H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Xanana Gusmão compara situação no país ao pós 25 A...":
IMPORTA-SE DE REPETIR?
"Xanana Gusmão recordou que antes do 24 de Abril de 1974 os timorenses eram todos amigos e saudavam-se na rua".
Isso é verdade. Mas o que quer Xanana dizer com isto? Que o Salazar é que tinha razão quando era contra os partidos? Que Timor devia voltar a ser português? Que esta coisa dos partidos "é muito moderno para Timor-Leste"?
Então e diz isto no Congresso de um novo partido fundado por ele?
Não percebi...
terça-feira, maio 01, 2007
Dos Leitores
Por Malai Azul 2 à(s) 11:20
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Eu explico-te, Malai Azul.
O que Xanana disse é claro e óbvio. Só deixa dúvidas a quem não quer entender.
Xanana lembra que, quando o poder estava nas mãos dos opressores, os Timorenses respeitavam-se. Não guerreavam.
Hoje, passados mais de 30 anos, quando o poder está em saldo, muitos o querem e manietam quem podem para o conseguir.
Xanana pode até estar a dar um tiro no pé com esta afirmação, mas muitos dançam a mesma musica...
Cuidado, Malai. O poder pode destruir relações fraternas. Não odeies, discorda. Não lutes, dialoga.
Mane: se era como diz explique-me então s.f.f. porque é que até Março do ano passado os Timorenses se respeitavam quando se tinham visto livres dos opressores em 1999, isto é já há sete anos? E quando já tinham partidos legalizados desde 2001, isto é desde há cinco anos?
Eu acho que o H. Correia levantou um ponto muito importante e que é a incongruência aparente entre a insinuação salazarenta e anti-democrática de Xanana de que todos os males vêem dos partidos e que para haver sossego não deve haver partidos e o facto de ter dito isto na fundação do partido dele.
E acho muito grave tais afirmações do Xanana, pois parece-me que está a mandar o recado de que depois de ter o partido dele já não são necessários os outros, o que aliás é a tentação de todos os ditadores. Como aliás aconteceu com Salazar: quando ocupou o poder imediatamente proibiu todos os partidos (e até com sindicatos e associações) mas entretanto fundou o seu partido único a tristemente célebre União Nacional.
O que temos de reconhecer é que os partidos não criam divisões pois os partidos limitam-se a organizar partes da sociedade que naturalmente está dividida. Os partidos são associações voluntárias de cidadãos que têm em comum determinadas ideias e que defendem determinados interesses da parte dessas sociedades que eles representam.
E por isso mesmo as eleições servem para escolher quem vai governar (governo), legislar (parlamento) ou representar (presidente) essa mesma sociedade e quem tiver mais votos é que vai.
O que aconteceu em Timor-Leste no ano passado foi uma minoria ter derrubado quem a maioria tinha escolhido, sem ter legitimidade para o fazer. Porque numa democracia (como é Timor-Leste) é nos parlamentos que os governos caem, não é com agitação nas ruas e com ordens ilegais e ilegítimas do Presidente. O que o Xanana no ano passado fez com o Horta foi anti-democrático foi um golpe de Estado e isso é inadmissível, foi isso que criou ódios, divisões, agitações e violências e isso não deve tornar a acontecer.
Eu não sou obrigada nem a gostar nem a dialogar com ninguém mas sou obrigada a respeitar quem ganha as eleições e isso nem Horta nem Xanana fizeram.
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