quinta-feira, novembro 23, 2006

UNMIT – Revista dos Media Diários – Quarta-feira, 22 Novembro 2006

(Tradução da Margarida)


Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste

Brendan Nelson: a Austália continuará a providenciar segurança

O Ministro Australiano da Defesa, Brendan Nelson disse aos media na Terça-feira que o seu país está comprometido em providenciar segurança a Timor-Leste incluindo no treino das F-FDTL e em ajudar o governo a implementar o programa militar 20:20. Entre outras questões discutidas entre Nelson e o Primeiro-Ministro Ramos-Horta, esteve o trabalho da UNPol e das forças internacionais particularmente das forças Australianas e da Nova Zelândia na normalização das F-FDTL e da PNTL, Corporação Bilateral Militar, arranjos de segurança para as eleições de 2007 e treino na vigilância das fronteiras marítimas. Brendan Nelson disse ainda que discutiram a situação dos deslocados e a importância do regresso às suas casas. Disse a Ramos-Horta que a Austrália reduzirá os números do pessoal militar presente, se a oportunidade surgir, nesse caso o país terá uma componente militar mais pequena doutras nações para apoiar as forças da Austrália e da Nova Zelândia.

STL relatou que o Ministro Australiano da Defesa disse que as forças internacionais militares não ficarão sob comando da ONU porque são uma corporação bilateral. Contudo, as forças Australianas e da Nova Zelândia estão comprometidas a ajudar o povo de Timor-Leste e a prioridade é levar os deslocados para as suas casas.

O Diario Nacional relatou que a Comissão Nacional para o Diálogo e a Reinserção Comunitária perdeu um dos seus membros, José Soares Barros, de 35 anos, cujo corpo foi encontrado em Aimutin, Comoro. Barros foi tirado de sua casa às 03:00 a.m. por gente desconhecida que o acusou de ter laços apertados com o grupo do Kolimau 2000, que é responsável pelas mortes recentes em Ermera. Deixou mulher e oito filhos. (TP, STL, DN)

Primeiro-Ministro desgostoso com a morte de missionário Brasileiro

O PM, José Ramos Horta expressou a sua fúria em relação ao assassínio do missionário evangélico Brasileiro, Edgar Gonçalves Brito no fim-de-semana passado. Disse que a pessoa que matou Brito é considerado um animal porque o Sr. Brito veio para Timor-Leste para trabalhar por este país e pelos Timorenses. Está muito triste com o incidente e prometeu que o perpetrador será levado a tribunal, enfrentará a justiça e será posto na Prisão de Becora para o resto da sua vida.

O Diario Nacional relatou o protesto de paz da comunidade Brasileira na Terça-feira à tarde em Dili relativo à morte do missionário Brasileiro. O Primeiro-Ministro Ramos-Horta, Ministros e Vice-Ministros dos Negócios Estrangeiros, Educação, Embaixador de Portugal, Brasil e representantes dos Muçulmanos, Católicos e da Igreja Protestante participaram na marcha. O ccodenador da organização do evento, Tadeo Marcos disse que a marcha da paz não era só pelos Brasileiros mas também pelos Timorenses que morreram durante a crise. A marcha realizou-se em silêncio com os participantes a usarem fitas brancas na cabeça e levando na mão peças de tecido branco em sinal de paz.
Noutro artigo, o Timor Post relatou que 11 pessoas procuraram assistência médica na clínica do Bairro Pité depois de violência. Teresa Conceição, responsável da secção de emergência da clínica disse que 9 pessoas eram de Dili e duas do Distrito de Ainaro incluindo um polícia e um civil. Conceição disse que dos que vieram de Dili,um tinha uma ferida causada por tiro e veio de Bidau Aikadiruhun; outros foram atingidos por pedras e rama ambons. (STL, DN, TP)

Oliveira: Governo viola os direitos das pessoas

O Director da Fundação HAK, José Luis Oliveira declarou que o corrente governo liderado por José Ramos Horta violou os direitos das pessoas porque abandonou os deslocados e prolongou o tempo de pôr um fim ao conflito ao construir alojamento temporário. Acrescentou que o esforço do governo para resolver a crise foi bom mas não teve um bom sistema. Por conseguinte, abandonar os deslocados e a falta de boa vontade para resolver a crise em curso significava que o governo tinha violado os direitos das pessoas, sublinhou Oliveira. Noutra ocasião, disse ao DN que um pedido de desculpa expressado pelos quatro órgãos de soberania ao povo em relação ao conflito foi um bom sinal. (DN, TP)

de Jesus: Alkatiri não tem nenhuma maturidade intelectual

Um líder de topo do Grupo Reformista da Fretilin, Egidio de Jesus segundo o STL disse que a declaração do antigo PM e corrente Secretário-Geral da Fretilin, Dr. Mari Alkatiri na qual acusou a Igreja Católica de o derrubar do posto de PM indicou que Alkatiri não tinha qualquer maturidade intelectual. A sua acusação não tinha base porque não há evidência, disse de Jesus. Por isso, o Sr. de Jesus apelou a cada jornalista Timorense, intelectuais e líderes incluindo ele próprio para pensarem antes de fazerem qualquer declaração pública. Disse que Alkatiri fala sempre primeiro e pensa depois. Disse depois que Alkatiri foi forçado a sair por causa do seu envolvimento na distribuição de armas a civis. (STL)

Mais Marchas da Paz

Youth for Peace Action está a prever realizar outra marcha em várias partes de Dili na Quinta-feira, uma continuação das marchas de 12 de Novembro, apelando à paz. De acordo com o Timor Post, a discussão ainda continua hoje se deve ou não fazer
-se a marcha devido ao impacto que pode ter. Um comunicado emitido pelos jovens, diz que a acção é uma iniciativa dos jovens e da população que quer viver em paz, acabar com a violência, a dicotomia de ‘loromonu’ e ‘lorosae’ e apelou a todos para se juntarem à marcha. O documento diz ‘se amas Timor-Leste junta-te a nós/vamos juntos’. É um modo para tentar ajudar os líderes a encontrar uma solução imediata para a crise. (TP)

Inquérito no Parlamento à compra de munições

Os deputados questionaram a promessa do Primeiro-Ministro Ramos-Horta para comprar munições para as F-FDTL. De acordo com o deputado Leandro Isac, Ramos-Horta tinha declarado no Parlamento Nacional que o governo sob a sua liderança não compraria mais armas e munições para as Forças de Defesa de Timor-Leste. Ao contrário de um documento que o Parlamento recebeu, o governo tinha encomendado 15 toneladas ou dois contentores de munições para as F-FDTL. Isac disse que a corrente prioridade é resolver os problemos internos das F-FDTL e não comprar munições para as F-FDTL. Disse que o povo ainda receia associação a armas e munições. Gostaria que o governo justificasse a compra. O deputado Clementino Amaral (KOTA) fsente que o pública precisa de saber porque é que foram compradas as munições. O deputado Pedro da Costa (PST) discorda com a decisão do governo de comprar munições da Coreia porque a situação do país não permite a aquisição de mais armas ou munições seja para as F-FDTL ou para a PNTL. (STL)
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2 comentários:

Anónimo disse...

"Está muito triste com o incidente e prometeu que o perpetrador será levado a tribunal, enfrentará a justiça e será posto na Prisão de Becora para o resto da sua vida." De cada vez que o Horta abre a boca sai asneira da grossa. Então agora até já defende a prisão perpétua? E é ele Nobel da Paz?

Anónimo disse...

Sua Excelencia Senhor Primeiro Ministro Ramos Horta pode fazer a ordem da compra das municoes para F/FDTL, menos fazer a compra de bombas nucleares visto o membro do parlamento LEANDRO ISAC e muito perigoso, pode assalter esse material e usar contra o povo que o votou para estar neste momento a ocupar essa posicao.

MUITO E MUITO CUIDADO COM O SENHOR ISAC.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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