quarta-feira, junho 28, 2006

Carros com portugueses e brasileiros apedrejados em Díli

Lisboa, 27 Jun (Lusa) - Dois carros, um com portugueses e outro com bra sileiros, foram hoje apedrejados no centro de Díli, numa zona onde manifestantes anti-governo instalaram várias barreiras para tentar controlar a passagem de vi aturas.

Um dos portugueses envolvidos no incidente, de que não resultaram feridos, explicou à Lusa que o apedrejamento ocorreu à noite (hora local), na rua ond e se situa a sede da Caixa Geral de Depósitos, em Díli.

"Deparámo-nos com uma barreira e como não podíamos passar virámos à dir eita. Fomos logo apedrejados por algumas das pessoas que estavam na barreira e q ue usavam um documento de identificação ao peito", disse, referindo-se a element os da segurança dos manifestantes.

Contactado telefonicamente pela Lusa, a mesma fonte, que pediu para não ser identificada por razões de segurança, disse que seguiam três pessoas no carro, que estava identificado com a palavra Portugal e cujos vidros ficaram partid os.

Fonte da embaixada brasileira disse à Lusa que dois cidadãos brasileiro s foram igualmente apedrejados em incidentes idênticos que ocorreram nas imediaç ões do Parlamento Nacional, no centro da capital timorense.

As forças de segurança internacionais foram hoje chamadas a intervir em vários incidentes em Díli, tendo a GNR detido uma dezena de pessoas por tentativa de assalto a residências ou apedrejamentos.

ASP.

13 comentários:

Anónimo disse...

Palavras para quê.....

Anónimo disse...

Os acontecimentos das últimas estão a fazer esboroar o apoio... que foi decisivo para a vitória diplomática conseguida com os acordos de 5 de Maio que levaram à realização do referendo de 1999... que a causa timorense conseguiu em Portugal. Já se voltaram a ouvir vozes de pessoas influentes, repetidas depois nas conversas de café, a dizer que Portugal... que é o principal doador de Timor-Leste... devia acabar com o investimento em Timor. As lideranças timorenses deviam perceber que estão a perder a simpatia da comunidade internacional que foi... e que poderá voltar a ser... muito importante para a Nação Timorense.

Anónimo disse...

Os acontecimentos das últimas SEMANAS estão a fazer esboroar o apoio... que foi decisivo para a vitória diplomática conseguida com os acordos de 5 de Maio que levaram à realização do referendo de 1999... que a causa timorense conseguiu em Portugal. Já se voltaram a ouvir vozes de pessoas influentes, repetidas depois nas conversas de café, a dizer que Portugal... que é o principal doador de Timor-Leste... devia acabar com o investimento em Timor. As lideranças timorenses deviam perceber que estão a perder a simpatia da comunidade internacional que foi... e que poderá voltar a ser... muito importante para a Nação Timorense.

Anónimo disse...

o apedrejamento não foi inocente. os manifestantes organizados pelos rebeldes apoiados em Xanana Gusmão estão com um pó imneso aos portugueses e brasileiros por estes nunca terem abandonado o país e, inclusivamente, ter sido por eles que a administração pública não colapsou em definitivo.

as ordens são claras, intimidar os lusófonos a sair de Timor-Leste...

com o tal governo de iniciativa presidencial a língua portuguesa acabará em Timor-Leste...

Ainda ontem, José Ramos Horta dava o mote quando destacava as capacidades de Arsénio Bano como sendo um bom falante de língua inglesa... mas Arsénio Bano não se deixa comprar...

é bom que a embaixada portuguesa se faça ouvir e passe a ter um embaixador com alguma coisa nos sítio, já agora dava jeito, não acham?

Anónimo disse...

Estes são os apioantes e seguidores de Xanana... É preocupante...

Anónimo disse...

Aqui está o outro lado da bandeira australiana que os manifestantes apoiantes de Xanana transportam.
O que não se consegue com a "esperteza" consegue-se com a violência.

Anónimo disse...

Anónimo das 03:47

Deixe-se de idiotices. O apedrejamento foi devido ao clima de nervosismo que reina entre os manifestantes hoje à noite e não foi dirigido especificamente a portugueses ou brasileiros.
Outros carros portugueses circularam na mesma zona, também hoje à noite e nada lhes sucedeu. Quem tem assistido de perto à manifestação sabe perfeitamente que não há, nem nunca houve intimidação alguma aos lusófonos.
Das duas uma - o senhor (ou senhora) ou é um tonto ou é um nojento.

Anónimo disse...

Parece que o anónimo das 5:14 AM é que está apanhado de nervoseira. Se eles antes nem se importaram de queimar carros do Estado Timorense quer-nos agora convencer que tinham consideração pelos carros dos cooperantes que até estão a trabalhar para o Estado Timorense?

Anónimo disse...

Margarida,
Não é uma questão de ter ou deixar de ter consideração. Volto a repetir que outros carros claramente identificados como portugueses circularam à mesma hora e no mesmo local e nada lhes aconteceu.
A situação está ao rubro e não me parece nada bem que se venha agora fazer insinuações que esta ou aquela facção persegue lusófonos - é falso e contraproducente.
Os meios não justificam os fins.

Anónimo disse...

"Os fins não justificam os meios"

Peço desculpa, já é tarde...

Anónimo disse...

O anonimo das 5=14 tem razao.
Em uma situaçao de estresse esse tipo de acidente, apesar de lamentável, é passivel de ocorrer.
Cabe aos timorenses de boa vontade contribuirem para reduzir esta tensao. Podemos começar por este blog que escreve uma página importante em prol da democracia.
Amigos, serenidade.
Alfredo
Brasil

Anónimo disse...

Anónimo das 6:19 AM: eles perseguem todos, eles não têm é capacidade para a todos visarem, nem interesse em visarem todos. Basta-lhes lançar a confusão. E desta vez qual é a desculpa? Nenhuma, como exactamente não tiveram nenhuma nas vezes anteriores: eles limitam-se a cumprir ordens. E as ordens são: armarem confusão, lançarem o caos, amedrontarem as pessoas.

Primeiro fizeram-no com o objectivo de dar pretexto à vinda das tropas Australianas para solo Timorense, agora o objectivo é a continuação e se possível o aumento do número de tropas Australianas no solo Timorense.

Porque o que eles ( melhor, os mentores deles) o que têm em mente é a preença permanente de bases Australianas em Timor-Leste. Para proteger o "seu" petróleo (que não é seu é todo dos Timorenses) e para evitar que o Estado Timorense acautele os seus interesses comerciais diversificando as relações económicas com outros países. Eles, os Australianos querem ser eles a decidir da governação de Timor-Leste e os que nas ruas lançam o caos estão a trabalhar para tornarem permanente a presença das tropas Australianas aí.

Anónimo disse...

Calma e serenidade ajudam a avaliar melhor a situação.
Parece que dada a forma como ocorreu o apedrejamento não tivesse sido especificamente dirijido aos portugueses.
Há que confirmar se a atitude foi propositada ou um engano. Não será?
O anónimo das 7:23 tem razão. Tudo indica que estão com pavor do chineses! Mas pergunto, qual é a alternativa que os aussies estão a dar aos timorenses? Não negoceiam as fronteiras para não entregar o petróleo e gás natural aos legítimos donos; os dividendos do petróleo extraído não são justamente repartidos; não dão auxílios (financeiros ou outros) para o desenvolvimento de T-L.Mandam tropas.
Que é que estão à espera? que este povo morra de fome e miséria com as armas apontadas às suas cabeças e ajoelhados a seus pés?
Deveriam, pelo menos, contar com o orgulho maubere!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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