terça-feira, abril 10, 2007

Resultados de Díli

(Fonte CNE/ Padre Martinho Gusmão)

Ramos-Horta (vitória)
Lasama
Xavier do Amaral
Lu-Olo

15 comentários:

Anónimo disse...

O Martinho Gusmão era infelizmente falta de conciencia, porque não respeitam o sua função como força moral. Mas envolveo na parte politica abertamente não concederam a parte integrante Evangelica e Santa Sé. Não sei que o Martinho com o titulo de mestrado em ciencia politica, mas infelizmente de nada. Não refleta uma força moral mas muito brutalismo e ingnorante falta de educação e moral. Ve os seus comentarios, como uma pessoa falta de educação.

Anónimo disse...

Apesar de o Pe Martinho ter feito os comentarios precipitosos, como um dos leitores deste blog, lamento imenso pelo facto que e' melhor pormos mais atencao as mensagens do que atacar os comentarios dele.

Como os Ingleses sempre dizem
"Don't shoot the messanger, but shoot the message". Espero que a mensagem postada neste blog seja apreciada por nos, quer quer queira nao!

Loi Rubi

Anónimo disse...

Isto eh uma clara demonstracao que os comicios nao significam nada.

Ramos Horta abriu a campanha em Dili com pouquissimos participantes e consegue obter a vitoria em Dili onde a Fretilin alegadamente obteve a maior multidao da sua campanha durante o comicio de encerramento em Dili.

O mais certo eh que havera muitas surpresas pelo pais fora.

Mesmo assim os resultados preliminares ja se estao a revelar demasiado desgastantes para a retilin e a sua actual lideranca.

Mari Alkatiri e Luolo ja falharam a Fretilin mesmo que conseguissem uma vitoria de 51% (pouco provavel) o que ainda assim significaria uma reducao de mais de 30% das ultimas eleicoes de chefe de suco.

Em qualquer outro pais uma queda tao grande seria mais que suficiente para justificar a sua resignacao da lideranca do partido.

Anónimo disse...

Os padres tambem muitas vezes quando se sentem espezinhados voltam para atacar, e ja sabe "eles tem a energia sa" podem abater qualquer que seja.

Lorico

Anónimo disse...

When someone is not in Fretilin's side,they are bad guy. The result in Dili showed that the more people are educated, the better they cast their vote. Educated people voted for capable and competent candidates. I hope that in the next 10-20 years people will all well educated so that they can vote for best and better leader.

I hope everybody will accept the result positively and that no violence after the result.

Viva Democracy!

Geta Lolo!

Anónimo disse...

Tem toda a rasão o anónimo anterior. Ele é um parvalhão armado em sabichão. Quem me dera ser um dos jornalistas presentes naquelas charadas de conferências de imprensa que ele tem dado desde ontem.

Anónimo disse...

Eleições: Ramos Horta lidera em Díli, contados 26% dos votos

José Ramos Horta lidera de forma clara os resultados parciais para o distrito de Díli quando estão contados 26% dos votos na capital, afirmou esta terça-feira o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), padre Martinho Gusmão.
Os dados disponíveis às 11:00 horas locais (05:00 horas em Lisboa) indicam que o actual primeiro-ministro recolheu cerca de 30% dos votos apurados na capital, acrescentou Martinho Gusmão na primeira conferência de imprensa da CNE de hoje.
Outros três candidatos obtiveram até ao momento resultados entre os 20 e os 30% em Díli: Fernando «Lassama» de Araújo, Francisco Xavier do Amaral e Francisco Guterres «Lu Olo».
«A indicação que temos da contagem parcial é que José Ramos Horta e Fernando Lassama aparecem lado-a-lado em Baucau e também em Díli», adiantou à Lusa o porta-voz da CNE.
Os distritos de Díli e Baucau têm 159.812 de um total de 522.933 eleitores apurados no recenseamento para as presidenciais de 09 de Abril.
«Usamos Díli e Baucau como parâmetro» para uma projecção da votação, explicou Martinho Gusmão.
Questionado pela Lusa sobre se está surpreendido pelo bom resultado de Fernando «Lassama» de Araújo, o porta-voz da CNE, respondeu que a campanha eleitoral apontava para isso.
«Se seguir a campanha, vê que Ramos Horta e 'Lassama' aumentaram constantemente o seu apoio», acrescentou Martinho Gusmão.
«Por comparação, 'Lu Olo' estabilizou o seu apoio de distrito para distrito, porque trouxe os mesmos apoiantes de um lado para outro», analisou o porta-voz da CNE.
Na primeira reacção às eleições de 09 de Abril, o chefe da missão das Nações Unidas, Atul Khare, congratulou-se com o êxito do escrutínio e exortou todos os candidatos a aceitar os resultados.
«Aceitar os resultados inclui aceitar a derrota», declarou Atul Khare logo após a conferência de imprensa da CNE.
«A derrota é também uma oportunidade de constituir uma oposição forte», comentou.
O representante-especial do secretário-geral da ONU acrescentou que «o verdadeiro desafio para a nação timorense começa agora».
«O teste é a habilidade para um governo forte e uma oposição com força providenciarem uma boa governação para todos», disse Atul Khare.
Finn Reske-Nielsen, o número dois da missão internacional com a tutela dos assuntos humanitários e do apoio às eleições, declarou-se «impressionado» pelo trabalho da CNE e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
Sem terem números oficiais, os responsáveis da UNMIT afirmaram que as impressões recolhidas em várias estações de voto apontam para «uma afluência muito grande» às urnas.
Também a situação de segurança mereceu o aplauso e a surpresa da UNMIT:
«Pela primeira vez em 93 países onde trabalhei ou visitei, tive um relatório de polícia com zero crimes, zero vítimas e zero detenções», sublinhou Atul Khare.
Diário Digital / Lusa
10-04-2007 6:47:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=270827

Anónimo disse...

Em Timor-Leste "votar é a coisa mais séria do mundo"
Público, 10.04.2007
Por: Paulo Moura, em Díli

Os timorenses foram votar em massa e em ordem.
Têm poucas razões para acreditar na democracia, mas acreditam

Manuel vive num campo de deslocados, em Díli. Há meses, a sua casa foi destruída por ser oriundo da parte oeste do país. Já tentou reconstruir a casa mas nem se consegue aproximar. "Loromono, vai-te embora, ou corto-te a cabeça", dizem-lhe os vizinhos. Manuel tem medo. De tudo. Não se queixa porque tem medo, não trabalha porque tem medo, não fala porque tem medo. De votar, não. Em quem? "Secreto."

Maria estudou na Austrália, o namorado na Indonésia. Não falam português. Estão os dois na fila, ao sol. Fernando "Lasama" de Araújo vale o sacrifício. "Ele compreende os problemas dos jovens", diz Maria. Muito magra e alta, nunca diz uma frase sem olhar primeiro o namorado, como pedindo permissão. Ela, 26 anos, trabalha na ONU, ele, 27, está desempregado. "Gostaríamos de ter dinheiro para casar, comprar uma casa. Mas agora é impossível. Mas temos muita esperança neste país. Temos contactos lá fora, poderíamos emigrar. Mas não queremos. Vamos trabalhar por este povo." Dois dos cinco irmãos de Maria foram mortos durante a ocupação indonésia.

A Simão doem-lhe os ossos. Passou os últimos três dias na caixa aberta de um camião de apoiantes da Fretilin. Às voltas pelas ruas, aos berros, a dar e levar pedrada. Foi duro. Mas o pior era o último método inventado pelos condutores do partido: pára-arranca com toda a força, ao som do slogan gritado ao megafone, com a horda de militantes aos trambolhões na caixa aberta. "Fre-ti-lin! Fre-ti-lin!" Finalmente, Simão vai votar. Que alívio. "Lu-Olo ganha à primeira volta", diz ele. "Se não ganhar, é porque houve fraude." E lá volta Simão ao carro, para protestar. "Fre-ti-lin! Fre-ti-lin!"

João apostou oito vacas. Lá no bairo, a parada foi alta. Oito vacas em "Lasama", depois de uma discussão muito acesa com os amigos. "Se não estivesse absolutamente seguro, não tinha apostado todas as vacas que tenho", justifica, acrescentando a sua teoria: "Na primeira volta, Horta ganha e "Lasama" fica em segundo. Na segunda volta são todos contra o Horta. É simples." E se o Lu-Olo ganha? "Não. A Fretilin fez de tudo. Foi de aldeia em aldeia intimidar as pessoas. Dizer que se não votassem em Lu-Olo seria um banho de sangue. Mas os timorenses já não se deixam levar por essas ameaças. Em 1999, os indonésios distribuíram dinheiro, espalharam homem armados pelas ruas. Não adiantou nada. O povo votou pela independência. A Fretilin pode fazer muito barulho. Mas o povo sabe que eles são responsáveis pelo estado em que estamos. E não vai votar no candidato deles."

Ao lado, na bicha para votar, os amigos de João aplaudem o discurso. Mas um deles aproxima-se e diz: "Não acredite. Ele nunca teve vaca nenhuma."
Margarida tem 12 filhos. Vive numa espécie de barraca coberta com chapas de zinco, o que, para os padrões de Díli, é uma casa. Poderia votar em Lúcia Lobato, que defende as mulheres e o planeamento familiar. Mas vota em Ramos-Horta. "Gosto muito da doutora. Mas o problema dela é que tem pouca experiência." Lúcia Lobato tem dois filhos.

"Tirar o chapéu"
Cristóvão quer que Timor se pareça com um país europeu, "onde as pessoas não mandem bocas". Está farto de viver aqui, mas não quer ir embora. É homossexual e gostaria de poder sentir-se em paz em Timor.
O pai expulsou-o de casa, mesmo tendo já perdido dois filhos na luta contra a Indonésia. Cristóvão foi viver com um namorado, que lhe batia. Agora vive com uma irmã. Vota em Ramos-Horta e gostaria de mudar de sexo.
Carlos é cozinheiro. Aprendeu o ofício em Bali, na Indonésia. Toda a sua vida votará no mesmo partido. É fácil, não é preciso pensar muito. Nem ler os programas ou ouvir os candidatos. A decisão vem de longe e é para sempre. O pai de Carlos morreu em 1975 na guerra civil, combatendo pela UDT. "Voto em João Carrascalão, presidente da UDT, porque o meu pai era da UDT". Diz isto com o rosto cheio de suor mas os olhos secos, imóveis. Como se votar fosse a coisa mais séria do mundo.
Para milhares de timorenses, votar é a coisa mais séria do mundo. Por todo o país, das ruas imundas de Díli às aldeias isoladas das montanhas, esperaram horas ao sol, em filas intermináveis.
Em cinco anos de independência, não vislumbraram uma única razão para acreditar na democracia. Os líderes que elegeram deixaram empobrecer ainda mais aquele que já era um dos países mais pobres do mundo. Depois, lançaram-no na violência.
Por fim, chamaram forças estrangeiras para evitar o massacre do país onde 200 mil pessoas morreram para o libertar de forças estrangeiras.
Depois disto, "se o candidato da Fretilin ganhar, é razão para tirar o chapéu", disse ao PÚBLICO José Ramos-Horta.
"Depois de toda a crise pela qual são responsáveis, seria prova de que têm uma máquina partidária como ninguém e que estão profundamente enraizados na população, apesar dos erros da liderança." Se Lu-Olo não ganhar, será também razão para tirar o chapéu.
Quando fecharam as urnas, em muitas assembleias os delegados vieram para a rua contar os votos, para que todos vissem como o faziam seriamente. "O voto é a coisa mais séria do mundo", disse ao PÚBLICO um homem descalço e desdentado vestindo uma camisa rota. E vota em quem? "Secreto."
"Lu-Olo (na foto) ganha à primeira volta", diz Simão, um apoiante da Fretilin: "Se não ganhar, é porque houve fraude", acrescenta
http://jornal.publico.clix.pt/UL/

Anónimo disse...

Guerra de números
Público, 10.04.2007

Grande afluência
O único dado oficial sobre as presidenciais em Timor-Leste consistia ontem num comunicado governamental afirmando que se registou "uma alta participação cívica" e que, "em geral," o processo operacional e logístico "foi um sucesso". Ainda as urnas não tinham encerrado e já se registava, porém, uma verdadeira guerra de declarações de vitória. Conforme as fontes, assim eram dados como estando à frente Lu-Olo - que poderia ganhar à primeira volta, tal a tendência de votos fora de Díli - ou Ramos-Horta e Fernando "Lasama". Um porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, em declarações à TSF, não hesitou em colocar estes dois últimos "acima de tudo", em sete dos 13 distritos. Fonte: informações que iam chegando de "reportagens e dos centros de votação"...
http://jornal.publico.clix.pt/UL/

Anónimo disse...

Ramos-Horta e "Lu Olo" lideram
Jornal de Notícias, 10/04/07
Orlando Castro
Ramos-Horta, "Lu Olo" e Fernando "Lasama" de Araújo são, segundo a Comissão Nacional de Eleições de Timor-Leste citada pela Rádio Renascença, os candidatos mais votados, terminada que foi a primeira contagem global dos votos. No entanto, a Lusa adianta que a CNE não revela resultados mas apenas informa que aqueles são os candidatos melhor colocados nas informações parcelares, "não confirmadas", que vão chegando das assembleias de voto.

De acordo com o calendário eleitoral da CNE, os resultados de todos os distritos serão conhecidos amanhã e, nas 72 horas seguintes, recontados em Díli, sendo afixados no 14 de Abril. Eventuais queixas e irregularidades serão apreciadas no dia 15 pelo Tribunal de Recurso. Se não for alegada nenhuma irregularidade, a CNE apresenta dia 16 o seu relatório ao tribunal, e o presidente deste tem 72 horas para o apreciar, podendo o anúncio dos resultados definitivos ser feito a partir do dia 20.

Certa é a indicação de que os timorenses compareceram em massa às eleições presidenciais, tendo a afluência sido de tal forma que o incidente mais relevante envolveu a falta de boletins de voto suficientes para a procura em alguns dos 705 locais de votação. Tanto os observadores internacionais como o director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, Tomás Cabral, qualificam a votação como "um sucesso".

Embora os resultados definitivos e oficiais ainda não sejam conhecidos, tudo indica que Ramos-Horta é o candidato mais votado, seguido de Francisco Guterres "Lu Olo", Fernando "Lasama" de Araújo e Francisco Xavier do Amaral.

O cenário de uma segunda volta foi já admitido por Horta, mas "Lu Olo" perspectiva uma vitória na primeira volta, "tendo por base as indicações da Fretilin". Segundo especialistas, "Lu Olo", candidato da Fretilin, terá sido prejudicado pela percepção popular de que foi o seu partido que mais contribuiu para a crise social que o país vive.

Milhares de refugiados ainda estão em campos de acolhimento, o desemprego atinge mais de metade da população, 60% das crianças com menos de cinco anos apresentam subnutrição e quase todos os timorenses vivem em extrema pobreza.

Círculo eleitoral único

Fazendo recordar o referendo de 1999 em que decidiram ser independentes, cerca de 500 mil timorenses (metade da população do país) esperaram horas para votar no sucessor de Xanana Gusmão, dizendo-se esperançados de que o próximo presidente ajude o país a sair da crise.

A escassez dos boletins de voto foi causada pela concentração de eleitores nalguns centros de votação, ao contrário da dispersão que as autoridades esperavam que resultasse de um fim-de-semana que envolveu actividades religiosas em torno da Páscoa. O sistema adoptado, um único círculo eleitoral, permitiu aos eleitores votarem em qualquer ponto do país.

"Se eu pudesse, teria ido votar por uma liderança mais nova. Já é altura de haver em Timor-Leste uma nova liderança. O que eu sei é que a 'velha guarda' parece que quer continuar a competir com as novas gerações de timorenses apesar de nunca ter tido um plano político para Timor-Leste", disse Leandro Isaac, o deputado rebelde que tem apoiado o major Alfredo Reinado, evadido da cadeia de Díli em Agosto de 2006 e que se encontra a monte depois de ter escapado ao cerco das forças australianas, em Same.

Anónimo disse...

Correio da Manhã, 2007-04-10 - 00:00:00

Timor: Receios de violência após resultados
GNR em alerta

O povo timorense acorreu em massa às urnas para escolher o sucessor de Xanana Gusmão na presidência. O acto eleitoral decorreu com civismo e sem incidentes graves, mas persiste o receio de que a violência regresse quando forem conhecidos os resultados provisórios entre amanhã e sexta-feira. Por isso, todas as forças de segurança nacionais e internacionais em Timor estão em alerta, preparadas para repor a ordem caso ressurja a violência.

As primeiras indicações da Comissão Nacional de Eleições apontavam ontem para uma segunda volta entre o candidato independente José Ramos-Horta e o candidato apoiado pelo Partido Democrático Fernando ‘Lasama’ de Araújo.

Apesar do acto aleitoral ter decorrido ontem quase sem incidentes – registaram-se problemas de funcionamento em algumas assembleias de voto –, a Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste mantém no terreno toda a operação de segurança até ao dia 20, data prevista para a divulgação oficial dos resultados eleitorais.

A missão de segurança, integrada por militares da GNR, é composta por 1645 polícias da ONU, 3000 timorenses e 1300 das forças de estabilização.

Se houver segunda volta, os dois candidatos mais votados disputarão a eleição 30 dias após o anúncio formal dos resultados.

Os oito candidatos à sucessão do presidente Xanana Gusmão votaram na capital timorense, Díli, onde a grande maioria das urnas abriu à hora marcada, 07h00 locais de segunda-feira (23h00 de domingo em Lisboa).

Todos os candidatos louvaram a grande afluência às urnas e o clima de paz em que decorreu o acto eleitoral. Todos salientaram a necessidade de acatar os resultados com responsabilidade e tranquilidade.

O candidato mais optimista foi Francisco Guterres ‘Lu Olo’, apoiado pela Fretilin, que disse acreditar na vitória logo na primeira volta. Já o candidato independente Ramos-Horta referiu que estas eleições “são mais uma demonstração de civismo e de responsabilidade do povo timorense”. Por seu lado, Fernando ‘Lasama’ de Araújo, candidato apoiado pelo Partido Democrático, afirmou-se realista e disse acreditar na realização de uma segunda volta. O presidente cessante, Xanana Gusmão, deixou simbolicamente o acto de votar nas mãos do filho justificando que o gesto foi “pelo futuro das crianças de Timor-Leste.”

PRÓS & CONTRAS

As primeiras indicações da Comissão Nacional de Eleições (CNE) apontam para uma segunda volta nas eleições presidenciais entre o candidato independente José Ramos Horta e Fernando ‘Lasama’ de Araújo. Eis as vantagens e desvantagens dos três candidatos considerados favoritos, que serão provavelmente os mais votados.

JOSÉ RAMOS-HORTA

PRÓS - José Ramos-Horta, candidato independente, tem a seu favor a larga experiência política. Goza de grande estima junto da maioria da população e é o candidato com maior prestígio internacional. É também aquele que é capaz de gerar maior consenso político.

CONTRAS - O facto de Ramos-Horta pertencer à velha guarda da luta pela independência e ser apoiado pelo presidente Xanana Gusmão faz com que a nova geração, ávida de mudança, não se reveja nele.

FRANCISCO GUTERRES 'LU OLO'

PRÓS - Tem o apoio do maior partido timorense, a Fretilin, e é respeitado pelo seu passado ligado à luta pela independência.

CONTRAS - Não é muito popular, falta-lhe carisma. A sua eleição poderia abrir caminho a uma vitória da Fretilin nas legislativas, o que deixaria os três principais órgãos de soberania (Presidência, Parlamento e Governo) sob controlo do mesmo partido. O facto de durante a campanha sempre ter recusado admitir a possibilidade de uma segunda volta gerou alguma inquietação.

FERNANDO 'LASAMA' DE ARAÚJO

PRÓS – Tem a seu favor o factor surpresa. A sua vitória poderá traduzir um desejo de mudança capaz de conquistar a geração mais jovem. É próximo de Xanana e lidera um partido com raízes na luta contra a ocupação indonésia mas mais virado para o futuro.

CONTRAS – Falta de experiência e reconhecimento internacional. A velha guarda política timorense poderia olhar com desconfiança para um presidente que

não faz parte da lista dos ‘históricos’.

SOLTAS

AUSTRÁLIA

A força de paz que a Austrália mantém em Timor-Leste vai continuar no país pelo menos até à realização das eleições legislativas, previstas para Junho ou Julho próximo, afirmou o chefe da diplomacia australiana, Alexander Downer.

BOLETINS

Em quatro estações de voto do distrito de Viqueque, de duas aldeias, não foi possível concretizar a votação porque os boletins de voto não chegaram a tempo. Até ao próximo dia 20 serão realizadas eleições nestas estações, disse a CNE.

LEANDRO ISAAC

O deputado Leandro Isaac, escondido no interior do país desde Fevereiro, não votou porque os militares australianos lhe “roubaram” o direito de voto, mas disse que o país precisa de mudança.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=237916&idselect=91&idCanal=91&p=200

Anónimo disse...

um presidente da comissão de eleições que toma partido e divulga os resultados antes de estarem todos apurados e serem oficiais?... será que o padreca se convenceu que era "jornalista" da rádio de arrecuadas de baixo?

Anónimo disse...

Espero que doravante o sr malai azul dispa a farda da fretilin e assuma a objectividade de quem pretende fazer um blog sobre timor leste.

Anónimo disse...

Timor-Leste/Eleições: Ban Ki-Moon saúda o bom desenrolar das presidenciais

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, congratulou-se com o desenrolar, num ambiente de calma e ordem, da eleição presidencial em Timor-Leste, saudando as primeiras estimativas de uma forte participação.
«O secretário-geral congratula-se que a eleição tenha decorrido num ambiente geral de ordem e de calma, e saúda as primeiras indicações de uma forte participação», declarou o seu gabinete de imprensa, em comunicado.
Ban «espera que a contagem dos votos e o anúncio dos resultados se façam com calma», de acordo com o comunicado.
Qualificando a eleição em Timor-Leste de «etapa importante no caminho da paz e estabilidade», Ban Ki-moon apelou à comunidade internacional para prosseguir com a ajuda dada á antiga colónia portuguesa a braços com a pobreza e a violência.
«Timor-Leste aplica-se a tratar os problemas ligados à segurança, ao Estado de direito, ao bom governo e ao desenvolvimento«, declarou.
A eleição, a primeira desde a independência de Timor-Leste em 2002, deverá permitir encontrar um sucessor para o presidente Xanana Gusmão, que não se recandidatou. O ex-guerrilheiro apelou à calma dos eleitores e exortou os responsáveis políticos a aceitarem os resultados da votação.
Duzentos e trinta e dois observadores estrangeiros fiscalizaram o escrutínio, enquanto 1.645 polícias das Nações Unidas, originários de 41 países, estavam no terreno para reforçar os cerca de 3.000 polícias timorenses, além dos 1.300 elementos das forças de estabilização, na sua maioria militares australianos.
Diário Digital / Lusa
10-04-2007 9:21:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=270840

Anónimo disse...

EU LAMENTO BASTANTE PELO COMPORTAMENTO DO PADRE MARTINHONA REPRESENTACAO DA IGREJA COMO ELEMENTO PRINCIPAL DA IGREJA NA CNE O QUE NAO CUMPRIU O SEU DEVER DA NEUTRALIDADE E AGORA AS CONSEQUENCIS VIRAO .VAI SER DESACRITADO POR MUITOS TIMORENSES PELA SUA MANIPULACAO.EU SOU DA OPINIAO QUE ELE DEVERA SER SUBSTITUIDO POR UMA PESSOA MAIS HONESTA.CASO CONTRARIO PODE CRIAR CONFLITOS ENTRE OS CRISTAOS.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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