referendo e os tempos até à independência)

ÁLVARO MORNA, "Timor - Uma Lágrima de Sangue". (sobre o referendo)

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24 comentários:

Anónimo disse...

O melhor livro de todos é o de José Mattoso: "Konis Santana e a resistência Timorense".
A sua leitura devia ser obrigatória para os alunos timorenses do 10 ou 11º ano. O que está ali é uma base extraordinária para a construção da identidade nacional timorense (que como se vê ainda precisa de muito trabalho - as identidades constroem-se com o tempo e com simbolos nacionais:e a resistência timorense é o símbolo maior).
Os valores de que Timor precisa para enfrentar o futuro estão todos lá evidenciados: coragem, trabalho e persistência.

Anónimo disse...

Do que Timor Leste precisa neste momento é, acima de tudo, de paz.
PAZ.
Os políticos timorenses devem todos ter sentido de responsabilidade, no sentido de que acima de tudo está a nação e o Estado independente. Bens tão arduamente conquistados.Com tanto sangue, tando dor, tanta perda.
Timor não pode perder mais.
Está na altura, todos esperam, de enfim ganhar.
Os líderes precisam ter bom senso e muita calma. Usar a cabeça antes de agir e pôr tudo a perder.
Afastar os primeiros impulsos. Os pequenos odios. Não dar relevâncias às pequenas divergências que existem sempre.
O jogo político é salutar mas não vale tudo. A violência não vale. As casas queimadas não são permitidas. O atirar pedras não é admitido. O disparar espingardas é intolerável.
Timor precisa de trabalhar para crescer e ser o que todos sonhamos: um país bom para viver bem.
Só é possível trabalhar e colher frutos se houver paz.Em PAZ.
HAPARA VIOLÊNCIA AGORA!

Anónimo disse...

Foi bonita a homenagem que fizeram ao meu amigo e camarada Álvaro Morna que muita falta nos faz a todos.

Anónimo disse...

Desculpem-me também por nada acrescentar a muita coisa que já foi dita por aqui. Mas aquilo que me parece essencial é que os próprios timorense (sobretudo aqueles que aversos e de costas uns para os outros) cheguem ao final do dia, ao começo do dia, a meio do dia, a meio da tarde, algures, se encontrem. Se reencontrem.

Eu sei que isto é ingénuo, que isto é maobra mas digam lá se há outra possibilidade melhor que só vós, digamos ELES, se encontrem com aquilo que têm que resolver.

Resolver a História, resolver aquilo que ficou para trás, aquilo que muitos pensaram que podia ser adiado para activarem o seu maior desejo - UMA INDEPENDÊNCIA, UMA DEMOCRACIA! Expliquem-me porque razão desavindos agora tentam caminhos sem solução! Expliquem-me porque razão agora, com os meios e a possibilidade de se entenderem.... expliquem-me porque razão todos aqueles e aquelas que acreditarem em vocês se vêem agora na dúvida, na insegurança mas que noutras alturas se mantiveam firmes para que hoje sejam o que de mais nobre pensámos!? Enganámo-nos quando (e só para citar este tempo) em 1999 ninguém que se importava em "perder" tempo para vos ver e quer que não falhasse esse anseio de independência. Qunatos foram os dias, esses dias, meses, em querer ver que aqueles que não vos ligaram durante 24 anos de silêncio... despoletaram uma não permissão de continuidade coagida, agressiva, amputativa... como pensam que alguém se sente ao ver o que se passa recentemente neste país em que todos, ou alguns, acreditaram que poderia ser um sonho?! Porque razão voltam vocês aos escombros da política, aos escombros da manobra, aos escombros da difamação? Quem são afinal vocês? Que querem afinal as pessoas que permeiam a democracia participativa quando afinal essa democracia é apenas usada para intentos, desculpem-me, de cores. De partidos desavenços! É normal que nas jovens democracias as assimetrias se mostrem como senhoras da sua vontade. MAS essa sua vontade é a vontade dos seus discípulos? Onde andam os poderes? Na razã da sua existência? Talvesz. Nos órgãos dos seus próprios partidos? Talvez. Mas e o povo? Onde está ele? Estava ele no Congresso do partido? Estava ele nas decisões? Não, Nunca esteve!

Basilio Araujo disse...

Ainda nao li o Livro de Alvaro Morna, mas o Titulo ja explica (ao meu ver) tudo o que o Alvaro tinha que dizer (salvo erro) sobre o sofrimento do povo de Timor Leste.

Muita gente morreu durante a guerra civil de 1975 (nao sei quem matou). De 1975 a 1980 e tal, muita gente morreram de fome no mato uns so ficaram com pele e osso(talvez porque as forcas da Indonesia nao lhes deram de comer). E segundo as informacoes, a Indonesia matou mais de 200.000 pessoas durante a ocupacao.

Depois da independencia, ainda assistimos o sofrimento do povo. A prosperiedade que tinha prometido pelos algus lideres politicos que cobraram o dinheiro do povo durante anos e anos da resistencia, ainda esta no horizonte quase como uma estrela que nem se pode ver no ceu.

Nem o dinheiro cobrado foi devolvido depois da independencia, e agora, assistimos estes proprios liders a acusarem-se uns aos outros deixando o ze povinho nas tendas que nao o merecem.

O Alvaro escolheu um bom titulo. E a actual situacao so mostra que os Timorenses nao estao prontos para governar como dizem muitos Portugueses agora e preferem mais ser governados doque governar-se a si proprios. Os Timorenses escolham acolher-se num cantinho com lagrimas de sangue a derramar e deixando-os ser governados pelos Portugueses, Indonesios, Mesticos e Arabes do que eles proprios a governarem se a si proprios.

Os meus pais nunca me ensinaram a ser um mendigo, ainda mais um choraminga. O livro do Jose Mattoso: 'Konis Santana...' deve explicar melhor a identidade do povo de Timor, mas a escolha da lingua Portuguese como a lingua nacional de Timor, e Timor como uma nacao independente que nao tem uma propria moeda sua. Ja explica que ja nao existe uma identidade Timorense.

Porque eh que eu tenho que escrever este comentario em Portugues com muitos erros gramaticais, quando eu posso me exprimir melhor na minha lingua materna.

A escolha da lingua portuguesa so indica que Timor ainda opta pela colonizacao Portuguesa (ainda nao falamos do sistema do governoa, as estruturas governamentais, e outros).

Porque eh que eu como Timorense tenho que me tentar a ser um Portugues, quando os pretos em Portugal tambem ainda sao considerados como pessoas de classe inferior?

Nunca me sonhei na minha vida num dia a tentar me ser portugues ou indonesio ou australiano deixando a minha propria identidade.

Eu sou Timorense e nao quero ser independente para depois tornar-me um escravo a lavar os pratos na inglaterra ou limpar os esgotos em portugal ou gastando todo o meu dinheiro para comprar o arroz, sabonete e chinelos da Indonesia.

Eu sou Timorense, nao tenho lagrimas de sangue e sei muito bem que 120 homens da GNR que o pai portugal conseguiu mandar para Timor eh uma ofensa aos Timorenses porque 120 homens enfrentando 10.000 a 20.000 demostrantes sao como uma gota da agua a pingar ao mar.

Os Timorenses nao tem lagrimas de sangue, pois as nossas lagrimas sao identicas como as dos agricultores portugueses que estao tambem a chorar em portugal depois de Portugal ser um membro da comuniade europeia.

O livro do Alvaro so indica como os colonialistas discrevem os colonizados como escravos, pedintes, mendigos, preguicosos e so tem lagrimas de sangue porque passam vida a chorramingar aos pais colonizadores.

Muitos leitores apontam-me como sinico. E admito sim, sinico sou eu, e faco de proposito para manter a identidade Timorense, para nao tornar uma vez mais enganados pelos portugueses, indonesios, mesticos e arabes.

Racista sou nao, enganado nunca serei eu.

Quero ser o proprio rei da minha terra natal com ou sem petroleo falando a minha propria lingua mae - Tetun - e nao um portugues mal expressado como escrevo agora.

Tenho dito.

Anónimo disse...

Meu caro anonimo de Setembro 20, 2006 8:57:53 AM
Cale-se e nao seja racista. Sinico, quer queir quer não, você é mistiço - Não há timorense puro. Se calhar você é mistiço de aborigenes Australianos com alguém de Kesser, ou Solor, ou Alor ou flores...São ilhas de uma arquipélago. O intercambio comercial de outros tempos foi muito forte. É por isso que existem carapinhas em Timor( dos Papuas) Cabelos lisos da Asia, ecaracolados dos Aborigenes , etc, etc...estude mais o passado longincuo de Timor e depois diga'me se quem mistiço. Meu caro mestiço não é só de preto com branco, é de tudo o que mencionei.

Tenho dito

Anónimo disse...

Eu amo o jornalismo Português.
Sou admirador de Adelino Gomes um jornalista com LETRA Grande, o que não quer dizer não res p e ite muito outros.

Maracuja

Anónimo disse...

Iha ema Timor barak que hela iha Portugal no Australia no rai sira seluk mas sira iha orgulho quando sira bolu sira nia aan Timorense. Timor sira nebe ke moris dadauk iha ita nia rai mos apesar situasaun dificil ida nee mos iha orgulho sira bele lao iha liberdade no iha orgulho ba ser Timorense. Ba ami dignidade la falta iha ami nia vida.

Mais Timor balu bolu sira nia aan Timorense mais la bolu Timorense ho orgulho tamba sira prefere integra Timor ba rai seluk por exemplo hanesan Indonesia nune tuir logica Timor oan la sai Timorense mais sai Indonesio. Ema sira nee tuir hau nia analisa ema sira nebe hanesan commentarista Basilio Araujo, mais ke bolu sira nia aan Timorense la iha sentido Timorense iha sira nia laran. Para ita bolu ita nia aan Timorense ita la precisa hare ba ita nia oin ka rasa, tamba hau hare ema balu avo sira Arabia, China ou Portugues ou Angola no Cabo Verde hahalok Timorense liu ema nebe hanesan Abilio ke raan 100% Timor mais ke nia dehan nia Timor oan nia hahalok nia hakarak nia sentido laos Timorense.

Nune se maun Basilio karik iha rai seluk se iha preferensia Timor la ukun aan, diak liu concentra deit ba maun nia rai adoptado hau lahetene iha nebe mais parese Indonesia, e bolu maun nia aan Indonesio.

Crise ida mosu iha Timor iha rais barak, rais balu husi ema nebe iha responsibilidade e moral maximo e hakarak poder maximo, balu nebe oposisaun ka la iha suporta povu nian mais temi povu tun sae, oportunista barak mais aat liu ema balu nebe uluk militia no autonomista ke hakarak Timor moris iha crise para sira bele justifica sira nia politika foer, traidor e moe laiha nebe sira halo iha tempo Indonesia. Ema sira nee maka agora hanesan comentarista Basilio ke continua tuba rai metin kolia povu nia sofrimento mais la hare uluk povu nia sofrimento iha tempo Indoneia nian hanusa mais kontinua faan sira nia aan ba ideologia hakruk aan ba rai seluk. Hanesan hau dehan povu Timor Timorense povu ida iha dignidade maxima.

Hau hakerek ne ho Tetum tamba Timor laos escolha deit Portugues ba lian official tamba tuir nia indentidade historico cultura lusa-Timorense, Tetum mos lingua representado iha constituisaun tuir identidade etnica Timorense que laiha lorosae ka loromonu naran nebe exploitado husi ema nebe hanesan Basilio para fahe Timor para halo sira nia Politica ho intereses ba aan ou continua negar identidade Timorense. Crise ne mosu tamba hahalok individios no minorias ke hanoin Timor hanesan Basilio nia hanoin, tamba ba sira Timor nunca bele sai diak, nune halo Politica foer para estraga Timor.

Sim hau hatene ema balu laran moras tamba Timor ukun aan e la kohi Timor diak nune cria crise nee. E hau hatene ema balu laran moras ho Partido ida nebe iha confianca povu nian. Problema Timor nian laos problema ho “Povu” mais problema nebe mai husi ema nebe temi "Povu" nia naran tun sae, ho nebe hanoin Povu hare sira hanesan symbolo ka maromak ida, mais la konsegue halo demonstrasaun liu 5,000. Povu, Basilio, laos 100 ka 5,000 nebe uluk hakilar hatun Governo no Parlamento. Povu laos jovens sira nebe iha suporta husi kotuk ema nebe hakarak estraga Timor e cordena jovens minorias sira nee sunu uma ka ataka povu nebe refugia iha campos, se maka lahetne ema nebe suporta jovens sira nee ba sunu uma Partido ida nian.

Se maun por exemplo urgulho ba rai seluk hanesan Indonisia, enatum maun nudar ema Indonesio buka para hadia problemas sociais Indonesia nian hanesan hare ba ema kiak barak ke hela iha ponte nia okos. Mais ke ami iha tempo dificil nia laran tamba crise ne, ami etu maran la falta. Timor tamba crise maka hela iha campo deslocados, mais se crise la iha ami nia ema ida la hela iha kaixa nia okos ka ponte okos hanesan o nia maun alin sira iha o nia rai adoptado que crise laiha mos hela iha situasaun miseravel liu Timor.

Anónimo disse...

Apenas um comentário retardado ao senhor Adelino Gomes.

O artigo que o próprio escreve consequência do discurso de Xanana Gusmão deixou-me deveras preocupado.

Adelino Gomes foi a pessoa, que embora não conseguindo eu agora expressar as palavras correctas e transcritas que dele ouvi por algum meio de comunicação por alturas a seguir à invasão da Indonésia sobre Timor-Leste, dizia eu, adelino Gomes baralhou-me com a sua postura. Não percebeu afinal porque razão ou melhor, variadas razões, Xanana Gusmão "atirou" aquele que será certamente um texto bastante polémico (o de 22 de Junho) mas comtemplador de grandes verdades inconvenientes, obviamente, aos visados. A "ajuda" do jornal Público no ataque a Xanana Gusmão é evidente... recorde-se que este mesmo jornal deu desde o início deste blog(alguns dias depois do seu aparecimento) como se dele fosse parceiro... tem-se visto menos agora. Não se percebeu de imediato a "manobra".

Agora atá a Lusa vedou o acesso gratuito às notícias de Timor-Leste que desde 1999 estavam de acesso livre.

Afinal que é que se passa com o jornalismo em Portugal? Não esperava que Adelino Gomes estivesse ao serviço de "interesses", mas claro sou ingénuo.

A verdade aqui também virá ao de cima?

Anónimo disse...

"Timor laos escolha deit Portugues ba lian official tamba tuir nia indentidade historico cultura lusa-Timorense, Tetum mos lingua representado iha constituisaun tuir identidade etnica."

Ha'u mós hanoin hanesan ne'e. Basílio bele uza lian Portugés ka Tetun, tanba lian rua ne'e maka lian ofisial Timor-Leste nian. Maski nia hakerek Portugés kapás tebes.

Portugal lakoloniza Timor-Leste, maibe Timor-Leste maka tenke "koloniza" lian portugés...

Portugal lakohi neocolonialismu. Portugal fó tulun de'it, maski laiha osan barak. Portugal laos rain riku ida. Di'ak liu Timor-Leste bele moris mesamesak, lahanesan sadere iha raiseluk.

Entaun, ha'u hakarak tene Basílio ba dezenvolve liu lian Tetun ne'e no tuir fó tulun atu halo identidade Timor-Leste nian di'ak liu ho liafuan positiva, hanesan comentário dahikus.

Anónimo disse...

Também gostei muito do livro do Professor Mattoso e acho que quem gostou deve ler o livro do Manuel Acácio "A Última Bala é a Minha Vitória", um nome feito a partir da famosa frase do Nicolau Lobato. Este livro mostra bocados concretos dos documentos que o Professor Mattoso fala e tem a grande vantagem de dar voz aos principais comandantes das FALINTIL que sobreviveram à luta. Xanana, Taur, Lere, Falur, Ular, Sabika, Mau Nana, Somotxo e outros mais contam ao Manel Acácio as histórias do dia a dia dos guerrilheiros com as batalhas, esforços, dificuldades, vitórias, sonhos e segredos.
Os livros do Professor Mattoso e do Manel Acácio parece que se completam um ao outro e fazem uma parelha necessária para conhecer a história da resistência do Povo de Timor-Leste.

Basilio Araujo disse...

Ao meu amigo H. Correia, gostei imenso da seu comentario que nao ataca o caracter, mas sim as ideias.

Para a sua informacao, a minha tese da licenciatura foi A MORFOLOGIA DE LINGUA TETUN. Eu combinei com o Benjamin Corte Real quando ele fez Fonologia de Tetun.

A minha tese de mestrado em Manchester, Inglaterra, foi uma critica a Kartini da Indonesia que se submeteu a Holanda para destruir a cultura e a tradicao Indonesia.

E aos meus amigos leitores que me criticam como traidor por optar a nacionalidade indonesia, eu acho que ser indonesia, ou ser portugues ou australiano como muitos Timorenses sao e agora vivem na Australia e Portugal. Nao os deixam de ser Timorenses. Os Timorenses que optam pela nacionalidade Portuguesa e nao querem regressar a Timor, eles decidiram esta opcao por escolha propria e nao por serem traidores.

O que se passa em Timor afecto todos os Timorenses expalhados por todo mundo. Nos somos os diplomatas nao officias que tinhamos que responder as perguntas das pessoas que querem nos descrever como pessoas ingratos que so gostam da violencia.

Quando era ainda membro da IMPETTU, membro da RENETIL como estafeta de Bali - Jakarta, talvez muitos que me chamam por traidor ainda tem medo ou vergonha de atender as reunioes da Fretilin em Portugal. O meu gropo foi os primeiros dinamizadores da luta da Independencia na linha clandestina e eramos nos os antigos alunos do Externato de S. Jose, Balide e da escola Salesiana de Fatumaca que deram face as tropas indonesios e influenciaram e reviveram a luta em Portugal. O meu tio, DR. Alberto Araujo, um filosofo na universidade de Evora, foi o autor que foundou a Associacao Timorense na Diaspora quando muitos ainda tinham vergonha de falar de Fretilin em Portugal. O meu tio tornou depois um autor intelectual dos quadros que trabalhou para a formulacao da CNRT, mas a Fretilin quebrou a estrutura de CNRT por sentir ameacado pela presenca de muitos intelectuais e quadros no corpo da CNRT.

Bispo Basilio Nascimento de Baucau, eh o meu primo irmao (ou primo direito como se conhece em Portugal). Nos da familia temos o orgulho de marcar a presenca como Timorense no mapa mundial defendendo a identidade Timorense.

O meu tio Alberto Araujo optou pela nacionalidade Portuguesa nao por ser traidor ou integracionista de Timor a Portugal. A sua opcao nao os deixa de ser Timorense. A minha opcao pela integracao de Timor a Indonesia nao eh por ser traidor, mas uma opcao que acho melhor para uma ilha de Timor que vive entra dois paises gigantes da Australia e Indonesia. Mas tudo passou, o povo optou pela independencia e agora tods nos temos que aguentar as afensas que os paizes grandes como Australia esta a fazer a Timor entrando num pais soberano num dia para outro sem resistencia da parte de Timor.

Porque? Deixo a resposta aos meus amigos comentadores que defendiam a independencia.

Porque eh que o Xanana nao pode declarar o Estado Sitio (desculpe pelo erro) ou dissolver o parlamento? Porque o Xanana nao tem as forcas armadas na mao para proteger a nacao. Porque a FDTL em Timor nao eh uma forca da nacao, mas uma forca de um Partido porque ainda se identifica como FALENTIL.

Aos meus amigos do partido governante, nao lavam as maos e atirem as culpas aos outros. Deixam de fazer propagandas baratas a dizer que o grupo da autonomia eh que esta a estragar a situacao. Diga-me la entao. Se os autonomistas tem o poder de controlor a situacao, quem eh afinal a maioria? Ou a Fretilin manda ou nao manda. Ou a Fretilin eh a Maioria ou nao eh. Eu acho que o Reinado nao eh um Autonomista, por amor de Deus, eu acho que o Fernando Lasama nao eh um autonomista, por amor de Deus, alias o Fernando Lasama com o grupo clandestino da RENETIL foi os que deram vida a luta da independencia de Timor, foi o nosso grupo de RENETIL que infiltrou os jornalistas estrangeiros para encontrar com Xanana no mato. Nao vou aumentar mais a ladainha, porque ha muito para contar e quanto mais escrevo, firo cada vez mais os leitores que nao gostam da verdade, em ingles diz-se: 'The Truth Hearts' (nao sei como dizer em Portugues).

Nao tenho medo de me identificar pois, sou Basilio Dias Araujo, antigo aluno Salesiano de Fatumaca, antigo aluno de Esternato de S. Jose (5to ano), e de Manchester Metropolitan University (1995/1996), primo direito do Bispo Basilio do Nascimento.

Ser indonesio, portugues ou australiano, nao me deixa de ser Timorense e nao me torna traidor, pois a minha opcao nao foi escolhida e a historia acabou em 1999. Ninguem pensa em tornar Timor Leste integrado a Indonesia com este estado oficial actual de um pais soberano. Talvez so os propagandistas falhados que gostam de usar esta razao para tapar as suas incapacidades de governar Timor e atirar a culpa aos outros.

meus melhores cumprimentos a todos os leitores e comentadores.

Basilio Araujo

Anónimo disse...

Basílio não acha que as suas ieias neste blog chocam com a posição que ocupa na embaixada Indonésia em Portugal?

Anónimo disse...

as suas IDEIAS, quero eu dizer

Anónimo disse...

Tomo a liberdade de vos lembrar alguns bons livros de leitura:
1)O primo Basilio;
2)O fidalgo da casa maputista;
3)Judas Eltiri;
4)Los cinco pisteiros;
5)Porcos a voar;
6)Uma no cravo outra na escravadura;
7)A insanidade do Fidelinho;
8)Quem com ferros mata;
9)Toma la para aprenderes;
10)Para a proxima levas mais.

Henrique Letudo

Livraria e papelaria "Esquina da leitaria"

Anónimo disse...

Hahahaha....essa eh boa!

Anónimo disse...

Ao anónimo das 4:06:07 PM

Concordo inteiramente consigo, os dois livros completam-se. Se juntássemos a capacidade de investigação e interpretação histórica do professor Matoso com a capacidade jornalistica do Manuel Acácio que convenceu os comandantes das Falintil a revelar segredos e histórias saborosas tínhamos o melhor livro já escrito sobre a resistência. Resta-nos ter ambos os livros como se fossem dois volumes da mesma obra. É pena o do professor Matoso ser tão caro, mas felizmente o livro do Acácio é muito barato.

Anónimo disse...

Caro Basílio:

Perante o seu currículo, eu é que fico envergonhado pelos erros do meu Tétum...

Você conquistou a minha admiração só por saber que se dedicou a estudar o Tétum. Infelizmente, vemos com frequência gente que critica o Português sem contudo se ralar muito com o desenvolvimento da outra língua oficial de Timor.

Sabendo isso, e lendo as suas ideias, chego a uma conclusão (sempre a mesma): você e tantos outros timorenses querem o mesmo objectivo, o bem da querida terra de Timor. Nisso acredito que seja tão timorense quanto todos os outros. Pena é que estejam demasiado divididos pela divergência quanto aos caminhos para lá se chegar.

Uma pessoa com o seu currículo e as suas ideias faz imensa falta a Timor-Leste. Tal como outros que estão no estrangeiro, de diversas opções políticas, gostava que pudesse ocupar o lugar que lhe pertence na (re)construção do Timor-Leste independente, desde que de boa-fé.

Sei que é muito difícil, senão impossível, mas é um desafio que gostava de lançar.

Os meus cumprimentos

Anónimo disse...

Hau lao diplomata hanessan H. Correia. Hau le Abilio nia commentario barak iha nee e nia hakarak sunu deit Timor ho nia lia fuan loromonu lorosae, governo la hatene etc. enquanto nia iha Indonesia ka Portugal e hatene ke problema no crise nee tamba Golpe do estado ida.

Hau la precisa hatene saida maka nia tio ka nia primo ka nia kolega halo ba Timor , hau hatene ke Abilio hanesan integrationista sira la hatene nunca hakarak moris ho indonesia nebe oho sira nia familia baku sira nia oan, estraga sira nia alin feto. Nune ema hanesan Basilio moris iha principio ida nebe diak ba nia bolsu ho nia aan rasik e laos ba povu Timor sira. Bufu simples ida iha tempu Indonesia simo osan diak compara ho Timor sira, imagina tok ema nebe halo Politica Indonesia nian. Nune hau usa afirmasaun ke ema hanesan Basilio traidor tamba nia faan Timor ba Indonesia. Keta kompara aan o ho ema nebe iha Australia ka Portugal tamba sira barak la faan Timor ba Rai seluk. O faan tia ona o nia alma ba Indonesia.

Ita la precisa ema hanesa Basilio, Imercio Carvalho ka Rui Lopes mai provoka taan problemas iha Timor.

Anónimo disse...

h correia sayd 3:31:46 AM:
Basílio Araújo "Uma pessoa com o seu currículo e as suas ideias faz imensa falta a Timor-Leste."

Não H Correia, Timor não precisa de pessoas como Basílio Araújo. Nós conhecemos este homem: ele foi o rosto civil das milícias que arrasaram Timor-Leste depois do referendo. Ele fez parte do movimento integracionista que financiou e geriu os grupos de milícias. Ele não se pode desculpar com ingenuidade política ou falta de experiência - razão apontada quando se fala dos assassinatos políticos cometidos em 1975.
Basílio Araújo era um dos principais dirigentes do movimento que comandava as milícias. Não sei se ele matou directamente alguém, mas dado o papel que desempenhou ele é responsável pelas mortes e pelo desaparecimento de inúmeros timorenses que só cometeram o "crime" de participar no referendo.
Basílio Araújo pode aparecer aqui vestido com pele cordeiro, mas ele TEM AS MÃOS SUJAS DE SANGUE INOCENTE. Em qualquer tribunal internacional ele seria considerado um criminoso de guerra.

Anónimo disse...

Obrigado pelas vossas opiniões. Eu queria só esclarecer que, independentemente dos erros que possam ter cometido, Basílio Araújo ou outros deveriam voltar a Timor, mas só DE BOA-FÉ, tal como eu havia dito. Tenho pena que os timorenses tenham sido divididos irremediavelmente, por diversas razões, mas recuso-me a acreditar que a reunião é impossível. Claro que a minha ideia é utópica mas não sou ingénuo e acredito que Basílio Araújo tenha as mãos sujas, embora não pretenda aqui julgar ninguém.

Quem pecou contra o seu semelhante deve pagar por isso. Apenas acho que todos os timorenses que estejam sinceramente arrependidos devem também ter um lugar neste novo país, que devia voltar a ser o Timor de todos os timorenses.

Enquanto isso não acontece (se é que vai acontecer algum dia), pelo menos o facto de podermos estar a dialogar civilizadamente aqui já é muito positivo.

Anónimo disse...

I agree with you H Correia in the sense that Timor must be a tolerant society. Basilio is entitled to his opinion, it is disappointing that some of his comments are inflammatory, it is fortunate that this is only a blog.

In my opinion many Timorese did take the utopian view where it was thought the reconciliation process will forge a more united Timor Leste where the past occurrences will set aside for the betterment of Timor Leste. The reconciliation process however had its shortcomings, in that individuals like Basilio were not held accountable for their actions in 1999. In terms of being accountable I am of the same opinion as anonymous Quinta-feira, Setembro 21, 2006 10:43:30 PM where I believe that those who were involved politically contributed to the crimes committed in 1999. I am not suggesting that Abilio is guilty of the horrendous crimes committed in 1999 by the Militia being accountable is by presenting a true account of the involvement of Militias and those providing the Political support which play hand in hand in the crimes committed.

Should the likes of Basilio Araujo or any other Integrationist Political figure be found to have no connections with the Militia then we can take a more objective view of working together and integrating them into the development and betterment of Timor.

Again it is my opinion only the main flaw of the reconciliation process is where we have missed the opportunity to move forward the great work CAVR has done in recording the events of 1975 to 1999 to use the information to promulgate Justice. I think the whole CAVR process was more looking at finding/recording the truth and did continue and initiate a process of reconciliation where Justice is imperative where crimes are committed.

I think our inability to take those involved in the crimes of 1999 wether it be a political involvement or militia murders to court is significant in our failure today to control the likes of Inercio Carvalho, Rui Lopes and to some extent Basilio Araujo from inflaming the current crisis.

Anónimo disse...

I WILL GO FURTHER BACK TO THE PORTUGUESE ERA BECAUSE THEY CREATED ALL THAT SITUATION IN 1974/75, RUN AWAY AND DID NOT HAVE THE GUTS TO SOLVE THE PROBLEM UNTIL JAIME GAMA'S TIME.
IF WE START THERE/UDT/FRETILIN/INDONESIA ETC... I WILL AGREE 100%.

Anónimo disse...

I agree with you both:

Justice is imperative in TL

and...

We should go further back to 1974/75 and track all the Portuguese responsibles (something very hush-hush even today in Portugal, from the Left to the Right).

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.