segunda-feira, novembro 27, 2006

Resposta a um comentário de leitor

Comentário deixado por um anónimo no post: E entretanto a UNPOL "mostra serviço" em frente a bares de malais":

"Em primeiro lugar, não é verdade que a polícia australiana costume escolher primacialmente bares com clientela maioritariamente portuguesa. O Motions, por exemplo, tem um público bastante eclético, mas tendencialmente australiano, e também costuma ter polícia à porta.

Em segundo lugar, não invalidando a postura algo arrogante de muitos australianos, armados até aos dentes como se estivessemos em plena guerra, importa não esquecer que muitos portugueses costumam adoptar uma postura provocante, procurando esticar até ao limite essa fina linha que delimita a provocação do desrespeito. A maneira, por exemplo, como muitos portugueses conduzem nas estradas de Dili, sem atenção nenhuma à sua própria segurança e a de outros (as pedras que voam ocasionalmente não justificam muitos excessos), é rerepresentativa disso mesmo.

Há muitos portugueses em Dili que nunca tiveram quaisquer problemas com as autoridades australianas. E isto porque sempre souberam reconhecer o seu papel enquanto "autoridade" sem deixar que aquelas cometessem abusos.

Por último, a portuguesa em causa é conhecida pelo seu historial de agressões. Entenda-se, diversas pessoas já lhe tentaram "partir a cara" nos últimos anos. Muitas vezes com razão, dada a sua atitude mal-educada e arrogante."

Sobre o comentário do anónimo:

1. Nunca houve um auto-stop à porta do Motions, desde que abriu. Os polícias costumam estar lá dentro, não à porta.

2. A postura arrogante a que se refere dos portugueses deve ser a atitude de indignação face à incompetência de determinados elementos das forças de segurança australianas.

Os “arrogantes”, testemunharam vários episódios em que as forças australianas, impávidas e serenas, não evitaram as cenas de violência com que se depararam à sua chegada.

Testemunharam como a polícia australiana agrediu e usou meios desproporcionados contra os campos de deslocados que tinham sido atacados em vez de irem no encalço dos agressores…

E (deve ser arrogância), sentem-se indignados face à passividade da UNPOL, em relação ao seu dever de recapturar (pelo menos um!) os evadidos da prisão de Becora.

Quanto à alegada velocidade com que alguns portugueses conduzem à noite (que não é crime), parece-nos preferível a ser morto como o cidadão brasileiro, que seguiu as regras e não o faz. As pedras e setas “ocasionais” já provocaram mortes, pelo que menosprezá-las é ridículo e mostra uma falta de conhecimento da situação.

3. Não há nenhum historial de agressões em relação aos portugueses ou, à portuguesa, envolvidos no incidente de Sábado à noite. Nem nunca ninguém tentou lhes “partir a cara”, por muito que o autor deste comentário, provavelmente gostaria que isso acontecesse.

Se alguém tentou, deve ser muito incompetente, porque nunca deram por isso.

Esses portugueses nunca saíram de Timor-Leste durante a altura da maior violência e mesmo assim, nunca se viram ameaçados ou agredidos por ninguém.

Este tipo de comentário vindo de um português, em vez de se sentir indignado com alguém que foi sujeito a uma agressão, e que legitimamente apresentou queixa, mostra bem como são capazes certos portugueses de atitudes mesquinhas, motivados pela velha invejazinha à portuguesa.

Faz lembrar o episódio infeliz do envio por parte de portugueses, de um relatório da UNPOL para o jornal “Expresso”… sobre outro português.

Por último, temos a dizer que não compreendemos como se pode considerar algum dos portugueses envolvidos no incidente, como mal-educados. Pelo contrário, parecem-nos pessoas muito civilizadas, ao contrário do autor do comentário que não lhe ensinaram de pequenino, que nada justifica a violência e que acha normal alguém querer partir a cara a uma mulher, porque a considera arrogante ou mal-educada.

Mas como sempre, já cá faltava um intriguista do costume a dizer mal de outros portugueses…

Vigaristas.

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8 comentários:

Anónimo disse...

invejoso!

Anónimo disse...

Ainda vao dizer que malai bateu no policia de 1,90.

E aposto ser portugues!

Anónimo disse...

invejoso nao porque tambem havia policias fardades la dentro a beber!

Anónimo disse...

o policia confundiu-os com o reinado!

Anónimo disse...

em cada esquina um portugues muito amigo!

aposto daquels que tem desprezo por timorenses ao coontrario dela!

Anónimo disse...

Nao lhe partiram ainda a cara, porque coragem so tem aqui escondidos como anonimos, a dizer mal de outros portugueses por inveja.

AS vezes tenho vergonha de ser portugues.

Anónimo disse...

Aposto que o relatorio da unpol ainda vai parar ao Expresso.

Nao tenho vergonha de ser portuguesa mas de determinados portugueses, que tambem sao sempre os mesmos.

Anónimo disse...

Na veddade quem escreve tal comentário está morto e roído de inveja pela pessoa em causa. Quero crer que quem escreveu a dizer mal da agredida seja um timorense bem português - daqueles que ussufruem das duas nacionalidades. Os tais que são tão timorenses que até votam e não querem 'portugueses' por perto, mas quando chamados a pronunciarem-se nos aeroportos puxam do passaporte português e já no páis dizem-se no direito de intervenção cívica total (até está certo, somos verdadeiros democratas). Mas tenho a dizer que em boa verdade os australianos não têm tido o prazer dos prazeres do aconchego das feto tuga. Por sua vez as feto australianas já se podem gabar de serem bem tratadas pelos tugas ao rubro.Quem sabe se está aqui a resposta... não somos ecléticos, somos latinos quentes e muito bons.
Quanto à arrogância da pessoa em causa... digo antes Rainha da Ironia. Acho-lhe piada. Aos australianos não e aos portugueses armados em timorenses da diáspora também não.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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