domingo, maio 27, 2007

Ramos Horta e Xanana Gusmão defendem união nacional timorense

EFE - 25 Maio 2007 - 03:33

Díli - O presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, e seu antecessor no cargo, o candidato a primeiro-ministro Xanana Gusmão, pediram hoje ao povo timorense que restabeleça a união nacional, um ano depois da morte de 11 policiais num combate com tropas do Exército, um momento crítico da crise que ainda afeta o país.

"A união nacional se rompeu no ano passado e agora nós, timorenses, temos a obrigação de curar as feridas e de nos unir a nossos irmãos e irmãs para voltarmos a ser o povo que éramos antes da crise", disse Ramos Horta.

"Não devemos culpar uns aos outros. Devemos reconhecer o erro de todos nós e aprender a lição desta crise, para que ela não se repita no futuro", acrescentou o prêmio Nobel da Paz de 1996.

Uma cerimônia oficial em Díli recordou o confronto entre membros do Exército e da Polícia.

Daqui a quatro dias começa a campanha para as eleições parlamentares de 30 de junho.
Autoridades e observadores internacionais temem que a violência possa se agravar devido à disputa eleitoral.

"A situação é de estabilidade na maior parte do país, mas temos que dizer de maneira honesta que há algumas áreas do território onde temos problemas", admitiu ontem o primeiro-ministro interino, Estanislau da Silva.

2 comentários:

Anónimo disse...

Então foi só no ano passado que a “união nacional” se rompeu? Quando em 2002 queimaram atacaram polícias e saquearam e queimaram o posto da polícia em Baucau e depois o então PR, no meio da confusão veio dar força aos desordeiros pedindo a demissão do então Ministro do Interior (o que os encorajou a queimarem a casa do Mari) não começou logo aí a romper-se essa fantasia da “união nacional”? E depois em 2005, com essa inacreditável manifestação dos bispos e padres com exigências de demissão do Mari, atendidas pelo Embaixador dos USA e onde tanto o antigo como o actual PR tiveram as posições dúbias do costume, não foram mais facadas nessa treta da “união nacional”?

E houve alguma paragem nas atitudes provocatórias e divisionistas do XG e de pau de dois bicos do RH não só em relação ao governo como também em relação ao Parlamento e mais grave ainda também em relação às F-FDTL?

Mais ainda, alguém me pode explicar o que é isso e qual a virtude da tão badalada “união nacional”, que parece que só serve para cobrir provocadores e acções provocatórias? É que os Timorenses não são todos “culpados”, a grandessíssima maioria deles são vítimas de crimes e acções provocatórias alheias. Deixem-se de frases ocas e encarem mais é a realidade e levem à justiça todos os perpetradores dos crimes cometidos.

Anónimo disse...

Esta notícia tem um sabor a piada. Para quem está a par da História de Portugal, é hilariante ouvir RH e XG agitarem a bandeira da "união nacional" como argumento de marketing político.

Para aqueles que estão por fora, eu explico: "União Nacional" era a única organização política autorizada por Salazar, onde o regime do Estado Novo planeava estratégias, definia linhas de actuação e escolhia nomes. Anti-democrata assumido e avesso a partidos, Salazar entendia que tal organização reflectia as ideias colectivas do povo português, daí o seu nome.

Conceitos ingénuos como este ainda se podem contextualizar nos anos 1930, quando Salazar chegou ao poder, época em que estavam na moda os regimes ditatoriais e paternalistas. Mas ver isso ser repescado como manifesto eleitoral dos dois primeiros Presidentes de um país que se intitula "República Democrática" em pleno Séc. XXI, só dá vontade de rir (ou de chorar, conforme o ponto de vista).

Coincidências?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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