sábado, novembro 25, 2006

Notícias - traduzidas pela Margarida

UNMIT – Revista dos Media Diários – Sexta-feira, 24 Novembro 2006

Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste


Lu-Olo: 28 Novembro não é da Fretilin

Francisco Guterres, Presidente do Parlamento Nacional diz que o 28 de Novembro, como está na Constituição, não é somente um dia da Fretilin mas um dia de todos os cidadãos para celebrar porque foi nesta data em 1975 que a Fretilin proclamou unilateralmente a independência de Timor-Leste. Lu-Olo acrescentou que esta data é em honra e memória dos que defenderam o 28 de Novembro durante 24 anos. (STL)

Grupos de artes marciais apelam à paz

Até 7 grupos de artes marciais fizeram uma declaração na Quinta-feira apelando aos membros do PSHT para pararem a violência. Representantes de vários grupos disseram que não aceitam nem toleram mais o comportamento dos membros do PSHT em atacar, roubar e estragar casas em Dili.

Pediram ao governo para estabelecer regulamentos para os grupos de artes marciais pararem as acções do PSHT, porque têm sido responsáveis pela desestabilização do país.

Contudo o Secretário Geral do grupo Colimau 2000, Osorio Maulequi acusou membros do PSHT pelo seu envolvimento em crimes como uma conspiração com o PD para tentar ganhar as eleições de 2007.

Mas Fernando “Lasama”, Presidente do PD, rejeitou a acusação como (sendo) falsa e pediu aos grupos de artes marciais ‘77’ Korka e Kolimau 2000 para não se deixarem eles próprios usar por outra gente como partidos políticos. Grupos de jovens de Santa Cruz e de Kintol Boot tomaram a iniciativa de se reconciliarem através do programa da juventude “Dame Malu”. Os dois grupos comprometeram-se a não se envolverem mais em conflitos, disse Manuel Freitas, representante do grupo de jovens de Santa Cruz. (STL, DN)

Fuga de presos não foi culpa dos guardas

O Ministro da Justiça, Domingos Sarmento disse que o relatório apresentado pela Comissão responsável pela investigação à fuga dos presos em Agosto incluindo o Major Alfredo concluiu que os guardas prisionais não estiveram envolvidos no incidente. O relatório diz que os guardas tiveram falta de disciplina e recomenda ao ministro da justiça para tomar medidas para aumentar a disciplina e cumprirem com as tarefas. (TP)

ONU apoia eleições

O Assistente Especial da Equipa de Certificação Eleitoral, disse ontem aos media que a Equipa de Certificação Independente trabalhará em Timor-Leste para garantir que padrões eleitorais internacionais são implementados, e que estarão no país em breve. De acordo com o Diario Nacional, a equipa apresentará o relatório na próxima visita, que indica claramente o seu mandato e a importância para as eleições que se realizarão em 2007. A ONU dará apoio logístico e outros tipos de assistência. (STL, DN)

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É TEMPO DO MAJOR TRAIDOR REGRESSAR AO QUARTEL, DIZ HORTA

Adnkronosinternational - Novembro 24, 2006

Dili - O primeiro-ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta pediu ao Major Alfredo traidor Reinado Alves e ao seu grupo para regressarem ao quartel das forças armadas, mais de sete meses depois de desertarem e se juntarem aos soldados amotinados nas montanhas, levando com eles dois camiões cheios de armas e de munições.

O apelo do primeiro-ministro segue-se a uma decisão do Chefe das forças armadas de Timor-Leste, Brigadeiro General Taur Matan Ruak, para formar um grupo interno no seio das forças armadas, com a tarefa de mediar com os desertores.

“Peço ao Major Alfredo Reinado e ao seu grupo para regressarem, por favor, aos quartéis,” disse Horta ao repórter na capital Dili, na Quinta-feira. “Acredito que agora é uma boa altura para começar a falar,” acrescentou o Nobel da Paz.

O Major Alfredo Reinado é o desertor mais graduado. Abandonou as forças armadas em 4 de Maio de 2006 para se juntar a cerca de 600 antigos soldados que tinham sido despedidos em Março de 2006 depois de se queixarem de discriminação nas promoções. O despedimento despoletou uma crise nacional que deixou 37 pessoas mortas, forçaram 155,000 a fugir das suas casas, derrubou o governo do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri e levou ao destacamento de tropas estrangeiras em Timor-Leste.

Horta, que ocupa também a posição de Ministro da Defesa, disse que a sua principal tarefa agora é encontrar um modo de normalizar as relações nas forças armadas, na polícia e nos jovens do país. “Agora, estou a tentar curar as feridas entre as forças armadas e a polícia. Depois disso, o Presidente Xanana Gusmão e eu, juntamente com representantes da polícia e das forças armadas, planeamos visitar cada um dos campos de deslocados e a área suburbana e dizer às pessoas que já não precisam de ter medo das forças de segurança,” disse Horta.

A divisão entre as forças armadas e a polícia, que irrompeu durante a crise, tem raiz na estrutura diferente da composição dos dois corpos. A polícia incluiu um grande número de homens que tinham trabalhado para a administração Indonésia durante os longos 24 anos da ocupação. As forças armadas, por outro lado, são constituídas na maioria por antigos lutadores pela liberdade.

O pior incidente aconteceu em 25 de Maio, quando dez polícias desarmados, a quem tinha sido garantida passagem segura pela ONU, foram mortos e mais 30 foram feridos quando elementos párias dos militares abriram fogo. Os oficiais de polícia foram acusados de terem atacado o quartel-general das forças militares um dia antes.

Entretanto, quando contactado pelo Adnkronos International (Aki), o Brigadeiro Taur confirmou que receberia de volta o Major Alfredo Reinado. Contudo, sublinhou também que o processo judicial do seu caso deve continuar. “Estou pronto em qualquer altura a encontrar-me com o Major Alfredo para resolver o problema. Mas isso não significa esquecer a justiça," disse o Brigadeiro Taur ao AKI.

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PM de Timor urge a prisão do líder amotinado

AFP/The Australian(ABC/Channel News Asia - Novembro 24, 2006
De correspondentes em Dili

O Primeiro-Ministro José Ramos Horta urgiu hoje as tropas internacionais para prenderem o líder militar amotinado Major Alfredo Reinado que fez várias aparições públicas desde que fugiu da prisão em Agosto.

O pedido de Ramos Horta ceio no meio de relatos não confirmados que o Major Reinado, que é também suspeito de assassínio, estava previsto falar hoje num seminário no distrito do sudoeste de Suai, perto da fronteira Indonésia.

O Major Reinado, cuja fuga duma prisão de Dili em Agosto desencadeou uma perseguição em curso pela polícia da ONU e por tropas internacionais, tem desde então feito aparições públicas na televisão e em várias cidades sem ser detido.

Foi preso em Agosto com acusações de posse de armas apesar de promessas do seu grupo que entregariam todas as suas armas às tropas Australianas, destacadas a seguir ao desassossego pelo que o major amotinado é acusado.

O major não é “um cidadão livre que pode realizar conferências em qualquer lado” que queira, disse o Sr Ramos Horta. “Já há uma ordem para a prisão do Sr Major Alfredo porque matou uma pessoa em Fatuahi e fugiu da prisão,” disse.

O Major Reinado está ainda oficialmente no serviço activo porque as Forças Armadas de Timor-Leste (F-FDTL) ainda não o licenciaram, disse o Sr Ramos Horta.

“Sim, é ainda um (membro) dos militares, apesar de noutros países já ter sido despedido por ter morto um camarada ... estamos ainda á espera duma decisão da liderança das F-FDTL,” disse.

Em Maio, o Major Reinado liderou um grupo de 600 tropas que desertaram e foi acusado de desencadear desassossego civil, incluindo confrontos entre forças de segurança rivais e guerra de gangs nas ruas que mataram 21 pessoas.

A violência levou ao destacamento de tropas internacionais lideradas pelos Australianos.

O novo comissário da polícia da ONU Antero Lopes dosse que acreditava que podia realizar conversações com o Major Reinado que levassem eventualmente à rendição incondicional.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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