quinta-feira, novembro 23, 2006

Após morte de brasileiro, Timor vai pedir reforço luso à ONU

Lusa Brasil - 22-11-2006 15:10:22


Díli, 22 Nov (Lusa) - Depois do assassinato do missionário brasileiro Edgar Gonçalves Brito no Timor Leste, ocorrido no último domingo, o primeiro-ministro do país asiático, José Ramos Horta, vai formalizar às Nações Unidas e ao Estado português um pedido para o envio de uma segunda tropa da Guarda Civil Republicana (GNR, força de segurança militarizada de Portugal).

"Eu, pessoalmente, já tinha levantado a questão com as Nações Unidas e com Portugal, com o ministro (luso) da Administração Interna, Antônio Costa, de que talvez seja útil considerarmos uma segunda companhia adicional da GNR", afirmou Ramos Horta.

O premiê timorense deu as declarações à Agência Lusa ao término da cerimônia de despedida do 1º contingente do subagrupamento "Bravo" da GNR, que na próxima sexta-feira termina sua missão no Timor, depois de ter desembarcado no território em 4 de junho.

"As Nações Unidas estão vendo (a possibilidade do envio de uma segunda companhia da GNR) com receptividade e necessidade, e tendo já feito as consultas necessárias, vamos agora formalizar o pedido à ONU e a Portugal, tendo em vista as eleições de 2007", acrescentou.

O primeiro contingente do subagrupamento Bravo, formado por 140 militares, retorna nesta sexta a Portugal, e será substituído pelo segundo contingente, que terá 143 oficiais. A missão da GNR foi anunciada em resposta aos órgãos de soberania timorenses, que pediram auxílio.

O pedido também foi estendido à Austrália, à Malásia e à Nova Zelândia para que enviassem forças militares e policiais para assegurar a manutenção da ordem e da segurança públicas no Timor.

O pedido foi feito depois da desintegração da Polícia Nacional do Timor Leste e das divisões registradas dentro das Forças Armadas, frente à crise político-militar desencadeada em abril e que deixou até agora cerca de 60 mortos e 180 mil desabrigados – a metade já retornou a suas casas.

Os oficiais da GNR foram o primeiro grupo policial a chegar ao Timor, com relação ao pedido das autoridades timorenses, integrando atualmente a Polícia das Nações Unidas (Unpol, na sigla em inglês) no país asiático.

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3 comentários:

Anónimo disse...

A Guarda civil e de Espanha em Portugal e Gurda Nacional Republicana.
Quanto ao envio de uma companhia adicional da GNR acho improvavel devido ao escasso numero de companhias operacionais que integram o RI (Regimento de Intervencao).

Anónimo disse...

"vamos agora formalizar o pedido à ONU e a Portugal" diz o Horta agora como já tinha dito aqui há tempos. Parece que é tão somente mais uma peça de lip-service (paleio) porque se tivesse assim tanta vontade já teria formalizado há muito e não estava á espera que morresse o pobre do Brasileiro.

Anónimo disse...

Essa questão da violência que vitimou um brasileiro merece, já há muito, de uma "inteligência" para intervir antecipadamente nessas manifestações criminosas. Caso contrário será secar gelo.
Alfredo
Brasil

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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