Lisboa, 11 Abr (Lusa) - O secretário-geral da FRETILIN, Mari Alkatiri, manifestou-se hoje muito satisfeito pelo resultado conseguido pelo candidato às eleições presidenciais, apoiado pelo partido, admitindo no entanto que esperava melhor.
"Tínhamos uma expectativa mais alta e acreditávamos que poderíamos ter mais apoio na primeira volta, mas as eleições são assim", disse Mari Alkatiri, num contacto telefónico com a agência Lusa.
"Não podemos esquecer-nos também de que isto foi uma luta de todos contra um e de um contra todos onde a FRETILIN demonstrou que continua a ter apoio popular", disse.
Mari Alkatiri rejeitou acusações de manipulações de resultados, considerando "muito infantil" a queixa apresentada por cinco candidatos e criticando os comentários "tendenciosos" do porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), o padre Martinho Gusmão.
Cinco candidatos às presidenciais timorenses exigiram hoje em Díli o "congelamento imediato da contagem dos votos", denunciando um clima de "intimidação e terror" durante a votação.
"Estavam a querer manipular as coisas a pensar que podiam fazer milagres", disse Mari Alkatiri, que se referiu à elevada abstenção, que estimou em cerca de 200 mil eleitores, de mais de 522.000 eleitores recenseados.
O secretário-geral da FRETILIN criticou ainda o facto de a forma como os resultados têm sido divulgados ter condicionado as análises iniciais.
"Fomos acusados de que não iríamos aceitar os resultados. Mas o que tivemos foi o porta-voz da CNE a provocar, anunciando apenas os resultados a favor do Ramos-Horta e de Lasama", disse.
Segundo Mari Alkatiri, o porta-voz "congelou resultados favoráveis ao 'Lu-Olo' (candidato apoiado pela FRETILIN) e eles deixaram-se enganar por isso".
"Depois, já na fase final, quando se percebeu que o 'Lu-Olo' estava à frente, eles tomam esta atitude muito infantil de disputar os resultados. É surpreendente porque dois deles são juristas e deputados e sabem que há procedimentos a seguir", afirmou.
Relativamente à segunda volta, afirmou que a FRETILIN terá uma estratégia de "trabalhar na base" sem grandes comícios.
Mari Alkatiri rejeita igualmente a teoria de que os apoiantes dos candidatos derrotados na primeira volta se juntem no apoio ao adversário Francisco Guterres "Lu-Olo".
"Isto não é uma coisa orgânica. Só porque os candidatos se juntam, não quer dizer que os apoiantes se juntem. E podemos ainda trabalhar junto da abstenção", disse.
Em Timor-Leste, a primeira volta das eleições presidenciais decorreu no passado dia 09 e, com cerca de 70 por cento dos votos contados, vai à frente o candidato Francisco Guterres "Lu-Olo", apoiado pela Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILIN).
Em segundo lugar está o Nobel da Paz José Ramos-Horta, apoiado por dissidentes da FRETILIN e várias forças políticas, nomeadamente o Congresso Nacional da Resistência Timorense (CNRT) e a União Nacional Democrática da Resistência Timorense (UNDERTIM).
ASP/MCL-Lusa/Fim
quinta-feira, abril 12, 2007
Mari Alkatiri satisfeito com resultados, mas esperava melhor
Por Malai Azul 2 à(s) 06:01
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Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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