sexta-feira, agosto 18, 2006

De um leitor

Tradução da Margarida.

Este homem Horta está a falar a sério? Detidos por três meses? É este que quer ser secretário-geral da ONU e ter a tarefa de apoiar a Carta da ONU sobre direitos humanos e outros direitos civis e políticos?

A lei correntemente em efeito em Timor-Leste estipula que os detidos têm de ser levados à justiça dentro de 72 horas a não ser que sejam acusados por uma ofensa que garanta ficarem detidos por uma maior período devido às circunstâncias do crime etc. Esta não é uma ridícula lei da ONU mas na actualidade a lei aplicável na sua boa amiga vizinha nação Indonésia. E não é tão diferente das doutros sítios. Três meses? Ele nunca ouviu falar de habeas corpus ou de direitos similares para não se ser detido sem julgamento obviamente.

Deus ajude Timor-Leste.

Mas afinal é outra vez o mesmo tipo que disse que estava preparado para quebrar a lei para usar o dinheiro do Estado para “alimentar os pobres”. Tudo bem... mas Robin Hood foi simplesmente uma lenda... como qualquer inglesa sabe.

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13 comentários:

Anónimo disse...

Repito (ou re-Post-o):
Não sei se percebi bem... a opinião do autor do post é de que alguém detido por violência nas ruas deve ser libertado no máximo ao fim de 3 dias? Acha que a Lei, quando está errada deve ser cegamente cumprida? Que o crime deve passar impune por motivos como falta de tempo ou de meios?
Não se percebe se o objectivo é só atacar o Ramos Horta ou pura e simplesmente dizer mal do que quer que seja... Importa-se de expressar uma contra-opinião?
Qual é exactamente a solução que propõe para o criminoso que é detido em flagrante e 72 horas depois ainda não o conseguiram apresentar ao Juíz?
E tendo em conta as necessidades que passa o povo timorense, parece-lhe que deve ser prioritário quem está detido 3 dias ter refeições e banho?
Não entendo como se pode querer passar de um regime colonial/dictatorial misturado com vários puramente tribais para uma democracia perfeita assim como que por magia... há países que em 100 anos não conseguem, em Timor parecem esperar que isso aconteça por decreto - basta escrever na Lei e já está! Cresçam e apareçam...
Em qualquer parte do mundo se não há meios suficientes para formar acusação em 3 dias, quem sofre é o detido, não se arrisca a vida dos inocentes que andam na rua, libertando todo e qualquer criminoso só porque há falta de meios para o acusar formalmente. Num país onde nunca houve verdadeira justiça querem começar logo pelos direitos dos detidos...?
Tenham juízo.

Anónimo disse...

Original: "All fine...but Robin Hood was a simple legend...as an English woman I know that to be the case."

Traducao da margarida: "Tudo bem... mas Robin Hood foi simplesmente uma lenda... como qualquer inglesa sabe."

Devia ser: Tudo bem... mas Robin Hood foi simplesmente uma lenda... como MULHER INGLESA SEI SER ESSE O CASO.

Anónimo disse...

Anónimo das 1:32:12 AM: sim essa é a tradução à letra, mas confesse lá, isso faz-lhe algum sentido? A mim não fez.

Anónimo disse...

"Em qualquer parte do mundo se não há meios suficientes para formar acusação em 3 dias, quem sofre é o detido, não se arrisca a vida dos inocentes que andam na rua, libertando todo e qualquer criminoso só porque há falta de meios para o acusar formalmente."

Em Portugal não é assim de certeza.

Deus nos livre de pessoas destas...

Anónimo disse...

H. Correia: felizmente que também em Timor-Leste que é um Estado de direito que não é assim. Como bom populista que é o Ramos-Horta quando lhe convém umas vezes enche a boca com os direitos humanos e outras arma ao duro, ao gajo da lei e da ordem. É mais uma boca infeliz mas que ele sabe que agora rende em Dili dada a insegurança existente.

Mas outra contradição interessante do seu discurso é que agora defende "uma efectiva e visível presença da polícia", mas não o vi a contrariar o PR quando este após os trágicos acontecimentos de fim de Abril teve como principal preocupação tirar os polícias armados da rua para "não assustar" a população de Dili quando se sabe que a presença visível da polícia na rua dá sentimentos de segurança à população. E principalmente quando também sabemos que foi ele, feito com o PR e à revelia do Governo quem deu o exclusivo às tropas Australianas da segurança interna obrigando ao acantonamento das forças armadas timorenses. E o resultado está à vista: há hoje mais gente deslocada do que havia quando os Australianos entraram e de 46 casas queimadas antes deles entrarem passou-se a mais de 1000. Mas ele está satisfeito e até acha que há muito mais estabilidade. Simplesmente vergonhoso.

Anónimo disse...

Plenamente de acordo com o comentarista das 9:29 AM. Como se compreende que ate esta madrugada continuam ainda com casas incendiadas, e ataques a mao armada em Comoro (Canossa) etc.,? Que estabilidade existe, com cerca de 2000 forcas de defesa e seguranca estrangeira?

Eh realmente vergonhoso!

Anónimo disse...

Quando resolverem identificar publicamente os financiadores e chefes desses bandos incendiarios, a violencia vai parar. Por outro lado eh necessario proibir a producao e venda de bebidas/aguardentes tradicionais. Os traficantes de droga devem ser presos e julgados. Os iates ancorados em frente da baia de Dili sao a fonte de fornecimento. Algumas carreiras aereas sao a via de entrada. Eh preciso reforcar a vigilancia no Porto de Dili, se necessario envolver Policias Internacionais para o controlo. Eh preciso fazer uma mudanca urgente de pessoal de Alfandega trabalhando no Porto de Dili, Aeroporto, e na fronteira. A Policia Maritima tem de ser reforcada e mais activa, necessitando de adquirir meios...

Anónimo disse...

Anonimo das 3:12:10 PM.

Em outras palavras: Ddevemos isolar Timor das influencias e conspiracoes do mundo.
Talvez com mais 24 anos de um total isolamento sejamos capazes de "limpar" os males que assolam a nacao timorense.

Tenho a estranha sensacao de ja ter visto isso em algum "filme".

Anónimo disse...

Nao se trata de isolar os Timorenses do resto do mundo mas sim trata-se de dar cumprimento aos acordos e tratados internacionais que Timor Leste vincolou, desinadamente em materia de trafico de drogas e de contrabando. Ha gente organizada que pratica estes com o objectivo a embrutecer a nossa gente e comprometer o futuro de toda uma geracao.
O combate ao trafico de droga e ao contrabando esta na ordem do dia em todos os paises. Eh uma necessidade, eh Urgente!

Anónimo disse...

O anonimo das 3:21:34PM... ou ve realmente muitos filmes ou consome ou vende!
Ha familiares de politicos sonantes em Timor que se dedicam a este negocio. Basta investigar...

Anónimo disse...

Tem provas? Deve apresentá-las.
Caso contrário é mais uma difamação cobarde a coberto do anonimato.
Quando a liberdade de expressão é usada desta forma, quase apetece dar razão às ditaduras que a suprimem. Em Cuba, na China ou na Coreia do Norte, não há difamações anónimas destas.
Será que eles é que estão certos?

Anónimo disse...

Anónimo das 3:21:34PM: acha então que apelar ao cumprimento da lei nomeadamente nas questões da segurança interna, que passam (entre outras) por medidas de combate ao tráfico de droga e ao reforço do controlo das fronteiras, é “isolar” TL? Eu penso precisamente o contrário, penso que TL se isolaria da comunidade internacional se permitisse que o seu território se transformasse num santuário para o crime transnacional.

Aliás, este é precisamente um dos “argumentos” invocados pelos Australianos para intervirem no “arco da instabilidade” que segundo eles começa precisamente em TL… está pois em nome duma pretensa “abertura” a defender teorias para dar argumentos à Austrália para "governar" TL? É que a política de portas escancaradas que parece defender não punha só em risco a juventude timorense, seria o fim da independência de TL.

Anónimo disse...

E os funcionários da Alfândega foram recrutados justamente entre os filiados de que partido?
Como aliás quase todos os restantes funcionários públicos?
Pois é.
É como pôr o macaco a guardar as bananas.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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