Jornal de Notícias - Quarta-feira, 18 de Abril de 2007
Ao mesmo tempo que a ministra da Administração Estatal de Timor-Leste, Ana Pessoa, revelava que a abstenção nas eleições presidenciais do dia 9 se situou nos 24,44%, "Lu Olo", o candidato da Fretilin que já assegurou a passagem à segunda volta, fez um forte ataque a Ramos-Horta dizendo que "nunca deixou o país para trabalhar em Nova Iorque" e que, com ele na Presidência, "serão mantidas boas relações com os países vizinhos, embora com Timor sempre em primeiro lugar".
Ana Pessoa revelou que o número de votantes corresponde a uma afluência de 75,56%, um resultado considerado "bom em qualquer país do Mundo".
Em declarações à Lusa, Ana Pessoa mostrou-se "em geral satisfeita" com a forma como decorreram as eleições e o escrutínio, embora reconheça que houve erros técnicos.
"Os erros que houve não foram de má-fé, foram de fraco entendimento do processo, mas todas as coisas foram sendo explicadas", declarou a ministra, acrescentando que "o que parecia de lesa-pátria não tinha, afinal, tanta importância assim".
Os resultados definitivos não deverão alterar muito as posições já reveladas pela contagem provisória, ou seja, Francisco Guterres "Lu Olo" distanciado de José Ramos-Horta, com um terceiro candidato a pouca distância, Fernando "Lasama" de Araújo.
Entretanto, já embalado para a campanha da segunda volta, o candidato da Fretilin reagiu de forma vigorosa às afirmações de Ramos-Horta para quem, caso "Lu Olo" vença, "as relações de Timor-Leste com os países da região serão enfraquecidas".
"Relações internacionais não se baseiam apenas em ter amigos pessoais. Baseiam-se em Estados e nas instituições interagindo entre elas. Eu sempre respeitarei e promoverei a amizade com outros Estados, mas Timor-Leste estará sempre em primeiro lugar e sempre defenderei o nosso país", afirma "Lu Olo".
À afirmação de Ramos-Horta de que "Lu OLo" teria "dificuldades em unir todo o país", o candidato da Fretilin diz que "como presidente do Parlamento teve um papel de sucesso na gestão de diferenças entre os partidos e na promoção de diálogo entre todos, ao contrário do actual primeiro-ministro".
Perigo provocado pelo gás não convence desalojados
A cisterna de gás clorídrico desembarcada há três dias no porto de Díli continuava ontem a derramar o conteúdo tóxico, mas os deslocados do outro lado da rua mantiveram-se na zona. O gás clorídrico, com a referência de carga internacional 1789, tem uma grande toxicidade e pode causar queimaduras de pele e das vias respiratórias. O gás é altamente perigoso em espaços fechados e o potencial tóxico aumenta com a temperatura, duas condições presentes nas tendas abafadas onde vivem os deslocados. Dois especialistas australianos chegaram a Díli para lidar com o derrame da cisterna, que tem pelo menos seis furos causados pelo ácido. O gás clorídrico derramado pelo contentor no cais poente de Díli é levado para as águas do porto.
O contentor, com uma capacidade de 22 mil litros, é proveniente de Surabaia, Indonésia, e devia ser carregado em Díli por outro barco com destino à Austrália.
quinta-feira, abril 19, 2007
Participação eleitoral ultrapassou os 75%
Por Malai Azul 2 à(s) 07:56
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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