"O ministro português garantiu que Portugal vai continuar a apoiar Timor na área da segurança. "Timor sabe que pode contar com Portugal. Nós temos um ditado que diz que os 'amigos são para as ocasiões'. E Portugal é um país amigo", salientou o governante português."
Esta frase resume o essencial. Portugal diz "presente!" quando é preciso e Timor pode continuar a contar com a sua ajuda. Nesse aspecto, povo português, Governo e Oposição (com uma excepção, o BE) estão de acordo e não há quebra de solidariedade. Esta frase do Ministro português, dita em solo timorense, é uma afirmação convicta dos laços indissolúveis que unem os dois povos e que nenhum invasor poderá alguma vez quebrar.
A GNR (e eventualmente a tropa também) deve permanecer o tempo que for preciso para amparar as forças timorenses até elas terem capacidade e experiência para resolverem os problemas sem vacilar, de modo a poderem ser um pilar sólido da sociedade timorense, gerador de confiança e tranquilidade, em que o povo se pode apoiar.
O trabalho externo e interno deve ser feito por unidades timorenses sempre apoiadas por elementos portugueses, trabalhando em conjunto. Depois, gradualmente, as responsabilidades irão sendo transferidas para os policiais timorenses, à medida que forem aumentando os níveis de auto-confiança e a experiência necessária para tomar decisões e gerir recursos, principalmente humanos.
H. Correia.
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Caro Reinado,
É realmente louvável o teu esforço para ajudares os teus amigos, se eles são realmente os teus amigos.
Pergunto-me se tu que tanto se tens esforçado, tanto arriscado, tanto dado a cara por eles, se eles o vão reconhecer um dia, ou te tornarás inútil para eles e te deitarão fora. Alguém lhes poderá ser inconveniente e indesejável.
Caro Reinado, diz-me quanto, devido o teu empenho e esforço nas tuas actividades parámilitares e parápolíticas, quanto é que tens recebido dos teus amigos Australianos? E os teus comparas?
A tua mulher e os filhos estão na Austrália, não estão?
Onde é que eles vivem?
Não me digas que ainda vivem na casa pequena dos teus primos?
E isso dá para uma vida normal de tanta gente?
Diz-me, meu caro Reinado, os teus amigos Australianos ainda não tenham comprado uma casa grande para a tua família ter uma vida normal, com jardim para as crianças brincarem.
A oportunidade não lhes falta já que muitas outras crianças estão a brincar, não nos seus pátios e quintais, mas sim nos campos de detenção, ou de refugiados.
Diz sinceramente, admite-o se a tua família tem tudo de que precise, inclusive a escola paga para os teus filhos, se te acontecer alguma coisa?
E os teus 600 camaradas, o que é que recebem eles? A integração nas F-FDTL? E isso basta-lhes, depois de tudo?
E os teus camaradas, como Railos, Tara, Martins, Tilman e outros, receberão também uma casa e direito à residência e trabalho na Austrália?
Não me digas que ainda nada vos tenham dado? E sabes quanto dinheiro, quantos rios de dinheiro eles já extraíram a partir dos recursos naturais de Timor-Leste? Quantos bilhões e trilhões de dólares as suas empresas vão ainda levar para a Austrália, abrindo contas chorudas com esse dinheiro, comprando casas enormes, mandando os seus filhos para os melhores colégios, hipotecando o futuro do TEU POVO?
Sabes o que é que eles vão dar aos Timorenses daquilo que é dos Timorenses, que é vosso? Aquilo que eles quiserem, que lhes apetecer, mas serão sempre migalhas para vos fazer calar, para poderem continuar roubar aquilo que é vosso.
Pergunte aos teus amigos Australianos se se importam que venha alguém do exterior para o país deles e reclame o derrube do seu Governo, a demissão do seu Primeiro-Ministro, a interferência no seu sistema de justiça, a imposição deo Francês, por exemplo? Francês, por que não, uma língua muito mais bela que o Inglês?
Alguma vez te perguntaste porque é que eles, além de querer roubar o que é do vosso povo, mandar no vosso país, nas suas leis, na sua política, no seu exército e polícia, vos querem retirar a vossa identidade e herança cultural, cuja expressão é a língua portuguesa? Perguntaste-te já das razões?
Para vos DOMINAREM por completo, para vos SUBORDINAREM na totalidade, para vos tornarem incapazes de um dia quando ficarem fartos deles e se quissesem livrar do seu jugo político-económico-militar, possam recorrer à ajuda dos países com os quais a mesma língua vos une?
Estás, caro Reinado, memo disposto a colaborar na transformação do teu povo num povo aborígena que eles consideram culturalmente e raçicamente inferior?
Pensa nisso tudo e depois diz-me se achas que estão a ser justos contigo e com os teus camaradas?
Manatuto.
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Cada cavadela, sai uma minhoca. Este deve ser a minhoca de estimação do Xanana. O tipo não tem miolos, acha que tem o direito divino de "tirar do poder" quem o povo lá pôs. Acha também que o modo de governar é prender quem actualmente está no poder, suspender a Constituição e ele e "os cabeludos que não tomam banho", serem a guarda pretoriana do grande chefe Xanana, que assumindo o poder absoluto - claro que com as costas bem guardadas pelos Australianos - governaria por referendo, deixando as eleições para o dia em que as galinhas tiverem dentes.
O tipo é um megalómano com pretenções hollyoodescas de herói. Espero que quando o apanharem o ponham no hospital dos malucos que é o local indicado para estes tótós cobardolas e desertores. Só mesmo a decadência pode explicar que o Xanana pague estadias na Pousada a palermas destes.
Margarida.
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sexta-feira, setembro 29, 2006
Por Malai Azul 2 à(s) 11:30
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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