sexta-feira, agosto 18, 2006

O Enviado da ONU em Timor-Leste dirige reunião sobre eleições

Tradução da Margarida.



Sexta-feira, 18 Agosto 2006, 10:42 am
Cumunicado de Imprensa: Nações Unidas

O Representante Especial da ONU
para Timor-Leste Dirige Reunião Eleições
New York, Agosto 17 2006 3:00PM

Como um primeiro passo para ajudar Timor-Leste a realizar eleições justas e livres no próximo ano, o Especial Representante do Secretário-Geral nesse país, reuniu hoje num encontro os maiores partidos políticos para negociar uma nova lei que dirija essas eleições.

Políticos representando 17 partidos discutiram duas propostas rivais, uma do partido no poder, a Fretilin, e a outra de membros dos partidos da oposição. Um conselheiro eleitoral do Programa de Desenvolvimento da ONU (UNDP) fez uma análise das propostas. O Primeiro-Ministro José Ramos-Horta, que também esteve na reunião, disse que estudaria ambas as propostas.

“Este foi um exercício extremamente importante de preparação para eleições livres, justas e credíveis no próximo ano,” disse Sukehiro Hasegawa, Representante Especial do Secretário-Geral em Timor-Leste, que notou já ter visto um movimento para um consenso entre os partidos políticos. “Isto é democracia em acção.”

A pequena nação do Sudeste Asiático ainda está a recuperar duma vaga de violência mais cedo este ano. Dúzias foram mortos e 155,000 pessoas forçadas a fugir das suas casas depois de confrontos quando o governo despediu alguns 600 soldados que tinham entrado em greve.

Num relatório na semana passada, o Secretário-Geral Kofi Annan urgiu o Conselho de Segurança da ONU a estabelecer uma nova missão em Timor-Leste para ajudar a reconstruir instituições, promover a reconciliação nacional e assistir nas eleições do próximo ano. Também propôs uma força da polícia da ONU de mais de 1,600 elementos que, entre outras actividades, providenciarão à segurança durante o voto.

No encontro de hoje, Mr. Hasegawa notou que o Secretário-Geral também requisitou uma equipa de conselheiros eleitorais e de especialistas. Acrescentou que a ONU estará preparada, se (tal for requerido pelo Governo de Timor-Leste, para enviar uma equipa de alto nível para certificar cada passo do processo eleitoral.

“A comunidade internacional está comprometida a assistir a mais reforço das fundações democráticas de Timor-Leste e acredita que juntos, podemos fazer das eleições de 2007 um sucesso,” disse Mr. Hasegawa.

4 comentários:

Anónimo disse...

O RESG da ONU deve ser investigado sobre o papel dele durante a crise. Estiveram ele e o seu adjunto Bajwa (especialista golpista e cehefe de gabinete do dictador do Paquistao, Musharaf antes de vir a Timor-Leste) a mexer com a policia, a incitar que eles nao seguissem a autoridade governamental deste pais, segundo o que eu oissu em conversa com policias Timorenses e internacionais da ONU. Ha porvas. E quem vai se responsabilizar para a maneira plenamente irresponsavel e insegura em que ele deu ordem para os policias internacionais intervir durante o tiroteio no Quartel Geral da Policia e dirigir os pobres policias a pe, "disarmados, e com maos no ar" em linha de fogo dos que com quem estiveram a conbater momentos antes, pondo todos os policias em perigo de morte ou serem feridos, como fizeram naquele dia. Triste e cada morte. Nao deviam serem mortos mas talves nao tinham morrido se nao tivessem sido guiados tao perigosamente como foram a linha de fogo. Para que? So para ser um heroi? Para intervir mais outra vez? Ja ouve muitos comandantes de policia e forcas armadas que me tem dito que se tivessem feito isto, entao agora estariam em muita agua quente.

Anónimo disse...

"Políticos representando 17 partidos discutiram duas propostas rivais, uma do partido no poder, a Fretilin, e a outra de membros dos partidos da oposição. Um conselheiro eleitoral do Programa de Desenvolvimento da ONU (UNDP) fez uma análise das propostas. O Primeiro-Ministro José Ramos-Horta, que também esteve na reunião, disse que estudaria ambas as propostas". Não percebo porque é que este tipo de reuniões são promovidas pelo Enviado do SG da ONU. Não seria mais correcto haver Audições Parlamentares abertas aos cidadões timorenses para discutirem essas leis? E que história é de "conselheiros eleitorais" do PNUD a fazer análises sobre as propostas de lei que ao contrário do que a noticia diz não são ambas da iniciativa dos partidos timorenses? É que nos lembramos que uma foi da iniciativa de conselheiros do PR que a "ofereceu" a partidos da oposição... será que afinal anda aqui gato escondido com rabo PNUD de fora?

Uma coisa é o direito dos timorenses a discutirem abertamente as suas propostas de lei, outra é a discussão tutelada seja por quem for. E bom seria que a ONU se lembrasse que à mulher de César não lhe basta ser séria, também tem que mostrar que o é. É que no fim de contas será ao Parlamento Nacional de TL quem compete a aprovação da lei.

Anónimo disse...

olhe! esse gato escondido com o rabo PNUD, WPF, UNICEF, etc,etc, foi o gato que, bem ou mal, foi fazendo alguma coisa para o bem estar do povo, na area da educacao, saude, desenvolvimento comunitario, as refeicoes escolares, campanhas de vacinacao, etc,etc durante os 4 anos tornou-se parte parte integrante dos "sucessos" da governacao de Mari.

Voce so sabe criticar. Gostaria de ver o que o governo de Alkatiri teria conseguido fazer sem a ajuda financeira e tecnica da comunidade internacional que era canalizado atraves dessas organizacoes e muitas outras mais.
Deixe-se de mesquinhices!! Ta bom!

Anónimo disse...

Anónimo das 7:48:20 PM : afinal até reconhece que o Alkatiri conseguiu estabelecer protocolos com todas essas agências da ONU a favor de Timor-Leste. Mas só pergunto o que é que isto tem a ver com o Enviado do SG da ONU andar a organizar reuniões com os partidos de TL para discutir duas propostas que estão no Parlamento a aguardar discussão e aprovação e ainda por cima com "explicador". Pode explicar, s.f.f.?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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