quinta-feira, maio 25, 2006

Austrália não consegue contactar autoridades, mas vai avançar

Camberra, 25 Mai (Lusa) - O primeiro-ministro e o ministro da Defesa australianos, John Howard e Brendan Nelson, disseram hoje que não conseguiram ainda contactar nem com o Presidente nem com o primeiro-ministro timorenses para que assinem o acordo de entrada das tropas.

A Austrália está, no entanto, disposta a avançar com o destacamento das suas forças mesmo sem acordo, porque a situação em Timor-Leste é "caótica", diz o ministro da Defesa australiano.

Segundo o governo australiano, Camberra tem as assinaturas do Presidente, Xanana Gusmão, do primeiro-ministro, Mari Alkatiri e do presidente do Parlamento Nacional, Francisco Lu'olo, num acordo para garantir a segurança do aeroporto, mas não para enviar o resto do contingente de 1.300 efectivos.
John Howard explicou que o principal contacto com o governo timorense tem sido o chefe da diplomacia timorense, José Ramos-Horta, que tem mantido diálogo com o seu homólogo australiano, Alexander Downer.


"Não falei directamente com nenhum deles", disse Howard.
Em declarações à televisão ABC, Brendan Nelson disse que os contactos com Timor-Leste estão "particularmente difíceis", confirmando não ter sido possível ainda estabelecer contactos nem com o Presidente nem com o primeiro-ministro.
Nelson afirmou, no entanto, que mesmo sem o acordo a Austrália vai avançar com o destacamento das tropas no terreno, afirmando que a situação que se vive em Díli é "caótica".
"Hoje houve mortes em Díli. Houve incidentes terríveis e ninguém, em quaisquer circunstâncias, aceitaria que nós ficássemos parados à espera de ter mais documentação que considero não necessitarmos realmente", disse.
ASP.

1 comentário:

Anónimo disse...

Díli, 25 Mai (Lusa) - O acordo que define a colocação e a missão dos militares australianos em Timor-Leste, no quadro de uma força internacional, será assinado ainda hoje, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense.

José Ramos Horta falava à Lusa no final de uma reunião no aeroporto, em que participaram a embaixadora da Austrália em Díli, Margareth Towmey, e o vice-comandante das forças de defesa australianas, tenente-general Ken Gillespie.

"Nesta reunião não decidimos nada. Fiz apenas um resumo sobre a situação política e a situação de segurança. Agora vamos ver o Presidente (Xanana Gusmão), depois vamos ver o primeiro-ministro (Mari Alkatiri) e o brigadeiro-general Taur (Matan Ruak, comandante das forças armadas timorenses)", disse.

"Ao fim da noite, depois de falarmos com todas estas entidades que referi, vamos então assinar o acordo", frisou.

O acordo define a modalidade de intervenção das forças australianas, designadamente a sua colocação e mandato.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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