sábado, novembro 25, 2006

Continua o movimento anti-Fretilin nos media Australianos

The Southeast Asian Times
Por: John Loizou

Darwin, Novembro 23: A cumplicidade das corporações dos media Australianos na desinformação mal intencionada contra o partido no poder em Timor-Leste, a Fretilin continua e ou é parte duma campanha deliberada dos diplomatas e oficiais militares Australianos ou o resultado de incompetência dos repórteres.

O último exemplo é a repórter de defesa do The Sydney Morning Herald, Cynthia Banham, que cita o comandante Australiano em Timor-Leste, Brigadeiro Mal Rerden, a admitir que alguma da violência de gangs em Dili parece ser orquestrada ou controlada e que visava ter um efeito político.

Alguma da violência, em particular, tem sido dirigida contra a presença Australiana, apesar de muitos dos cidadãos da cidade apoiarem as Forças de Defesa Australianas.

Banham, que estava numa visita rápida na capital com o Ministro da Defesa da Austrália, Dr Brendan Nelson, citou então sem qualquer qualificação um anónimo oficial de topo – talvez Rerden? – como tendo dito que "havia um grande sentimento anti-Australiano no partido do poder, a Fretilin, que é ainda liderada pelo primeiro-ministro deposto, Mari Alkatiri, que continua a exercer influência significativa no país."

Mas quem é que diz que a Fretilin é anti-Australiana?

Esse conhecimento não podia ter sido disponibilizado por Mari Alkatiri – ele está fora do país e não se espera que regresse até meados de Dezembro.

E é altamente improvável ter sido o comandante das forças armadas de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, que na semana passada enfatizou ao The Southeast Asian Times que não era anti-Australiano.

"Lutei contra a Indonésia durante 24 anos sem ser anti-Indonésio," disse.

"Porque é que seria agora anti-Australiano?

Então quem foi a fonte da repórter preguiçosa?

Talvez o adido de defesa da Embaixada Australiana. Talvez expatriados Australianos. Talvez isso lhe tenha sido murmurado pelo gabinete do Primeiro-Ministro José Ramos Horta. Disparatado? Bem, uma fonte anónima disse ao The Southeast Asian Times que os conselheiros de media do primeiro-ministro em exercício foram responsáveis por terem sugerido que drogas de alta potência estavam a ser usadas para alimentar a violência.

O disparate foi devidamente relatado na primeira página do navio de bandeira intelectual de Rupert Murdoch, The Australian.

Fosse quem fosse, disto podemos estar certos: é muito mais fácil culpar a Fretilin do que identificar os responsáveis por qualquer violência contra os Australianos e dos que procuram manter o programa de desestabilização.

Contudo a Fretilin tem um interesse garantido na paz porque quer que se realizem as eleições do próximo ano.

Acreditamos realmente que os que promovem a violência querem que as eleições se realizem?

Talvez possamos também perguntar porque é que uma dedicada "repórter de defesa " como a Banham não arranjou maneira de perguntar ao ministro de defesa e ao ministro dos estrangeiros da Austrália porque é que a Austrália, com a sua extraordinária capacidade de informações electrónicas no Norte da Austrália, pode continuar a afirmar que não sabe quem está por detrás da violência?
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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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