segunda-feira, maio 07, 2007

Timor-Leste: candidatos ingoram fim oficial de campanha e falam com imprensa

EFE – 06/05/07 - 23:49

Díli - Os candidatos do segundo turno nas eleições Presidenciais do Timor-Leste, o primeiro-ministro José Ramos Horta e Francisco Guterres, do governamental Fretilin, conversaram hoje com a imprensa para explicar seus programas, apesar de a campanha ter sido oficialmente fechada no domingo.

Sem fazer nenhuma referência a esse fato, Ramos Horta, que se apresenta como independente, afirmou que, ser for eleito, destituirá os ministros do Gabinete suspeitos de entregar arroz e dinheiro para conseguir votos a favor do Fretilin no primeiro turno, realizado em abril.

No entanto, o que mais conversou com a imprensa foi Guterres, que aproveitou para criticar as declarações de Ramos Horta, nas quais defendeu que a exploração de gás e petróleo do Timor-Leste deve ser em consenso com o Banco Mundial.

Guterres acrescentou que o Banco Mundial deveria se limitar a prestar assistência técnica às instalações do poço de Greater Sunrise, que será explorado conjuntamente por Austrália e Timor-Leste, após um acordo assinado em 2006.

O mesmo estabelece que a Austrália vai explorar 10% da Área de Gestão Conjunta do Greater Sunrise, enquanto o Timor possuirá os 90% restantes e terá um lucro de cerca de US$ 10 bilhões. Guterres afirmou que este lucro será destinado diretamente aos timorenses e a formar uma companhia de gás nacional para sua exploração e gestão.

A campanha do segundo turno foi marcada por acusações e desqualificações entre os dois candidatos. O Fretilin acusou Ramos Horta de ser o candidato favorito da Austrália, enquanto o primeiro-ministro insiste em que esse partido se valeu de intimidação e ameaças para arrecadar votos no primeiro turno.

As eleições Presidenciais acontecem um ano depois dos graves eventos que colocaram o Timor-Leste à beira da guerra civil, quando o protesto de um grupo de militares expulsos do Exército provocou uma onda de violência que abalou a convivência democrática da jovem nação.

2 comentários:

Anónimo disse...

Está à vista de todos o que Ramos Horta é e o que poderia vir a ser se ganhasse as eleições: vingativo! De acordo com RH não importava se as pessoas passavam necessidades e precisavam do arroz,o governo não podia governar sem ele...Para Ramos Horta Timor Leste é ele próprio!

Onde estão os patriotas em Timor Leste fora da FRETILIN?
O projecto de Ramos Horta é entregar a soberania a estrangeiros: a polícia (à GNR e aos Malaios)o exército e a administração pública aos australianos e agora o fundo do petróleo ao Banco Mundial! Então e os timorenses na sua terra vão fazer o quê?!E o governo vai fazer o quê? Para que vão fazer eleições legislativas se o Governo não vai precisar de governar?! O que pensam daquelas ideias Mário Carrascalão, João Carrascalão e Fernando Lassama? Ou estão tão obcecados com a FRETILIN que não vêm no que se vão meter?!
Pobre Timor Leste, pobres timorenses...

Anónimo disse...

"Ramos Horta [...] afirmou que, ser for eleito, destituirá os ministros do Gabinete suspeitos de entregar arroz e dinheiro"

Não há dúvida de que RH é o verdadeiro sucessor de Xanana: tal como este "destituiu" Alkatiri e dois ministros por serem "suspeitos", RH vai anunciando que se prepara para "destituir" mais alguns ministros... que já foram ministros do seu Governo durante 10 meses, sem que ele tenha "destituido" nenhum deles. Agora é que diz que o fará, porque isso lhe poderá trazer mais votos, mesmo sabendo que um Presidente não tem poderes para "destituir" ministros.

Sobre quais os critérios para considerar um ministro "suspeito" nada disse, nem é preciso. A gente imagina...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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