16.09.2006
Porque Pecamos?
Quando falamos de reconciliação não podemos saturar o termo. A reconciliação deve imperar sobre a não conciliação, mas não deve ser palavra e forma para apagar as asneiras. Seja dizer que não poderemos ancorar sempre os maus actos com base numa resolução de reconciliação.
Numa sociedade de direito democrático, onde as regras estão definidas e claras através da Constituição da República e das Leis que a encorpam, não se pode permitir que se atropele a Lei com base na “Reconciliação”. A nossa sociedade só o conseguirá ser se afirmado o “edifício da democracia”. A lei e ordem têm de ser cumpridas por todos sem excepção. Num sistema democrático a ignorância da Lei significa um passo para se entrar na ilegalidade do sistema..
Logo, na questão da reconciliação, sobressairá sempre a permanente duvida sobre a força rectificativa do resultado alcançado. A reconciliação deixa efeitos retroactivos que a seu tempo se farão sentir – isto se não for alcançada com o caminho da justiça e da paz.
No termo em si, Reconciliação, remete-nos para “a ideia de reatamento das relações, ou do diálogo, entre duas pessoas que supostamente são ou estão inimigas”. “A Reconciliação deve ser o momento de encontro do amor de Deus, amor misericordioso que nos impele ao compromisso de não mais pecar”, então qual a razão de continuarmos a pecar? Simplesmente pela razão de usarmos e abusarmos da Reconciliação. Nem mais. A reconciliação deve surgir em momentos certos da nossa vida e não como remendo para o dia-a-dia da vida. A Reconciliação não pode conduzir-nos à facilitação de repetição do erro, como lavagem da consciência. Quem promover a falsa reconciliação terá o ónus das falhas seguintes. A cada repetição a gravidade sobe de tom.
Numa Democracia plena a Reconciliação é necessária, mas não poderá nunca servir para esquecer a crueldade do erro propositado ou negligente. O nosso país só dará passos em frente quando em definitivo aprender e respeitar o significado de Democracia para que aí sim se aplique nos domínios relacionados com a reconciliação, como sendo a justiça e a paz.
Como tal precisamos de Justiça e de Paz. Desta forma teremos a reconciliação no fortalecimento de um sistema Democrático e no encontro imediato com o perdão.
JNSemanário.
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domingo, setembro 17, 2006
Editorial - Jornal Nacional Semanário
Por Malai Azul 2 à(s) 19:30
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
5 comentários:
Reconciliação presupõe justiça e uma boa dose de renuncia.
Alfredo
brasil
Reconciliação foi sempre o que defendeu Xanana Gusmão. Coisa que a FRETILIN nunca admitiu, provando-o, que se reconciliava com todos aqueles que dela foram vítmas... reconciliem-se, não têm outra solução!
Julgar os crimes? Sim, de outro modo não mais haverá paz. Comecem por vós mesmo.
Onde esta a reconciliacao? Gastou-se tanto dinheiro para nada! Todos nos assistimos o que eles provocaram nesses ultimos meses. O Nemecio de Carvalho e o Rui Lopes sao apenas exemplos visiveis, os milicias nao se reconciliaram com o nosso Povo, reconciliaram-se sim apenas com o Xanana. Lado a lado em comicios anti-governo e anti-estado timorense o Xanan declarou para todo o mundo ouvir "ganhamos esta guerra"! Eh no minimo nojento!
Leiam o artigo com atenção. Não podemos governar um país com "reconciliações".
Lemos Pires foi o precursor dessa política da "reconciliação" e o resultado já sabemos qual foi: perdeu o controlo da situação e fugiu em debandada.
Lemos Pires não teve foi coragem de correr com os 3 Majores do MFA logo que eles aterraram em Timor. Se o tivesse feito, Timor não estaria como está.
Receou a reacção do MFA de Lisboa e do COPCON.
E depois foi o que se viu.
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