domingo, maio 06, 2007

Premiê do Timor não tem idéias próprias, acusa antecessor

Lusa Brasil – 05-05-2007 10:50:08

Díli, 05 Mai (Lusa) - O primeiro-ministro do Timor Leste, José Ramos Horta, que também concorre à Presidência do país em segundo turno marcado para o próximo dia 9, foi neste sábado criticado por adversários da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), no último grande ato de campanha desse partido para as presidenciais.

Na capital Díli, cerca de 300 pessoas estiveram no Parque da Independência para uma confraternização com o candidato Francisco Guterres "Lu Olo", também presidente do Parlamento.

O ex-premiê Mari Alkatiri (esquerda) foi o primeiro a discursar no evento da Fretilin, e previu um cenário político nebuloso para o Timor em caso de vitória da Ramos Horta para presidente. "Não acredito que o Timor Leste entre num beco sem saída, porque há sempre uma saída. O que pode ser é um país adiado por cinco ou dez anos. Ramos Horta é uma pessoa que não tem idéias próprias, não tem idéias sistematizadas", e que "hoje diz uma coisa, amanhã fala outra", afirmou Alkatiri. "Se o presidente for Ramos Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão (atual presidente), o país vai, sem dúvida, enveredar por um caminho de desenvolvimento que será insustentável, o que significa que daqui a 20 anos teremos uma nação completamente em ruínas", completou.

Oposição forte

Alkatiri, que deixou o Executivo timorense durante a crise político-militar de abril e maio do ano passado, disse também que o caminho de um governo de unidade nacional não é a melhor solução para o Timor, porque "não há democracia que sobreviva sem oposição".
Entre as críticas, Alkatiri disse também que o atual premiê timorense "já demonstrou não ter capacidade de gerenciar os interesses do Estado". "Quem, como primeiro-ministro, e com os poderes todos que tem, não conseguiu resolver os problemas não é como presidente que vai conseguir", destacou.

Sobre denúncias de compra de votos por parte de Ramos Horta, Alkatiri reafirmou ter provas e revelou novos dados e mensagens de celular que reforçariam sua tese. "Há uma mensagem onde se prometia uma moto a um coordenador da Fretilin que conseguisse mobilizar pessoas para votar em Ramos Horta".

"Falsas promessas"

"Lu Olo" explicou, por sua vez, que Ramos Horta "tem enganado as pessoas e feito promessas que não são cumpridas".

Francisco Guterres "Lu Olo", que conquistou 112.666 votos no primeiro turno das presidenciais timorenses (27,89% do total), aproveitou também para criticar seu adversário pelas "falsas declarações e acusações que faz contra a Fretilin" e contra sua candidatura. "Votar em mim é sinônimo de votar para a estabilidade e para a paz e para a consolidação do Estado democrático", acrescentou.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não sou apoiante do Aikatiri como dirigente politico e muito menos seu simpatizante como pessoa,mas reconheço-lhe méritos.Assino por baixo de tudo o que ele diz aqui sobre o RH e XG e a previsão feita sobre o futuro de TL dirigido por esses dois incopetentes.

Anónimo disse...

"Votar em mim é sinônimo de votar para a estabilidade e para a paz e para a consolidação do Estado democrático". É mesmo isso que Timor-Leste precisa: estabilidade, paz e a consolidação do Estado democrático que só democratas genuínos como Lu-Olo podem assegurar.

Anónimo disse...

RH não precisa de ter ideias próprias porque tem um batalhão de pessoas que pensam por ele: Xanana, Lasama, Mário Carrascalão, Lúcia Lobato, Avelino Coelho, etc, etc.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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