terça-feira, julho 04, 2006

Mari Alkatiri quer Investigação Criminal o mais rapidamente possível, independente da Comissão Internacional

Fontes próximas do Primeiro-Ministro demissionário garantem que Mari Alkatiri quer, e sempre quis, que a Investigação Criminal relativa ao processo de distribuição de armas, avance independentemente das investigações da Comissão Internacional para poder rapidamente provar a sua inocência.

Sendo intenção do Presidente da República agendar as eleições legislativas para antes do mês de Dezembro, sendo que o Relatório da Comissão de Inquérito Internacional apenas será apresentado no mês de Outubro, jamais seria do interesse de Mari Alkatiri que não fosse provada a sua inocência quanto antes, e nunca em plena campanha eleitoral.

Qualquer iniciativa que tente travar esta investigação apenas tem como objectivo prejudicar o candidato da Fretilin às próximas eleições, Mari Alkatiri.

Relativamente à campanha de desinformação de que Mari Alkatiri pretende esconder-se atrás da imunidade parlamentar, a mesma fonte assegura que Mari Alkatiri, na carta que enviou ao Procurador-Geral da República (a pedir um adiamento para prestar depoimento até que chegassem os seus advogados), Mari Alkatiri deixou claro que iria pedir autorização ao Parlamento Nacional para prestar declarações, e que jamais iria recorrer à imunidade parlamentar, que o assiste como deputado, caso seja formalizada uma acusação contra si.

Mesmo com um procurador com conflitos de interesses em relação a Rogério Lobato neste processo, a mesma fonte é de opinião de que o mais importante é que a investigação prossiga e que ele possa provar a sua inocência.

A mesma fonte garante não compreender porque é que havendo mandatos de captura contra os grupos militares e para-militares, do Reinado e do Rai Los, as forças australianas se recusem a acompanhar o procurador nas detenções.

Estranha também que sejam feitos esforços junto da UN para que não se concretizem as intenções do procurador internacional em detê-los.

Será que alguém prometeu imunidade a estes grupos? O que é que eles podem dizer quanto a este processo que comprometa quem está por detrás deles?

A acção da Procuradoria-Geral da República não pode ser condicionada nem pela Presidência da República, nem pelo novo Primeiro-Ministro, nem pela UN, refere a mesma fonte.

Uma vez que a PGR, inocentemente ou não, alinhou ao lado de quem pretende destruir politicamente Mari Alkatiri numa tentativa desesperada para que não seja candidato nas próximas eleições, através da sua demonização, é da responsabilidade da PRG prosseguir com a investigação rapidamente e sem ceder a pressões.

Relativamente ao trabalho dos procuradores, a mesma fonte adianta que espera que as forças internacionais garantam a segurança dos mesmos, e que qualquer ameaça aos procuradores é um indício de mais uma iniciativa contra o apuramento dos factos, que levarão a provar a inocência de Mari Alkatiri.



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7 comentários:

Anónimo disse...

"que Mari Alkatiri quer, e sempre quis, que a Investigação Criminal relativa ao processo de distribuição de armas, avance independentemente das investigações da Comissão Internacional para poder rapidamente provar a sua inocência."

Não sabemos bem quais as vantagens uma vez que já se verificou a possibilidade de existir algum envenenamento no trabalho que está a ser desenvolvido pelos procuradores.

Anónimo disse...

Quem não deve não teme e faz bem o PM em querer celeridade.

Anónimo disse...

Texto em bahasa e material pornografico

Anónimo disse...

O sr. Alkatiri é um especialista em arrastar as águas ao seu moínho.

Tem pressa em provar a sua inocência mas não a tem de igual modo no sentido de se provar a sua culpa!

O que é lógico.

Até lá, seja quando isso for, é inocente! Presume-se tal e basta.

Eu acho que não deve haver "criminosos" no aparelho do Estado. Assim, a minha solução para futuros problemas é a ONU entrar em Timor-Leste, rever tudo aquilo que fez. Voltar a refazer o que de bom possa fazer e julgar-se todos os que cometeram crimes de sangue desde 1975, bem como todos os que levaram à situação actual! E ponto final!

Talvez assim fiquem apenas os que não cometeram crimes.

Se dos que ficarem não houver capital político humano e maturidade para gerirem o país democraticamente então que permaneça a ONU até que tal seja possível.

Lamento, mas neste momento penso assim.

Anónimo disse...

A bem de um Povo que sempre (desde 1975) sofreu com os políticos que têm...

Anónimo disse...

Anónimo das 2:56:18 AM: ainda não percebeu mesmo que é aos tribunais e só aos tribunais que compete “provar a culpa” de alguém. E que até lá toda a gente se presume inocente.

E isto está expresso no Artigo 34º da Constituição da RDTL que diz exactamente o seguinte: “1. Todo o arguido se presume inocente até à condenação judicial definitiva.”

Ora, além do mais, lembro-lhe que o PM nem sequer é arguido.

Anónimo disse...

ainda nao e arguido. Vamos esperar com calma.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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