quarta-feira, maio 24, 2006

País longe de estar em guerra civil - MNE australiano

Camberra, 24 Mai (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros australi ano, Alexander Downer, disse hoje não acreditar que Timor-Leste esteja a caminho de uma guerra civil e anunciou que três navios de guerra australianos estão pro ntos a dirigirem-se a Díli.

Segundo a página na Internet da cadeia de notícias ABC australiana, Dow ner referiu que três vasos de guerra já se encontram em águas do norte da Austrá lia e aguardam ordens.
Os navios de guerra HMAS Kanimbla, em Darwin, o HMAS Manoora e o HMAS T obruk, em Townsville, já zarparam e aguardam ordens.


Mas o Governo australiano insiste em que os navios ainda não foram dest acados para Timor-Leste.

"Até ao momento, não recebemos um pedido formal, mas já discutimos este assunto bem como os termos sob os quais seria prestado auxilio, e discutimos ta mbém a forma de ajuda de outros países", disse Downer, que descreve a situação e m Díli como má, mas longe de se poder considerar em guerra civil.

O Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão, anunciou hoje ao corpo diplomático que as autoridades timorenses vão solicitar às Nações Unida s o envio de uma força internacional para estabilizar a situação no país, disse fonte diplomática à Lusa.

13 comentários:

Anónimo disse...

Carissimo,
O teu blog cumpre um papel importante, sobretudo para falantes do Portugues que nao estao em Timor. Tomara alguns dos media lusos ai em Timor percebessem a importancia da situacao, algumas das noticias da Lusa e do DN dao do.
Aconselho-te a que escrevas um editorial e que desencorajes comentarios grotescos, como os que leio nalguns posts. E' uma tristeza mas ninguem parece compreender que tudo se encaminha para que de novo regressem a Timor, agora pais independente, os salvadores do costume.
Bem haja!
Nuno Vasco

Anónimo disse...

Sebem me lembro estes pseudo salvadores são exactamente os mesmos que entraram em set.99 e que nada fizeram para repor a ordem em TL. Se bem me lembro estes são os mesmos senhores de óculos escuros que permitiram que os indonésios incendiassem o património edificado e deportassem milhares de timorenses. Estes senhores que andam de semanas a esta parte a empolar a situação de TL estão prestes a entrar. Mas erá que vão apenas entrar ou pretenderão ficar?
Não será caso para desconfiar? É que esta malta australiana com os seus pródigos mentores americanos, rapidamente se apressarão a incutir nas pessoas um cenário de incapacidade do governo timorense e das forças da ordem para normalizar a situação...
mas afinal quem levou TL até este ponto? nos ultimos dias e semanas? e já agora, esse senhor da Lusa qd vai parar de fazer o jogo do medo? sms's para o Reinado? telefonemas? afinal, não é à toa que se diz que à sempre uma parte armada bélicamente e outra de caneta na mão...
já farta de hipocrisia.
E os partidos da oposição, que silêncio de cumplicidade...

Anónimo disse...

http://timor-verdade.blogspot.com/

vamos trabalhar juntos

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com o comentario de Nuno Vasco.

Nao creio que seja altura para fazer comentarios jocosos. Mesmo nao desejando entrar em alarmismos, a verdade é que a situação em TL está a passar um momento dificil.

Nao me refiro simplisticamente aos tiros que se ouvem ou á situação militar de uma forma geral (que não duvido por um momento que as F-FDTL estão em condições de controlar e de por fim aos ataques), mas sim ao facto de ser um grupo de timorenses que provoca esta situação (enquanto testas de ferro e com ou sem apoios externos), que desestabiliza o país e que provoca o terror entre a população.

Independentemente do desfecho, as consequencias far-se-ão sentir a prazo ... e é isso que me preocupa de momento: Como estabelecer o equilibrio entre esta acção destruidora e desestabilizadora e manter um diálogo pensando no futuro desta heróica Nação?

Creio que é este equilíbrio que o estado de TL está a procurar assegurar neste momento. Ao invés de se poder considerar uma fraqueza, revela acima de tudo uma grande sensatez por parte da lliderança timorense, ie, Governo e PR.

A entrada de forças militares e/ou estrangeiras é inivitável. Sejam elas australianas ou não. Qualquer país que tenha um número de cidadãos e bens como a Austrália tem em TL, tem o direito de exigir ao país onde decorre o conflito que os proteja. Se o país estiver incapacitado de o fazer, momentaneamente que seja, deve fazer o que TL acaba de fazer: pedir apoio.

A questão é fazer o que a liderança de TL fez: identificar e determinar que necessidades tem e ser essa mesma liderança a definir quem, quantos, como e quando entram para APOIAR. Os termos de referencia têm de ser definidos por TL e é isso que o Governo está a fazer.

PP

Anónimo disse...

A entrada de tropas internacionais, a acontecer, devia ter como justificação base o combate ao terrorismo.

Basta de demagogia.

Anónimo disse...

Bem hajas tu Nuno Vasco!

Anónimo disse...

O cenário está completo.... As Nações Unidas são sempre o mal menor... Pena é que no caso de Timor-Leste o responsável máximo da UN esteja tão bem relacionado com o embaixador americano e o numero dois, talvez porque é paquistanês, não tem qualquer problema em ingerir nos assuntos internos do país. Timor-Leste que se cuide!

Anónimo disse...

O PM está bem informado sobre os vários movimentos do embaixador americano e o que está a acontecer com o Xanana?!

Anónimo disse...

É lamentável que a oposição seja o maior inimigo de Timor-Leste!

Anónimo disse...

O que é isso de "oposição"? A quem se refere? Aos partidos da oposição com assento no Parlamento Nacional? Há elementos que (objectivamente) os linguem ao que se passa? Se não tivesse medo de ser mal entendido tenderia quase a dizer que o maior inimigo de Timor Leste são... alguns timorenses.

Anónimo disse...

Ha varias horas que nao dao noticias.

Podem dizer algo só para sabermos como está a situação?

Anónimo disse...

Parabéns pelo Blog. Concordo inteiramente de mãozinha estrangeira nestes acontecimentos.´Quem esteve em Timor em 2000/2001/2002 lembra-se da arrogância das tropas australianas, sempre armados - até na praia - enquanto que os militares portugueses andavam calmamente desarmados. Quem ia tomar a bica ao City Café via os militares portugueses perfeitamente à vontade, enquanto os cangurus estavam armados até aos dentes.
E viu a forma como os ango-saxónicos da ONU tratavam os outros países......com a conivência e apoio do Sérguio Vieira de Melo. É imprescindível que Portugal envie forças, imediatamente. O Bloco de Esquerda que se deixe de dúvidas - sou eleitor desta força política. Que os Portugueses que estão em Timor que continuem a dar o exemplo de determinação na cooperação apesar do fraco embaixador que lá temos.
Qto à comunicação social....sempre nos habitou à parcialidade das notícias. Qdo a RTP e a Lusa tinha como correspondente um Português com passaporte australiano e correspondente de 19 órgãos de comunicação social australiano e outro correspondente de outro órgão de comunicação socialportuguês está mais interessado em negócios e barquinhos, está tudo dito!
força Malai e Viva Timor

Anónimo disse...

O Blog possibilita, aqui no Brasil, acompanhar a situação em TL. Espero que com determinação legal e diálogo se chegue a uma solução
Alfredo Cesar (Rio)

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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