terça-feira, fevereiro 19, 2008

Aussie denies assassination plot role

Article from: AAP
By Karen Michelmore in Dili
February 19, 2008 08:31pm

AN Australian woman says she played no part in a conspiracy to attack East Timor's top leaders, and has vowed to clear her name.

Angelita Pires, 33, is yet to be charged over last week's attacks President Jose Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmao.

But she has faced court in Dili after being detained by police, and prosecutors have said she will likely face charges of conspiracy to murder and crimes against the state.

Ms Pires today proclaimed her innocence, after prosecutors accused her of being with slain rebel leader Alfredo Reinado in the hours leading up to the president's shooting on Monday.

They also suggested she had advance knowledge of the attacks in which Ramos-Horta was injured and Gusmao ambushed, but did not alert authorities.

Ms Pires said she played no part in any conspiracy targeting the two leaders. Her co-operation with investigators was proof of her innocence, she said.

"I'm shocked but at this stage I volunteered through the whole process and I'll continue to do so," she said to the Seven Network.

"It's been a very hectic week and it's very emotionally draining. The important thing is to clear my name."

Ms Pires was the first person arrested over the February 11 attacks, in which Reinado was shot dead.

She was initially summonsed by police as a witness.

The dual Australian-East Timorese citizen was released without charge after facing a court hearing in Dili last night, but has been told charges are likely.

She cannot leave East Timor without the permission of the courts.

Media reports have described Ms Pires as one of Reinado's closest confidants and a quasi legal adviser.

She also once worked for the Australian government agency AusAid in Dili.

Lawyer Zeni Alves Arndt earlier today said Ms Pires would fight hard to prove her innocence.

"... the defence are working to collect proof and to show the court she is not involved in the situation," Mr Arndt said.

The lawyer said she was yet to see the evidence against her client, and the case was shrouded in secrecy.

Maria Pires, who lives in Darwin, today refused to talk about the case against her daughter.

But she said their family that had been passionate fighters for East Timor's independence, achieved after a 1999 vote.

It has emerged that Ms Pires was active in the fight to have Mr Gusmao released from prison in 1999 following his imprisonment by Indonesia because of his resistance activities.

She visited him at Jakarta's Cipinang prison in 1999, when East Timor voted overwhelmingly to break from Indonesia in a UN-backed referendum.

She also worked to raise money in the local East Timorese community in Darwin for Mr Gusmao and with the UN Serious Crimes Unit in Dili.

"When Gusmao was in jail in Jakarta she was sent over there with supplies and financial support," a source, who asked not to be named, told AAP.

Friends of Ms Pires were surprised at allegations she may have been involved in attempts on the lives of Mr Ramos-Horta and Mr Gusmao.

However, she had been "involved" with Reinado, the source said.

"She was seen in Dili going up into the hills and she was on local TV with Reinado."

The Australian-led International Stabilisation Force in East Timor is working with local forces and UN police to catch the men who carried out last week's raids. At least 18 arrest warrants have been issued.

Acting President Fernando La Sama de Araujo has set a one-month deadline to catch those responsible.


Tradução:

Australiana nega papel em conspiração de assassínio

Artigo de: AAP
Por Karen Michelmore em Dili
Fevereiro 19, 2008 08:31pm

Uma mulher Australiana diz que não teve qualquer papel numa conspiração para atacar os líderes de topo de Timor-Leste, e prometeu limpar o seu nome.

Angelita Pires, 33 anos, não foi ainda acusada sobre os ataques da semana passada ao Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.

Mas enfrentou o tribunal de Dili depois de ter sido detida pela polícia e os procuradores disseram que tem a probabilidade de enfrentar acusações de conspiração por homicídio e crimes contra o Estado.

A Srª Pires proclamou hoje a sua inocência, depois dos procuradores a terem acusado de ter estado com o falecido líder amotinado Alfredo Reinado nas horas que antecederam os tiros contra o presidente na Segunda-feira.

Eles sugeriram também que ela sabia de antemão dos ataques onde Ramos-Horta foi ferido e da emboscada a Gusmão, mas que não alertou as autoridades.

A Srª Pires disse que não teve papel algum em qualquer conspiração que visou os dois líderes. A sua cooperação com os investigadores foi a prova da sus inocência, disse ela.

"Nesta altura estou chocada, ofereci-me como voluntária para todo o processo e assim continuarei a fazer," disse à Seven Network.

"Tem sido uma semana muito agitada e emocionalmente muito esgotante. A coisa importante é limpar o meu nome."

A Srª Pires foi a primeira pessoa que foi presa por causa dos ataques de 11 de Fevereiro, onde Reinado foi morto a tiro.

Inicialmente tinha sido convocada pela polícia como testemunha.

A cidadã de dupla nacionalidade Australiana e Timorense foi libertada sem acusação depois de enfrentar uma audiência no tribunal em Dili ontem à noite, mas foi-lhe dito que as acusações são uma probabilidade.

Não pode sair de Timor-Leste sem autorização do tribunal.

Relatos dos media têm descrito a Srª Pires como uma das mais próximas confidentes de Reinado e uma quase conselheira legal.

Em tempos trabalhou também para a agência do governo Australiano AusAid em Dili.

O advogado Zeni Alves Arndt disse hoje antes que a Srª Pires lutará arduamente para provar a sua inocência.

"... a defesa está a trabalhar para reunir provas e para mostrar que ele não está envolvida na situação," disse o Sr Arndt.

O advogado disse que não tinha visto ainda nenhuma evidência contra a sua cliente, e que o caso estava sob segredo de justiça.

Maria Pires, que vive em Darwin, recusou-se hoje a falar do caso contra a sua filha.

Mas disse que os da sua família tinham sido combatentes apaixonados pela independência de Timor-Leste, alcançada depois do referendo de 1999.

Emergiu que a Srª Pires foi active na luta para libertar o Sr Gusmão da prisão em 1999 depois da sua encarceração pela Indonésia por causa das suas actividades de resistência.

Ela visitou-o na prisão de Cipinang em Jacarta em 1999, quando Timor-Leste votou em grande maioria para se separar da Indonésia no referendo patrocinado pela ONU.

Ela trabalhou também para angariar dinheiro junto da comunidade Timorense em Darwin para o Sr Gusmão e com a Unidade da ONU para os Crimes Sérios em Dili.

"Quando Gusmão estava na prisão em Jacarta ela foi mandada lá com bens e apoios financeiros," disse uma fonte que não quis ser identificada à AAP.

Amigos da Srª Pires ficaram surpreendidos com as alegações que ela podia ter estado envolvida em tentativas contra as vidas do Sr Ramos-Horta e Sr Gusmão.

Contudo, ela esteve "envolvida” com Reinado, disse a fonte.

"Ela foi vista em Dili a subir para os montes e esteve na TV local com Reinado."

A Força Internacional de Estabilização liderada pelos Australianos em Timor-Leste está a trabalhar com forças locais e com a polícia da ONU para apanhar os homens que realizaram os assaltos da semana passada. Pelo menos foram emitidos dezoito mandatos de captura.

O Presidente interino Fernando La Sama de Araujo deu um prazo de um mês para se apanharem esses responsáveis.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Australiana nega papel em conspiração de assassínio
Artigo de: AAP
Por Karen Michelmore em Dili
Fevereiro 19, 2008 08:31pm

Uma mulher Australiana diz que não teve qualquer papel numa conspiração para atacar os líderes de topo de Timor-Leste, e prometeu limpar o seu nome.

Angelita Pires, 33 anos, não foi ainda acusada sobre os ataques da semana passada ao Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.

Mas enfrentou o tribunal de Dili depois de ter sido detida pela polícia e os procuradores disseram que tem a probabilidade de enfrentar acusações de conspiração por homicídio e crimes contra o Estado.

A Srª Pires proclamou hoje a sua inocência, depois dos procuradores a terem acusado de ter estado com o falecido líder amotinado Alfredo Reinado nas horas que antecederam os tiros contra o presidente na Segunda-feira.

Eles sugeriram também que ela sabia de antemão dos ataques onde Ramos-Horta foi ferido e da emboscada a Gusmão, mas que não alertou as autoridades.

A Srª Pires disse que não teve papel algum em qualquer conspiração que visou os dois líderes. A sua cooperação com os investigadores foi a prova da sus inocência, disse ela.

"Nesta altura estou chocada, ofereci-me como voluntária para todo o processo e assim continuarei a fazer," disse à Seven Network.

"Tem sido uma semana muito agitada e emocionalmente muito esgotante. A coisa importante é limpar o meu nome."

A Srª Pires foi a primeira pessoa que foi presa por causa dos ataques de 11 de Fevereiro, onde Reinado foi morto a tiro.

Inicialmente tinha sido convocada pela polícia como testemunha.

A cidadã de dupla nacionalidade Australiana e Timorense foi libertada sem acusação depois de enfrentar uma audiência no tribunal em Dili ontem à noite, mas foi-lhe dito que as acusações são uma probabilidade.

Não pode sair de Timor-Leste sem autorização do tribunal.

Relatos dos media têm descrito a Srª Pires como uma das mais próximas confidentes de Reinado e uma quase conselheira legal.

Em tempos trabalhou também para a agência do governo Australiano AusAid em Dili.

O advogado Zeni Alves Arndt disse hoje antes que a Srª Pires lutará arduamente para provar a sua inocência.

"... a defesa está a trabalhar para reunir provas e para mostrar que ele não está envolvida na situação," disse o Sr Arndt.

O advogado disse que não tinha visto ainda nenhuma evidência contra a sua cliente, e que o caso estava sob segredo de justiça.

Maria Pires, que vive em Darwin, recusou-se hoje a falar do caso contra a sua filha.

Mas disse que os da sua família tinham sido combatentes apaixonados pela independência de Timor-Leste, alcançada depois do referendo de 1999.

Emergiu que a Srª Pires foi active na luta para libertar o Sr Gusmão da prisão em 1999 depois da sua encarceração pela Indonésia por causa das suas actividades de resistência.

Ela visitou-o na prisão de Cipinang em Jacarta em 1999, quando Timor-Leste votou em grande maioria para se separar da Indonésia no referendo patrocinado pela ONU.

Ela trabalhou também para angariar dinheiro junto da comunidade Timorense em Darwin para o Sr Gusmão e com a Unidade da ONU para os Crimes Sérios em Dili.

"Quando Gusmão estava na prisão em Jacarta ela foi mandada lá com bens e apoios financeiros," disse uma fonte que não quis ser identificada à AAP.

Amigos da Srª Pires ficaram surpreendidos com as alegações que ela podia ter estado envolvida em tentativas contra as vidas do Sr Ramos-Horta e Sr Gusmão.

Contudo, ela esteve "envolvida” com Reinado, disse a fonte.

"Ela foi vista em Dili a subir para os montes e esteve na TV local com Reinado."

A Força Internacional de Estabilização liderada pelos Australianos em Timor-Leste está a trabalhar com forças locais e com a polícia da ONU para apanhar os homens que realizaram os assaltos da semana passada. Pelo menos foram emitidos dezoito mandatos de captura.

O Presidente interino Fernando La Sama de Araujo deu um prazo de um mês para se apanharem esses responsáveis.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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