domingo, maio 06, 2007

Fretilin Accuses Ramos Horta of Vote-Buying

SBS - Special Broadcasting Service (Australia) - May 5, 2007 -transcript-

East Timor's ruling party Fretilin has accused the favourite in next week's presidential elections, Jose Ramos Horta, of buying votes. Campaigning for the second round of the poll is becoming increasingly acrimonious. And as SBS correspondent Brian Thomson reports, the Australian-led International Security Force is in Fretilin's sights. The campaign for the second round of the presidential elections on Wednesday is drawing to a close and the political temperature is rising.

Fretilin, for so long the dominant party here, has been accused of countless irregularities. Now it's turning the tables. It says it has evidence that Jose Ramos Horta has been buying votes.

JOSE TEIXEIRA, ENERGY MINISTER: Money was distributed and that people received money to vote for and others to mobilise in the first round of the ballot on April 9. The visual recording shows two voters testifying that the candidate Ramos Horta personally handed out money in return for votes.

Mr Ramos Horta has denied the claim. But he is not the only one under attack. The Fretilin leadership has accused the Australian-led International Security Force of taking sides in this campaign. It says it lied when it claimed that weapons were found recently in a Fretilin convoy. Now it's accusing the ISF of attempting to inflame tensions by leaving weaponry and ammunition lying in the streets.

MARI ALKATIRI, FORMER FRETILIN PM: (TRANSLATOR) Why was this weapon lying on the ground? Was it a trap? We don't know.

The Australian Army has refused to respond directly to the allegations but it has released a statement. It concedes that a rifle did fall from a vehicle but it says it was recovered immediately with the assistance of members of the public. As for the allegations of bias, it says it is here at the invitation of the Government of East Timor, and it does not take sides. But that's not how Dr Mari Alkatiri sees it. Whipping up the crowds in Dili today, he railed against the ISF.

He said the crowd was so small because oppressive security had prevented people from coming.

He says it's become a feature of the campaign. The foreign soldiers do have widespread support here, but it's clear that Fretilin is becoming increasingly hostile to their presence.

In East Timor, Brian Thomson, World News Australia.

3 comentários:

Anónimo disse...

Timor-Leste/eleições: Lu Olo apela ao povo para não acreditar em promessas vazias


Expresso, Domingo, 06 MAI 07, 10:39

Díli, 06 Mai (Lusa) - O candidato da Fretilin às presidenciais timorenses apelou hoje ao povo para "não trocar um trabalho de cinco anos" do seu partido pelas "promessas vazias de pessoas que não deram provas", referindo-se a José Ramos-Horta.

Sem mencionar uma única vez na sua declaração o nome do seu adversário na segunda volta das eleições presidenciais que são disputadas a 09 de Maio, Francisco Guterres "Lu Olo" quis sublinhar diferenças para o Nobel da Paz e criticou o facto de Ramos-Horta se apresentar "como defensor dos pobres" e atacar a "Fretilin por não ter feito nada pelos pobres e vulneráveis".

"Peço aos eleitores para verificarem as evidências", afirmou "Lu Olo" para depois acrescentar que o actual chefe do Governo em exercício, Estanislau da Silva [Ramos-Horta regressa ao lugar de primeiro-ministro na segunda-feira], aprovou um pacote de assistência financeira para cada aldeia no valor de 10.000 dólares americanos.

"Este dinheiro vai para as pessoas, para desenvolver projectos de agricultura sustentados", disse "Lu Olo" ao salientar que "só foi possível disponibilizar este dinheiro no Orçamento deste ano por causa do fundo do Petróleo que tem actualmente 1.200 milhões de dólares norte-americanos segundo elementos da Fretilin.

Francisco Guterres "Lu Olo" acrescentou também que o "desenvolvimento é um direito do povo" e disse que a distribuição do dinheiro pelas aldeias (sucos) "não é caridade como, por exemplo, distribuir cobertores oferecidos por países estrangeiros", mas sim "transferir fundos legal e constitucionalmente de acordo com os direitos que o povo tem".

O candidato disse também que Timor-Leste não teria fundo do petróleo sem o seu partido e prometeu "ouvir" o povo e trabalhar em favor dos mais desfavorecidos se for eleito chefe de Estado.

"Fizemos leis para dar assistência aos veteranos das Falintil e da Frente Clandestina, mas temos também que melhorar ajuda às viúvas, aos filhos e às filhas daqueles que morreram", afirmou o candidato.

Instado a explicar a razão do fundo de petróleo existir e continuarem a verificar-se problemas na sociedade timorense como o desemprego, ausência de infra-estruturas e desenvolvimento, o candidato considerou que tem sido desenvolvido algum trabalho, mas admitiu haver ainda muito por fazer.

Após a saída de "Lu Olo" da conferência de imprensa, a Fretilin emitiu ainda um comunicado do representante do candidato, José Fernandes, onde são acusadas as forças internacionais de estabilização estacionadas em Timor-Leste de terem "interrompido dois comícios da Fretilin" de apoio ao candidato presidencial.

"Os militares australianos agiram de forma brutal e de maneira intimidatória contra os nossos apoiantes", disse José Fernandes ao salientar que durante os dois comícios, a 03 de Maio em Ainaro e a 05 de Maio em Díli, foram utilizados helicópteros, tanques de guerra e forças armadas.

A campanha da segunda volta das presidenciais termina hoje estando agendada a votação para quarta-feira 09 de Maio e a tomada de posse do novo chefe de Estado, que irá suceder da Xanana Gusmão, para 20 de Maio JCS.
Lusa/fim

http://expresso.clix.pt/Lusa/Interior.aspx?content_id=391017

Anónimo disse...

Tradução:
Fretilin Acusa Ramos Horta de Compra de Votos
SBS - Special Broadcasting Service (Australia) - Maio 5, 2007 -transcrição-

A Fretilin, o partido no poder em Timor-Leste acusou o favorito nas eleições presidenciais da próxima semana, José Ramos Horta, de compra de votos. A campanha para a segunda volta na próxima semana tornou-se cada vez mais azeda. E como relata o correspondente da SBS Brian Thomson, a Força Internacional de Segurança liderada pelos Australianos está sob olho da Fretilin. A campanha para a segunda volta das eleições presidenciais na Quarta-feira está a chegar ao fim e a temperatura política está a subir.

A Fretilin, durante tanto tempo a partido dominante aqui, foi acusada de irregularidades sem conta. Agora está ao ataque. Diz que tem evidência de que José Ramos Horta tem estado a comprar votos.

JOSÉ TEIXEIRA, MINISTRO DA ENERGIA: Dinheiro foi distribuído e essa gente recebeu dinheiro para votar e outros para mobilizarem na primeira volta das eleições em 9 de Abril. A gravação mostra dois eleitores a testemunharem que o candidato Ramos Horta entregou pessoalmente dinheiro em troca de votos.

O Sr Ramos Horta negou a acusação. Mas não é o único que está sob ataque. A liderança da Fretilin acusou a Força Internacional de Segurança liderada pelos Australianos de ser parcial nesta campanha. Diz que mentiu quando afirmou que encontraram armas numa caravana da Fretilin. Agora acusa a ISF de tentativa de inflamar tensões ao deixar armamento e munições deitados nas ruas.

MARI ALKATIRI, ANTIGO PM DA FRETILIN: (TRANDUTOR) Porque é estava esta arma deitada no chão? Era uma armadilha? Não sabemos.

As Forças Armadas Australianas recusaram-se a responder directamente às alegações mas emitiram uma declaração. Admitem que deixaram cair uma espingarda de um veículo mas dizem que foi imediatamente recuperada com a assistência de membros da população. Quanto às alegações de parcialidade, dizem que estão aqui a convite do Governo de Timor-Leste, e que não é parcial. Mas não é essa a opinião do Dr Mari Alkatiri. Entusiasmando a multidão em Dili hoje, disparou contra a ISF.

Disse que a multidão era pequena porque a segurança opressiva tinha prevenido as pessoas de virem.

Diz que isso se tornou um filme da campanha. Os soldados estrangeiros têm apoio alargado aqui, mas é claro que a Fretilin está cada Vaz mais hostil à presença deles.

Em Timor-Leste, Brian Thomson, World News Australia.

Anónimo disse...

Horta:«Vitória garantida» com Xanana e oposição à Fretilin

José Ramos-Horta afirmou hoje que «a vitória está garantida» nas eleições presidenciais de 09 de Maio com a amplitude de apoios demonstrada no comício final da sua candidatura.
O Presidente da República, Xanana Gusmão, três candidatos derrotados na primeira volta e representantes de outros dois, além de líderes de quase toda a oposição ao partido maioritário Fretilin estiveram hoje no comício final de José Ramos-Horta em Díli.
José Ramos-Horta defronta o candidato da Fretilin e presidente do Parlamento, Francisco Guterres «Lu Olo», o mais votado na primeira volta das presidenciais timorenses, realizada a 09 de Abril.
«Eu julgo que a vitória está garantida, mas não estou super-preocupado com isso», afirmou o primeiro-ministro no final do comício, vestido em trajes tradicionais timorenses.
«Se o outro candidato vencer é a democracia que vence e o que é preciso é que haja paz e estabilidade no país», declarou José Ramos-Horta.
«Em termos de convicções, de paz, de ajudar os pobres, creio que não há diferença», respondeu José Ramos-Horta quando questionado sobre o que dividia a sua candidatura da de «Lu Olo».
«Em termos de capacidade, de possibilidade de unir este povo, nas mais variadas tendências, creio que eu tenho alguma vantagem, porque não estou ligado a um partido já há muitos anos», acrescentou o primeiro-ministro.
«Mesmo com a Fretilin - não a Fretilin Mudança, mas a Fretilin ligada a Alkatiri e ´Lu Olo` - tenho muito apoio dentro do partido», declarou José Ramos-Horta.
Desde o início da tarde, os donos do microfone no comício de José Ramos-Horta foram diferentes figuras da sua plataforma eleitoral, desde o chefe da diplomacia timorense e figura do Grupo Mudança da Fretilin, José Luís Guterres, ao presidente do grupo de artes marciais Colimau 2000, Gabriel Fernandes, e aos candidatos presidenciais na primeira volta Francisco Xavier do Amaral, Avelino Coelho e João Carrascalão.
Representantes de mais dois candidatos derrotados na primeira volta, Fernando «Lassama» de Araújo (o terceiro mais votado) e Lúcia Lobato, participaram do comício, bem como Mário Carrascalão, presidente do Partido Social-Democrata (o partido de Lúcia Lobato) e ex-governador de Timor-Leste durante a ocupação indonésia.
Xanana Gusmão, actual chefe de Estado e presidente do recém-formado Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), chegou a meio do comício, cerca das 16:20 (08:20 em Lisboa), meia hora antes de José Ramos-Horta, mas não discursou.
O primeiro-ministro chegou ao Campo da Democracia envergando trajes tradicionais timorenses e rodeado por um grupo de «lia nain», ou «donos da palavra», porta-vozes das comunidades de Díli.
«Os lia nain iniciaram-me em rituais para ter a legitimidade secular que vem dos verdadeiros donos desta terra», explicou José Ramos-Horta.
«Antes de vir aqui estive numa cerimónia ritual em que recebi a bênção, o apoio de uma grande comitiva, dos verdadeiros donos ancestrais da cidade de Díli», disse.
No discurso de fim de campanha, José Ramos-Horta declarou que «a Fretilin é um grande partido, um partido histórico, fundado por Nicolau Lobato, sobre quem nos temos que curvar e respeitar».
«Muitas pessoas da Fretilin deram a vida à Nação e hoje, mesmo que não concorde com a Fretilin, tenho que respeitar Nicolau Lobato e quem deu a vida para servir o povo», afirmou José Ramos-Horta, que foi um dos fundadores da Fretilin em 1975 e abandonou o partido em 1989.
Numa intervenção de meia hora, José Ramos-Horta acusou de novo o partido maioritário de intimidar e agredir pessoas durante a campanha eleitoral.
«Eles dizem que a Fretilin é do povo e o povo é da Fretilin mas eles bateram no povo», comentou José Ramos-Horta. «Esses senhores é que estragaram o nome da Fretilin porque para ter apoio, votos e a confiança do povo, não o podemos ameaçar», afirmou.
José Ramos-Horta pediu aos jovens «para guardar as armas, o ódio e a vingança. Se usarem a violência, também podem perder a vida».
«Mesmo que andem armados um ou cinco anos, não podem vencer. Só a justiça e a razão podem vencer», afirmou.
Justiça, educação, agricultura e Igreja foram outros tópicos da intervenção de José Ramos-Horta, num comício onde ficaram para o representante de Fernando «Lassama» de Araújo e outros líderes da oposição as referências aos peticionários das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e ao major fugitivo Alfredo Reinado.
O ausente Reinado, fugido à justiça timorense e às tropas internacionais, e o «avô» Xavier do Amaral, primeiro chefe de Estado timorense em 1975, foram os nomes que mais facilmente catalizaram o entusiasmo da multidão.
Cerca de «três mil adultos e duzentas crianças» estiveram no Campo da Democracia, segundo observadores eleitorais da União Europeia, que contaram também «27 camiões, 40 camionetas, 25 mini-autocarros, 50 motorizadas» e outras vinte viaturas ligeiras.
Diário Digital/lusa
06-05-2007 14:04:07
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=274830

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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