Blog Timor Loro Sa’e Nação – 5 de Maio 2007
por: Malae Belu
Num universo de quase 523 mil eleitores recenseados votaram somente 395.127 cidadãos timorenses, nas eleições para a presidência da república, segundo informação do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral de Timor-Leste. Também, segundo este organismo, a abstenção rondou 24.5%, correspondendo a cerca de 127 mil eleitores que optaram por não participar no acto eleitoral – significando que quase um quarto dos eleitores timorenses não votaram.
A possibilidade de Ramos Horta cativar os abstencionistas não tem parecido visível nesta segunda volta das eleições e se algum dos candidatos o tem feito não restam dúvidas de que o trabalho e as intenções vão direitinhos para Lu-Olo e para a organização da Fretilin. Ramos Horta parece estar a contar com o ovo no cu da galinha, que é como quem diz: isto já está ganho e o resto é cantigas… Mas poderá não ser tão fácil quanto possa parecer.
Lu-Olo tem possibilidades aritméticas provavelmente superiores às do seu antagonista, se quisermos tomar em consideração umas dezenas de milhares de abstencionistas nestas eleições, que anteriormente votaram – sendo que a maior parte das abstenções provêm de eleitores da Fretilin, assim como certamente irá recuperar votos, entregues a Lasama e outros, de eleitores que não vêem com bons olhos José Ramos Horta.
Conseguir vencer Horta nesta recta final, não será tão impossível quanto querem fazer crer os “matemáticos” que desesperam por entregar o país de bandeja ao governo australiano e aos insaciáveis sugadores do petróleo do Mar de Timor e do Suai. Horta sabe perfeitamente que a aritmética não lhe é tão favorável quanto querem fazer crer. Horta, refugiando-se em atitudes picuinhas e queixinhas procura encontrar sempre razões para denunciar as “ilegalidades” cometidas pelos elementos da campanha de Olo, contando para isso com a ajuda dos militares australianos – que não estão cá para outra coisa – assim como de toda a “nata” da UN, começando por Athul Khare e acabando nos funcionários anglófonos que descaradamente fazem campanha a seu favor.
Aussies “Fabricam Acontecimentos” Contra A Fretilin
Correm neste momento "rumores" em Dili sobre um acontecimento passado no distrito de Ermera relacionado com uma deslocação do ministro da justiça e do vice-ministro do interior em que tropas australianas os abordaram e concluíram que nas suas viaturas existia armamento e cerca de três mil dólares em dinheiro. A ocorrência disso não passou e os militares nada mais fizeram, nada mais puderam fazer – por ser perfeitamente legal, membros do governo deslocarem-se acompanhados de seguranças devidamente armados e terem dinheiro.
No entanto, houve o "cuidado", por parte dos militares australianos, de divulgarem o facto, empolando-o, na tentativa de, mais uma vez, “fabricarem acontecimentos” que possam denegrir a Fretilin, o seu candidato presidencial e oferecer vantagens a Ramos Horta.
Na verdade, para quem está esclarecido e tem possibilidades para o fazer, estas atoardas acabam por ter efeitos contrários aos pretendidos e contribuírem ainda mais – se isso fosse preciso – para nos certificarmos de que Ramos Horta não é um candidato timorense à Presidência da República, mas sim um candidato australiano à Presidência Timorense e controle do país.
Nem é o caso de… no melhor pano cair a nódoa, porque só não sabe quem Horta é se não quiser!
A verdade é que Ramos Horta e seus apoiantes estão a ver a “boa vidinha” andar para trás e mal será – para todos nós – que entrem em desespero, pois nessa altura os “casos e rumores" vão-se multiplicar, a agitação e violência também.
Não se esqueçam dos Reinados!
domingo, maio 06, 2007
Aritmética Pode Virar A Favor De Lu-Olo
Por Malai Azul 2 à(s) 19:29
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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